domingo, 30 de junho de 2013

Os 20 Centavos, a Fábula e a Realidade


Aqui começa a fábula.

Robim Hood, (uma lenda até na Inglaterra) reúne os seus amigos, os miseráveis da floresta de Sherwood com seus pares e parentes (uma realidade na bretanha de outrora) para lutar contra o aumento de (vinte centavos) imposto dado pelo Sheriff of Nottingham, aos felizes trabalhadores, estudantes e vagabundos de então naquelas bucólicas paragens.

O tal Sheriff é uma figura real do Reino Unido de então, “pau mandado” do príncipe João que por sua vez é irmão do rei Ricardo (Ricardo Coração de Leão). 
 








Robin Shoots with Sir Guy - Rhead, Louis. "Robin Hood e seu bando de foras da lei: suas famosas façanhas na floresta de Sherwood." New York: Blue Ribbon Books, 1912.





O lendário “Príncipe dos Ladrões” reuniu sob a sua égide um tão grande número de pessoas para fazer frente ao Sheriff, que ele e seus asseclas cederam ao clamor público revogando o aumento imposto anteriormente e como brinde ainda disseram ao povo que estavam certos em tal manifestação, em comemoração a isso fizeram (à toque de caixa) uma lei revogando a Lei da Gravidade Universal e então para consumar a felicidade geral do povo o Sheriff of Nottingham prometeu uma (caríssima) consulta popular só para saber se seu povo gostaria de continuar vivo e serem todos felizes naquelas paragens.

A plebe feliz com a “avassaladora” vitória, foi para casa sem gastar na volta vinte centavos a mais e contentíssima com o que já possuíam sem que nada de novo e de bom ter sido acrescentado às suas miseráveis vidas que já não tivessem por lei, direito e lógica.

Enquanto isso o lucro da exploração normanda sobre os bretões continuava a seguir feliz e saltitante para além mar, onde iriam beneficiar “Suas Majestades” só Deus sabe quais.

Aqui termina a fábula e começa a realidade.

O Sheriff of Nottingham (figura real tanto lá como cá e alhures), é ainda um “pau mandado” de algum príncipe o qual por sua vez continua no trono, como se nada houvesse acontecido, mandando agora mais do que nunca na Terra R$ do $ & Cia. Ltda. - (Traduzindo:- [na Terra Real do Euro Dollar e Companhia Limitada])








Sheriff of Nottingham - Rhead, Louis. "Robin Hood e seu bando de foras da lei: suas famosas façanhas na floresta de Sherwood." New York: Blue Ribbon Books, 1912.







Os lucros da exploração do público e o resultado do desvio (roubo) de parte do erário (tanto de lá como de cá e de alhures) continuam a ser propriedade exclusiva dos “novos antigos normandos” (ontem e hoje falidos, monetária e moralmente) como sempre foi e será.

Robim Hood, que é uma lenda lá continua uma lenda; anonimo, um sonho e uma sombra, tanto aqui como acolá e em todos os lugares da Terra; é uma miragem, uma fumaça, uma virtualidade em torno da qual se agrupa as urbes perdidas, sem rumo ou com um futuro indesejável, mantida tão ignorante como dantes pelos arautos dos reis, arautos estes por reis ou seus prepostos pagos ou financiados, quando não são por eles subornados ou chantageados.

Os miseráveis da floresta de Sherwood com seus pares, parentes e parcos pertences, uma realidade tanto lá como cá e em qualquer outro lugar continuam tão miseráveis e alienados como eram antigamente, senão mais ainda.

Tapeados e trapaceados, vivem de esperanças, confiantes na honestidade dos desonestos, na generosidade dos infames e sórdidos, na clemência dos maus e inclementes, sempre vestindo a juba(1) com muito e caríssimo circo para ver, com pouco pão para comer e este não mais ganho com o suor da sua face, (gên.: 3,19) ora mascarada, mas com a miséria física, intelectual e moral de si e de toda a sua família.

Quanto aos vinte centavos, estes serão repostos em sua totalidade, com todos os exorbitantes e extorsivos juros, dignos do Guinness World Records, nos bolsos de quem deveriam ir parar inicialmente graças às absurdas e mirabolantes artimanhas legais habilmente elaboradas e disfarçadas para esta e outras finalidades todas inconfessáveis.

Tais engenhos estes, diabólicos, tem por finalidade apenas perpetrar a extorsão criminosa de valores do erário e manter o povo sempre indefeso e cativo, para que a ganância descomunal de uns poucos possa ser amplamente e fartamente saciada.

(1) Alegoria à área “Vesti la giubba” da ópera Pagliacci de Ruggero Leoncavallo.








Cover of the first edition of Pagliacci published by E. Sonzogno, Milan, 1892
Casa Sonzogno









Aqui eu resolvi inserir uma apresentação rara, feita em 17 de março de 1907 por Enrico Caruso. (com todos os devidos chiados)

Vesti La Giubba (1907) - EnricoCaruso.mp3

 Vesti La Giubba
Letra em Italiano

Recitar! Mentre preso dal delirio,
non so più quel che dico,
e quel che faccio!
Eppur è d'uopo, sforzati!
Bah! Sei tu forse un uom?
Tu se' Pagliaccio!

Vesti la giubba,
e la faccia infarina.
La gente paga, e rider vuole qua.
E se Arlecchin t'invola Colombina,
ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!
Tramuta in lazzi lo spasmo ed il pianto
in una smorfia il singhiozzo e 'l dolor, Ah!
Recitar! Mentre preso dal delirio,
non so più quel che dico,
e quel che faccio!
Eppur è d'uopo, sforzati!
Bah! Sei tu forse un uom?
Tu se' Pagliaccio!

Vesti la giubba,
e la faccia infarina.
La gente paga, e rider vuole qua.
E se Arlecchin t'invola Colombina,
ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!
Tramuta in lazzi lo spasmo ed il pianto
in una smorfia il singhiozzo e 'l dolor, Ah!

Ridi, Pagliaccio,
sul tuo amore infranto!
Ridi del duol, che t'avvelena il cor!
Ridi, Pagliaccio,
sul tuo amore infranto!
Ridi del duol, che t'avvelena il cor!
 

João sem terra (João I) Rei da Inglaterra,
Duque da Normandia e Duque da Aquitânia de 1199 a 1216
John of England signs Magna Carta.
Image from Cassell's History of England - Century Edition - published circa 1902
Scan by Tagishsimon, 23rd June 2004

Quanto ao irmão do príncipe João, Richard Plantagenet, o rei Ricardo I “Ricardo Coração de Leão”, foi rei da Inglaterra de 1189 a 1199 e considerado ainda em vida como um grande líder militar e um dos principais líderes no comando na Terceira Cruzada (1189 – 1192), ele nasceu pelo calendário juliano, em 8 de Setembro de 1157 em Oxford, Inglaterra, e morreu aos 41 anos no dia 6 Abril 1199 em Chalus na França.

Rei da Inglaterra,
Duque da Normandia e Aquitânia
Conde de Anjou
Richard I of England – Autor desconhecido
cerca de 1620 - Provavelmente 100 anos mais antiga
BritRoyals.com



Fontes:-


São Paulo, SP, 28 de Junho de 2013

Mkmouse


quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Revolução dos Vinte centavos.


E as passeatas continuam para desespero do governo brasileiro.

Todos, inclusive a “imprensa” dizem que ainda não entenderam nada.

Que o governo brasileiro continue ignorante quanto aos acontecimentos é viável, tendo em vista a tremenda e avassaladora carência de inteligência que assola os poderes ditos constituídos e seus pelegos; mas a imprensa alegar ignorância é o cúmulo da falsidade, da hipocrisia.

A presidência da republica, em um ato de desesperada impotência, vem à publico e fala o que vai fazer, isto depois de mais de uma semana de manifestações públicas, através de um texto certamente composto por sua assessoria, vazio de lógica, legalização e o conteúdo, com nada novo, é o mesmo palavrório eleitoreiro cotidiano visto por aqui a pelo menos quinhentos anos, naturalmente com uma “nova vestimenta (no caso vermelha)” mas no esmo e florido palco de sempre apenas, desta feita, sem os famigerados “já ganhou... já ganhou!” da bolsista e submissa claque(1).

Esta fala do poder executivo foi a confirmação do óbvio, da acefalia que acomete os poderes constituídos desta nação; desde quando é necessário um plebiscito ou um referendum para por um fim a algo de ruim para uma nação, este pessoal ensandeceu.

Não é por ventura o bem estar público a única prioridade e razão de ser de tais organizações públicas?




Me corrijam, por favor, se estiver eu errado.



 Não é a obrigação de um homem e/ou uma mulher de bem, sejam estes quais forem e onde estejam, praticar atos e promover ações dentro da legalidade, serem honestos em suas intenções e atos, tudo fazerem para coibir o crime?

Então porque “cargas d'água” vir a público e dizer que vai fazer exatamente o que, por uma simples questão de honra, moral e lógica, deveria estar fazendo há muito tempo e o pior, prometer fazer o que exatamente deveria não fazer?

Certamente pensam que todos (com exceção deles) são perfeitos idiotas.

Incompetência completa geral e irrestrita (para não dizer safadeza) é a resposta (motivo) certa(o) para estas patéticas aparições governamentais.

Eu não creio que o movimento tenha se arrefecido, pois o verdadeiro cerne da querela está na dominação estrangeira desta nação por parte de interesses inconfessáveis e tão poderosos, que vergam sobre a sua vontade até as leis deste país com a conivência mais que declarada, não só dos três poderes constituídos desta minha pátria, como também das organizações civis e não governamentais, públicas e religiosas.

Para quem ainda não sabe é este o motivo da aversão completa à bandeiras políticas e de classes junto aos manifestantes trabalhadores e estudantes honestos e decentes.

O Brasil, que eu saiba, é o único país no mundo que consegue abrigar organizadamente por todo o seu território um movimento sem lideranças e mantê-lo vivo por um tempo indeterminado, mesmo com as infiltrações de pessoas ou grupos de pessoas violentas ou não, sob o mando, oriundas de todas as partes e/ou interesses; organizadas pelo governo ou não.

Isso se deve principalmente à incompetência política (fundamentada esta na filosofia do “pão e circo”) e governamental esta, firmemente fundamentada na ideia do “toma-la-e-dá-cá” e do lucro pessoal a qualquer preço; nesta insana orgia qualquer distribuidor de “santinho” em eleições (dependendo do partido “grande vencedor”) pode ser nesta conjuntura o presidente da Petrobras ou do complexo de Itaipu sem o menor constrangimento em face ao olhar, via de regra, estarrecido da nação brasileira, honrada, honesta, estudiosa e trabalhadora.

Não, isso ainda não acabou não.

Se por ventura não for resolvida a contento e definitivamente as pendengas, poderá no máximo ocorrer um estado de calmaria, a mesma calmaria que antecederá a grande tempestade e até mesmo um banho de sangue (indesejável) neste país.

A mais que centenária sem-vergonhice precisa acabar e definitivamente, é urgente cuidar da maioria que é esta nação e não das minorias organizadas como faziam e ainda fazem todos os hipócritas, incompetentes, vagabundos, aproveitadores e velhos comunistas; estamos no século XXI, a URSS não mais existe, o muro de Berlim caiu faz muito tempo, a humanidade saiu da idade da pedra a mais de trinta mil anos e parece que só os políticos, a imprensa e sociólogos brasileiros ainda não descobriram isso.




Não se cura uma ou mais fratura(s) exposta(s) colocando um ou mais de um band-aid, ou ainda dando um beijinho para sarar.




E terminando, quero lembrar a todos que a polícia bem como as forças armadas desta nação cumprem ordens, se estão onde estão e fazendo o que fazem é porque alguém de direito mandou que assim fosse, estas organizações são fundamentadas na ordem, na hierarquia, na lei (graças a Deus) e se assim não o fosse já de há muito estaríamos imersos em um verdadeiro caos social, completamente à mercê da clemência alienígena.

Colaborem com a polícia, ela, apesar de tudo, é tudo o que ainda resta de lei, honra e glória nesta nação.

(1) do francês, aplaudir.

 São Paulo, SP, 26 de Junho de 2013

Mklmouse


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasil, um País sem Lideres


A maioria esmagadora dos políticos e todos os “pulíticos” desta nação ainda não entenderam e nem sabem o que está acontecendo no Brasil para que tais manifestações venham a acontecer e sem lideranças declaradas.

A ausência de lideranças indica apenas que não há lideres neste país e é a comprovação inequívoca, de que há milhares de fantoches e títeres a legislar, a advogar, a governar, a presidir partidos políticos e lideranças sindicais por toda a nação brasileira.

 

 Isto comprova que este pais tem uma imprensa comprometida com o Capital e não com o povo de que é parte integrante, nem com a liberdade de expressão cuja falta certamente aniquilará a sua própria existência posto que, nem ela mesma serve como liderança de coisa alguma a não ser como liderança de seu próprio único e exclusivo umbigo.

Este é um país cuja imprensa em todas as suas formas é apenas um meio de manipulação de massas e na melhor das hipóteses, enrola-se em um palavrório inútil não dizendo a verdade ao seu público; é um país que há muito tempo navega aparentemente ao “Deus dará” sem lideranças reais, honestas e claramente visíveis ao povo.

A suposta liderança deste país é tão estúpida que não é capaz de ver neste momento a oportunidade de ouro, única, para levar esta nação a um destino de glória que sem dúvidas é merecedora.

O Brasil neste momento diz ao mundo todo que é uma nau sem rumo certo e pede socorro aos homens de bem, se é que ainda existe algum.

Este momento, o momento por que passa esta nação é muito perigoso, visto estar pronta para ser dirigida como uma só massa e se os homens de bem não se manifestarem urgentemente, algum canalha o fará com toda a certeza e aí (di-di-di-da-da-da-di-di-di) que Deus tenha piedade de nossas almas e de Nossa Terra.
São Paulo, SP, 19 de junho de 2013

Mkmouse



sexta-feira, 31 de maio de 2013

O Livro eletrônico e o Livro tradicional



Eu estava lendo os meus e-mails quando topei com um da Editora Saraiva que me chamou a tenção e que parte do texto transcrevo abaixo:

Você já deve ter passado pela experiência de escrever um texto, um capítulo, uma poesia, não? E que tal seria ter seus originais publicados e colocados à venda?
Esta é uma iniciativa do grupo Saraiva para disseminar a produção de conteúdos independentes. Através do Publique-se!, o próprio autor publica a sua obra em formato digital, que passa a ser vendida nos sites da Saraiva e da Siciliano.

A empresa envia, através do link http://www.livrariasaraiva.com.br/publique-se/ o manual Como publicar meu livro” e no mesmo local viabiliza o cadastro como participante deste projeto.

Eu me cadastrei e li varias vezes (pretendo ler outras vezes mais ainda) o manual.



No obstante, não me sinto muito a vontade para usar desta maneira de publicação pelo fato de que a considero restritiva no quer diz respeito à criação para o criador.

Lendo-se o manual pode se ter uma visão mais clara do que eu escrevi acima, posto que ao se escrever, ou criar algo, tudo pode ser usado como uma forma de expressão e ao se restringir as formas para se expressar fica a arte final comprometida em sua mensagem.

É incontestável o fato de que o ePub é uma boa ideia e que definitivamente vai distribuir de uma maneira mais eficaz as mais diversas publicações e o melhor, torna possível o acesso à publicação de livros por talentos outros, que por força do destino ou não, carecem de recursos para o investimento em uma publicação tradicional, mesmo que muito simples; mas também não pode ser contestado que o sistema PDF pode fazer o mesmo hoje em dia sem a devida e benéfica fluidez do ePub, segundo afirma o manual.

A questão está não só nos interesses financeiros dos fabricantes de equipamentos que não veem lucros imediados para os seus produtos, como também e possivelmente, em restrições de ordem técnica, ainda não superáveis por motivos de desconhecimento técnico ou de investimentos cujo retorno não é tentador, compensativo, ou mesmo obvio.

Na terceira página do manual dá para se ter uma ideia sobre o tema

Pessoalmente eu pretendo experimentar este meio de comunicação, mas como todos (que conheço) com a minha vivência, acho que a leitura em, ou de, um livro tradicional ser muito mais emocionante, prazerosa ou gostosa que em um tubo de raios catódicos ou em uma tela de plasma / leds; tenha esta o tamanho que tiver.
 

São Paulo, SP, 31 de Maio de 2013

Mkmouse

domingo, 12 de maio de 2013

O Segundo Domingo de Maio de 2013


Esta menina perdeu a mãe na guerra.
 
No pátio do orfanato desenhou-a com giz e aconchegou-se num colo que não existe mais, deixando fora as sandálias para respeitá-la, como manda a cultura oriental ao se entrar num lugar santo.
Pois é.

O texto em azul, que não é meu, pode ser ou não uma parte real desta imagem.

A imagem pode ser uma montagem ou mesmo uma foto cênica.

Pois nada disto tem a menor importância mesmo.

É a ideia, esta sim é que vale, que pesa, que é a realidade; ela fala de um sentimento que existe até entre os ditos animais “inferiores” da Terra...

Um feliz Dia das Mães, para todas as Mães do mundo, em todos os tempos, em todas as idades e para a minha Mãe, onde quer que esteja.


São Paulo, SP, 12 de maio de 2013

Mkmouse


terça-feira, 30 de abril de 2013

Informática esta coisa que não faz sentido.


Pois é, eu ia escrever sobre o princípio de tudo, mas optei (deu 12 páginas) por colocá-lo no edital da minha revista (site) do mês de maio de 2013 com o título: O Rato e a Gênesis 1 (E Assim foi Escrito)

Na primeira parte eu apenas repito os conceitos já conhecidos sobre o tema, só na segunda parte disponibilizarei (em junho de 2013 na mesma revista e na mesma página) o que penso sobre o tema.

Ou seria na mesma “Bat-Hora” e no mesmo “Bat-Canal”?

Porque não né?

Afinal morcegos são Ratos que não deram certo andando e por isso Deus os jogou para cima só para ver se sabiam voar.

E não é que eles voaram mesmo?
Mas isso é uma outra história, para um outro momento.

***

Ser um autodidata neste país (mundo) é dureza.

Eu normalmente me saio bem nestas labutas, mas neste mês de abril, nada andava dando certo.

As minhas máquinas resolveram funcionar sozinhas; fazerem o que lhes desse na "teia" ou melhor, nos chips e estes por sua vez, só Deus sabia por onde estavam andando ou o que estavam a fazer; pior ainda, pensando.

Eu fiquei com a nítida impressão que estavam me boicotando, por ter substituído o meu antigo servidor, cuja placa mãe por fim deu sinais de que estava no fim da vida.

O novo servidor (destes moderninhos) simplesmente, do nada, resolveu tirar dos 2 monitores a interface gráfica do SO e isto depois de 3 semanas de funcionamento, para completar o caos, a abençoada não estava coerente nem no modo texto.
Nem passou pela minha cabeça a ideia de que fosse tal evento uma ação virulenta, pois achar vírus em Linux é quase tão difícil como achar fontes de água corrente na Lua, (mas não impossível) havia me posicionado na ideia que alguma das atualizações tinha algo incompatível com a minha placa de vídeo operando com dois monitores; desliguei a placa Nvidia 8400 e ativei a placa de vídeo on board, onde liguei um monitor e só para variar nada aconteceu de novo, continuava sem tela gráfica.

E os terminais...

Eles estavam uma gracinha, ora acessavam a internet e o servidor mesmo com ele operando em modo texto e ora nem sabiam que o servidor e a internet existiam.

Finalmente, completando o desastre, o hd externo com SO e boot funcionou somente uma vez e simplesmente se negou a funcionar em um segundo boot.

Este romance de suspense e incertezas começou na segunda feira próxima passada quando o sistema de banda larga foi interrompido por alguns minutos apenas e eu só notei isso, porque naquele momento estava usando a internet e os sites deixaram de responder.

Eu aproveitei a pausa para dar um boot no sistema que havia a pouco sido atualizado automaticamente, o que sempre faço nestes casos, quando o SO voltou não tinha mais a interface gráfica do KDE, mas o sistema no modo texto funcionava.

Não tive dúvidas fiz o que achei necessário em linha de texto mesmo para recuperar o kdm e nada; mudei a tática (ainda em linha de texto) e ao final do dia, "nada de novo no front".

Neste ínterim, com o servidor ativado em modo texto, fui para um terminal e não deu outra, de primeira achou a internet e o servidor; fiz uma vistoria geral nos dois hds do servidor a procura de algo errado e nada encontrei faltando ou de estranho em nenhum dos dois; dei novamente um boot no servidor e nada de telas gráficas, voltei ao terminal e nada de internet e servidor, o idiota do terminal se julgava sozinho no mundo.

Descartei todas as hipóteses possíveis e nisso já estava eu na noite de terça feira; coloquei o hd de sistema externo e pasmem, descartei a minha última hipótese, a minha placa de vídeo estava funcionando perfeitamente bem com os dois monitores do servidor.

Esta infernal ladainha estendeu-se até a sexta feira com a seguinte rotina:

Eu instalava o sistema operacional e tudo dava certo, atualizava o mesmo e tudo certo novamente, instalava os programas que uso e nada de errado dava mas, ao final do dia o infeliz sumia com a interface gráfica.

Ao entardecer da sexta feira eu havia instalado 5 vezes o Kubuntu 12,04, duas o Kubuntu 12,10, instalado e apagado 1 vez o Debian e ainda não havia posto o meu servidor para funcionar de modo estável.

Voltei a minha atenção para as instalações de programas que fazia ao final de tudo, estes eram programas que eu já conhecia e que sempre funcionavam comigo sem problemas.

Exclui o que julguei ser o mais provável candidato a dar problemas (já em modo texto pois a vaca já tinha ido pro brejo mais uma vez) dei um novo boot e nada aconteceu.

Reinstalei o drive da placa de vídeo e nada; reinstalei o kdm e mais uma vez, nada.

Fui dormir nesta sexta feira com uma ideia; já que o problema não era na placa de vídeo, por um motivo que eu desconhecia, alguma alteração interferia no próprio SO de modo a só desativar o modo gráfico do sistema, o "lance" agora era reinstalar o sistema mas sem perder tudo o que já havia feito.

Sábado, 27 de abril de 2013, eu religuei o sistema ainda em modo texto e digitei o seguinte comando:

[nome-do-usuario]@[nome-da-maquina]$ sudo apt-get install kubuntu-desktop + enter

[nome-do-usuario]@[nome-da-maquina]$ sudo reboot + enter

E não deu outra.

Olha o modo gráfico ai gente; e desta vez tudo estava exatamente como havia deixado na sexta feira mas sem o programa que havia excluído em modo texto.

E após muitos liga e desliga não mais sumiram as telas gráficas.

Instalei novamente o programa que havia excluído anteriormente e como deveria ser ele funcionou corretamente, dei um novo boot no servidor e...

Cadê a tela gráfica?

Não tive dúvidas, repeti os comandos dados anteriormente e tudo normal de novo, inclusive com o programa (problemático???) funcionando perfeitamente bem.

Depois de muitos liga e desliga de novo tudo continuava funcionando corretamente.

***
Até agora eu não sei o que aconteceu, mas certamente isso foi uma conjunção de fatores e não um único motivo que gerou estes 5 dias de incertezas, mesmo porque durante o processo uma regra da informática (não escrita) foi por mim infringida, ainda na terça feira; eu coloquei uma rotina mais nova para funcionar em um SO mais antigo, ou seja o antigo não reconhece o mais novo, mas o mais novo tem possibilidades de reconhecer o mais antigo, foi uma distração minha que se mostrou catastrófica pois quando fui corrigir o erro criei um sistema que não tinha usuário, senha e nem maquina: [localhost]@[localhost-admin...] #

Enfim, isto é a informática; não mexe, não fede, não funciona, ninguém entende e não faz sentido algum.

São Paulo, SP, 30 de abril de 2013

Mkmouse

sexta-feira, 29 de março de 2013

A Páscoa Segundo Mkmouse


"Ostara" (1901) by Johannes Gehrts. The goddess Ēostre/*Ostara flies through the heavens surrounded by Roman-inspired putti, beams of light, and animals. Germanic peoples look up at the goddess from the realm below.
Created in 1884, judging by the signature. Published in 1901.
Felix Dahn, Therese Dahn, Therese (von Droste-Hülshoff) Dahn, Frau, Therese von Droste-Hülshoff Dahn (1901). Walhall: Germanische Götter- und Heldensagen. Für Alt und Jung am deutschen Herd. Breitkopf und Härtel.
Xylograph by Eduard Ade (1835–1907) of a work by Johannes Gehrts (1855–1921)

A páscoa como hoje a temos, é na verdade uma “arvore” com pelo menos dois grandes galhos, o mais antigo que é o do judaísmo e o cristianismo que hoje no ocidente é o mais conhecido deles.

No entanto esta data (festa) é tão antiga quanto a história do homem, praticamente nasceu com ele.
creation of man (1508-1512) - Michelangelo (1475–1564)
Afresco - Capela Sistina, Vaticano
Obra fotográfica do próprio, Titimaster (talk), photography: 11/06/2011

A páscoa na Mitologia

Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra.
Por ser uma Deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi perdido através dos tempos e sendo assim, descrições, mitos e informações sobre ela são escassos, seu nome e funções têm relação com a Deusa grega Eos, a deusa do Amanhecer na mitologia grega.
Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg *deusa indo-européia – esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril.
Outros pesquisadores a associam à Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.
Dizem as lendas que Eostre tinha uma especial afeição por crianças e onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa.
Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre o q que maravilhou as crianças.
Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar, as crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento.
Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto, a magia já estava feita e nada poderia revertê-la.
Eostre decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía, quem sabe quando a Primavera retornasse e ela tivesse de novo plenamente restituído dos poderes, pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou.
Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo.
Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre e em celebração à sua liberdade, como também às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original; o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.
Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra, ela é considerada a Deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.
Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida.
Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.
Eostre também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza.
Femme inconnue en Cérès. Marbre, œuvre romaine, vers 235 - 250 après J.-C. Department of Greek, Etruscan and Roman Antiquities, Denon, ground floor, room 27 do Museu do Louvre
Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente pois acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
Eostre, Ēostre, Ostara ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica.
Na primavera (no hemisfério norte), lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados.
De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs.
Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora”.
É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento.
O nome Eostre ou Ostara, como também a Deusa é chamada, é de origem anglo-saxã e provem do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.
Foi ela que deu o nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento, chamado de Ostara.
Posteriormente, a igreja católica acabou por substituir às festividades pagãs de Ostara pela Páscoa, ms não sem absorver muitos de seus costumes, inclusive o dos ovos e o coelhinho da Páscoa.
Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.
 
 A Origem do nome (Páscoa)
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pesah.
Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua, os franceses de Pâques, e também em outras línguas que provavelmente não saiu do hebraico: latim Pascha, azerbaijano Pasxa, basco Pazko, catalão é Pasqua, crioulo haitiano Pak, dinarmaquês Påske, Pasko em esperanto, galês Pasg, Pasen em holandês, indonésio Paskah, Páskar em islandês, Paskah em malaio, em norueguês påske, Paști em romeno, Pasaka em suaíle, påsk em sueco e Paskalya em turco.
Depiction of the Venerable Bede (CLVIIIv) from the Nuremberg Chronicle, 1493.
http://www.beloit.edu/nuremberg/book/images/People/Early_Christian_Medieval/index.htm
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa).
As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII.
Porém, é importante mencionar que o termo Ishtar é cognato de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de "Ostern", e consequentemente a Páscoa (direta e(ou) indiretamente), tiveram notórias influências ou origem.
O nome Páscoa (do hebraico Pessach), significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade Católica.
Na Páscoa os cristãos católicos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 DC.
A Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril.
O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Historia ecclesiastica gentis Anglorum - Beda Petersburgiensis, fol. 3v
datada de 746
A Páscoa no Judaísmo
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito e na última delas (Êxodo cap. 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados.
Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo da morte passaria por elas sem ferir seus primogênitos.
Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros e isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Êxodo
A Páscoa Católica
A Páscoa católica-ortodoxa celebra a ressurreição de Jesus Cristo,
Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição.
É o dia santo mais importante do Cristianismo e do Catolicismo.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera e outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade.
É e sempre foi um ritual de passagem, assim como é a "passagem" de Cristo, da morte para a vida, dos judeus da escravidão para a liberdade e do inverno para a primavera desde a mais remota antiguidade.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo com os seus discípulos, é narrada nos evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach”, a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos.
O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach.
Assim, a última ceia da qual participou Jesus Cristo (segundo o Evangelho de Lucas 22: 16) teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
A festa tradicional, segundo as concepções católica e ortodoxa, associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes.
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther em inglês, Easter quer dizer Páscoa.
Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus.
A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida.
Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter e na mitologia romana, é Ceres.
The Resurrection of Jesus
Giclee Print, By Heinrich Hofmann(1824 - 1911) - Item #: 12015995A
Igreja Nova York Riverside.

Este Rato deseja para você e sua família uma feliz páscoa em 2013

Fontes:

São Paulo, SP, 29 de março de 2013
Mkmouse