sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Última de 2011








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Para encerrar o ano de 2011, envio a todos os meus leitores e leitoras um voto de esperança na felicidade neste Natal e que ela se estenda centuplicada para além do ano que vem e este, lhe traga muita saúde, paz e prosperidade.













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Para comemorar estas datas coloco à disposição de todos o clipe abaixo, clique e tenha um bom divertimento; até 31 de dezembro de 2011 no meu site www.mkmouse.com.br e até Janeiro de 2012 neste Blog.







Little Drummer Boy - Celtic Womans 2007

mkmouse



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A Resenha do Rato.


    Pois é 2011 esta terminando e 2012 chegando.
    Gozado...

    Não existe uma pausa para descanso entre a saída de um ano e a chegada do outro; será que a mudança de ano não é como o nosso dia a dia onde a gente tem um tempo para descansar entre um dia e outro?

    Não existe uma noite de sono reparador entre um ano e outro?

 
(3)

    Em 2011 o rato saiu da toca, como sempre saiu e sairá, escreveu sobre um mundaréu de coisas neste blog e na revista Mkmouse; foram os mais variados temas assim como variada é a vida.

    Já na boca da minha toca, na frente do mundo, o panorama que se descortina é uma amostra do que virá a ser visto, a acontecer, pelas trilhas que irei percorrer a cada passeio que faço pelo relativismo da realidade; diferente este a cada caminho, trilha, que tomo a cada saída que faço.

(3)

    É no passeio que descortina-se os detalhes do caminho, tão conhecidos e familiares para a tartaruga(1) e quase, senão desconhecidos, pela célere lebre.

    Foram destas visões peculiares ao percurso escolhido que resultaram nas postagens menos abrangentes, a cada tema mais específico e eu sei que nem por isso as postagens ficaram mais fáceis de ser compreendidas; a visão de um evento é algo tão individual como são as nossas digitais.

(3)

    Mas é na volta para a toca, mesmo que o caminho de retorno venha a ser o mesmo da partida o que é quase impossível de ser conseguido, bem como no momento de minha saída dela, momento este em que contemplo a infinitude de caminhos a ser percorrido, é que posso ver o todo como um corpo único; fugazes momentos estes em que o coletivo se sobrepõe ao individualismo da identidade, da verdade sempre pré-concebida e a realidade tenta se mostrar em meio a uma espessa e massiva névoa de ignorância.

    Neste momento este rato sente-se como que sentado nas profundezas de um labirinto de túneis a ver no meio da escuridão nada além de mui apagadas e escuras sombras fugidias, amorfas, a deslizar por paredes para mim invisíveis mas seguramente não planas(2).

    Mas agora o rato começa a se preparar para descansar entre os dois anos, pois compreendeu que existe uma folga para descanso entre um ano e outro.

    O segredo é o dia; o ano de 2011 termina em um dia e o ano de 2012 começa em outro e este rato pode e logicamente descansará, entre os dois dias logo entre os dois anos, exatamente como fez na passagem do milênio e o que parecia inicialmente ilógico agora nada mais é que simplesmente um fato do cotidiano do homem.


São Paulo, 13 de dezembro de 2011
Mkmouse



    (1) Referência à fábula atribuída a Esopo (fabulista grego (?) do século VII A.C.) “A Lebre e a Tartaruga” recontada por Jean de La Fontaine (1621 - 1695).

    (2) Referência à “Alegoria da caverna”, A república – livro VII, Platão (427AC a 347AC).

    (3) Fotos montagens de Mkmouse, as fotos são da NASA e a nave é a Discovey do filme de 1968 “2001 – Uma Odisseia no Espaço”.




quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O Relativismo da Nossa Verdade e do Nosso Tempo.

    Agora que os princípios básicos da incerteza foram expostos nas duas postagens anteriores fica mais fácil entender a raiz dos conceitos indefiníveis, mas nem mesmo de longe isto trás alguma luz, ou esclarecimento, a algum deles.

    Não ficou nada mais fácil entender o que é a verdade absoluta, mas ficou mais fácil entender o relativismo de tudo o que é conceito primitivo inclusive a verdade.

    Observemos a história por exemplo, ela é uma verdade posto que a história tem como finalidade ser um relato fiel de algo em um período qualquer no tempo e no espaço.

    Tomemos como exemplo, mais uma vez, a história da existência do homem sobre a face da Terra e dentro deste conjunto tomemos, como modelo, o subconjunto que contém o tempo e a região onde ocorreu a batalha das Termópilas (480 AC).

Busto de Heródoto, cópia romana do século II,
no Stoa de Átalo, Atenas

    Tomo como base para o relato da verdade histórica o que foi declarado por Heródoto de Halicarnasso (485?-420AC).

Bodrum, atualmente (antiga Halicarnasso) - Turquia
  
  “O resumo da ópera” é o seguinte:

"Xerxes, King of Persia"
as portrayed by Guillaume Rouille (1553 AD)

    O Rei Xerxes, da Pérsia, resolvera subjugar os povos do Peloponeso ao seu império coisa que seu pai, Dario I – O Grande, não conseguira em 490AC na batalha de Maratona, batalha esta que marca o final da primeira gerra Médica; estes povos estavam (só para variar) em guerra com outras cidades-estado do Peloponeso e para aumentar a confusão era um ano de Olimpíadas e os “estatutos” destes povos rezava que em época de jogos olímpicos as hostilidades entre as polis deixaria de existir, logo o “Rei dos Reis”, como se intitulava Xerxes, deveria se aproveitar desta “deixa” para conseguir o seu intento visto que os povos do Peloponeso deveria oferecer pouca ou nenhuma resistência por força de não estarem nesta época devidamente preparados para enfrenta-lo; era o início da segunda guerra Médica, era verão no ano de 480AC.

    O problema é que Xerxes esquecera-se de foram os gregos que inventaram o “Presente de Grego” quase 1.000 anos antes dele, o qual foi certamente fundamentado nos famosos presentes dos deuses (gregos) para os homens (gregos ou não).

A queda de Troia,
por Johann Georg Trautmann (1713–1769).
Da coleção dos grão-duques de Baden, Karlsruhe.

    As polis vendo-se ameaçadas por uma força “bárbara” abandonaram suas guerras intestinas e uniram-se em uma Liga para combater os persas, esta Liga colocou o rei dos espartanos, Leônidas I, (só Leônidas para os íntimos) no comando das forças de combate da Liga.

    Mas até os fanáticos espartanos (os extremistas alienados da época) sabiam que não tinham forças suficientes para enfrentar o exército dos persas e resolveram estrategicamente dar-lhes combate no desfiladeiro das Termópilas (como queria Atenas).

Uma falange de hoplitas gregos

    E não deu outra, Xerxes “dançou bonito” nas mãos dos gregos por seis dias, até o seu exército dos 10.000 imortais comandados por Hidarnes “se ferrou”, perdeu a sua famosa imortalidade ali e para sempre.

Archers frieze Darius palace Louvre AOD487

    Mas como sempre acontece na história, na vida do homem sobre a face da Terra, no sexto dia apareceu no acampamento persa o Sr. Efialtes (filho de Euridemo) de Mális, mais um desertor e logicamente sob estas circunstâncias, um traidor.

    O “Rei dos Reis” da época, entusiasmado com a nova perspectiva de vitória rápida convocou o que restou dos seus (agora quase) imortais e mandou-os à noite guiados pela “traíra do” Efialtes (com um nome destes só sendo traidor mesmo)  pelo novo caminho para atacar Leônidas pela retaguarda e os Fócios (eta nominho danado), defensores da retaguarda de Leônidas, pegos de surpresa e tarde demais para qualquer reação “deram no pé” deixando, enquanto fugiam, Leônidas ciente “que a vaca tinha ido pro brejo” mais cedo.

    Leônidas I, Rei de Esparta, dispensou os não espartanos da luta e ficou para combater os persas com 300 guerreiros, os famosos 300 de Esparta, foram estes que protegeram a retirada do restante do exercito grego a salvo de uma luta desastrosa.

    Segundo a história todos os espartanos morreram e Xerxes pode por fim seguir o seu caminho em paz; chegou a Atenas, que estava vazia, a saqueou e depois a queimou.

    A briga foi rolando até a batalha naval do estreito de Salamina onde o “Rei dos Reis” virou apenas Rei dos medos-persas e teve que regressar derrotado à Pérsia, no entanto o golpe final dos gregos sobre os persas foi dado na batalha da planície de Plateias na Beócia em 479 AC. (ai eu me pergunto: - Será que havia uma boa plateia naquele dia ali para ver esta novíssima e tão aguardada peça grega?)

Planície de Plateias 479AC

    Fim do “Resumo da Ópera”.

    Agora que vimos um pouco de verdades históricas voltemos ao tema, o relativismo da verdade neste caso, histórica.

    Sob o ponto de vista dos espartanos daquela época (o que tem que ser obrigatoriamente, não existem mais espartanos hoje em dia a não ser em forma de figura semântica)  eles não foram derrotados pelos persas e sim morreram para entrar definitivamente na glória eterna.

 Leônidas nas Termopilas – Jacques Louis David (1814)

   Sob o ponto de vista dos persas os gregos sofreram uma derrota retumbante nas Termópilas.


    No ponto de vista dos componentes da Liga dos povos do Peloponeso, a batalha das Termópilas foi um sucesso, uma vitória, uma gigantesca vitória tática sobre os persas cujo exército lhes era imensamente superior em numero e armas, não só no desfiladeiro das Termópilas mas em todo o Peloponeso.

Monumento erguido a Leônidas I nas Termopilas em 1955DC

    Sob o ponto de vista do “traíra”, o Sr. Efialtes, ele foi o verdadeiro vitorioso pois enquanto os reis brigavam ele se mandava, “na surdina” com o lucro; isto é, se os persas não o mandou para “Os Quintos dos Infernos” ou melhor, para o Hades mais cedo, já que “Os Quintos dos Infernos” só passou a existir, ou melhor ainda, chegou às nossas paragens idílicas abaixo da linha do Equador, com a entrada de Napoleão no senário europeu e consequentemente a chegada do Rei de Portugal ao Brasil; coisas da “Terra Brasilis”.

Ilustração medieval do inferno - Hortus deliciarum
manuscrito de Herrad de Landsberg (≈1180).

    Uma coisa é certa, nenhum deles está errado.

    Todos os envolvidos, cada um deles, disseram a verdade sobre o resultado final daquela batalha no desfiladeiro das Termópilas em 480AC.

    É assim que funcionam as coisas, são sempre os vitoriosos que escrevem ou ditam a história que você deve conhecer, que escrevem ou ditam a verdade que você deve acreditar, só raramente, muito raramente uma vós destoa nesta concordância absolutista, monocromática e cegante, alguém se recusa a permanecer na ignorante inanição patrocinada pelos deuses da época ao seu tempo, ao seu interesse e aos seus plantéis.

Ratazanas vitoriosas escrevendo uma verdade convincente para os seus povos

São Paulo,  23 de novembro de 2011

Mkmouse


terça-feira, 15 de novembro de 2011

E Deus fez a Luz...

  Antes do que foi relatado na postagem anterior (E Deus fez a Segunda escolha), era apenas a Essência; Essência que em um instante de tempo(1) antes do momento atemporal do relato, atingiu todo o seu infinito potencial de conhecimento; foi a partir deste momento até o momento da escolha o teor do relato.

    Agora, o que temos é a consequência da escolha.

    Assim que a escolha foi feita o todo se fendeu (partiu-se) nas infinitas partes que o compõe e estas por sua vez repetiu o feito que a antecedeu e o repassou a cada uma das infinitas partes que compunha o todo original (ora subdividido-se) após a si e isto se repete ate a cegada da parte mais elementar da Essência primordial.

    Neste ponto é a partícula elementar que transforma em temporal o atemporal, em substância a insubstância e em espaço o não espaço sem no entanto perder a sua individualidade.

    Uma vez completado o processo o elemento primordial funde em uma só “coisa” o que dele foi criado e une-se intrinsecamente a eles e a cada um deles; sem no entanto destruir-se, expande-se em focos de luz, sombras e matéria com todos os seus similares, opostos e suas consequências, potencializando tudo até o infinito.

    A partir deste ponto o sentido de tempo, espaço e matéria começa a fazer sentido e a existir dentro do contesto da criação, no instante seguinte a este momento inicia-se o universo em que vivemos.

    Isso ocorreu, ocorre e irá ocorrer em cada uma das infinitas unidades primordiais do todo, da Essência e nenhuma delas cria, criou ou vai criar um universo sequer semelhante a algum outro que existe, existiu ou vai existir.

    Neste ponto as lembranças coletivas mais remotas começam a ceder espaço para as lembranças coletivas da criação e posteriormente, muito posteriormente, os seus arquétipos.

 
Saturne, dévorant un de ses enfants.
Simon Hurtrelle, 1699, Le Louvre

    Estes universos primordiais são como pessoas isoladas em seus mundos; coexistem, sabem da existência uma das outras, podem até se comunicar mas ainda não se tocam ou interpenetram neste estágio e cada um deles contém em si os seus opostos, suas dimensões seus tempos particulares suas leis, suas regras e a sua identidade única.

    E Deus disse:

Faça-se a Luz(2).

 
… E a luz se fez ...

    Quando o clarão da criação se desfez a vida existia e tudo o que fora criado agora é vida, toda a vida que fora criada começa instantaneamente a evoluir, a adquirir conhecimento e cada uma delas ao seu devido tempo, à sua peculiar maneira, começou neste instante a caminhar de volta para casa, para unir-se ao seu conjunto original, atendendo assim ao irresistível chamado do lar, das origens, onde deve chegar um dia, para sempre, trazendo consigo a vivência de um conhecimento, completo, infinito(3).

    Neste momento o todo atemporal, insubstancial e indivisível estará para sempre completo ao infinito; não mais conterá o conhecimento e sim é, foi e será, tudo ao mesmo tempo, o conhecimento.

    Só aí você se descobrirá, se reconhecerá e conhecerá a verdade para então poder escolher:

    Ter todo o conhecimento ou ser todo o conhecimento(4).

(1) Toda a referência a tempo é apenas uma simples e mera figura de linguagem já que falávamos anteriormente e ainda estamos falando de eventos atemporais até quase o fim desta postagem.

(2) As referências a este processo criativo estão de tal forma dispersos pelas mais antigas escrituras e pelo mundo afora que fica muito complexo coloca-los em alguma ordem seja ela qual for;    não me parece prático, e isso para não dizer impossível, no momento ordenar de alguma forma as memórias do inconsciente coletivo da criação.

(3) A partir deste ponto o texto volta novamente a ser atemporal e imaterial como no início.

(4) A Criatura é só um sonho; apenas mais um sonho dentro da realidade fantástica que é o sonho do criador; e é esta criatura, é este sonho, que um dia também se tornará um criador.


São Paulo, 14 de novembro de 2011

Mkmouse




domingo, 13 de novembro de 2011

E Deus fez a segunda escolha.



Pois é...

O que é a verdade?

Esta é mais uma droga de conceito primitivo, qualquer significado para exprimir o pensamento, a visão, o conteúdo que esta palavra encerra sempre resultará em uma contestação de alguma forma em algum lugar.

Mas então porque existem conceitos primitivos?

Ha-há... Isto eu sei explicar!

O conceito primitivo é o resultado mais imediado e concreto da nossa mais completa ignorância sobre um determinado tema.

Gente, não existe nada, mas absolutamente nada em todo o universo da criação que existe, existiu ou está para existir que não possa ser explicado, a questão é o conhecimento completo do universo que esta miserável especie humana não tem e para ser bem claro demonstra estar muito longe sequer de imaginar o que possa ser isso.

No entanto o ato da criação, seja ele qual for, está enraizado no mais intimo das criaturas e apesar de não poder ser exprimido de forma coerentemente lógica e em sua forma irrefutável é do conhecimento geral de qualquer criação as suas mais remotas origens; algumas criaturas podem sentir isso com mais intensidade que outras, mas nenhuma tem a consciência da totalidade do universo em toda a sua extensão, tempo e grandeza.

A verdade para nós é apenas um conceito relativo e assim o será até que a ignorância seja um caráter recessivo em nossa índole, em nossa psiquê, até que ela seja apenas mais um elemento preso em nossa “controlada” caixa de Pandora.

Em um dado momento ou sei lá o que, na sua origem primeva, a criação teve que optar em conter todo o conhecimento ou ser todo o conhecimento.

E parece que a opção escolhida foi ser todo o conhecimento.

Este relato está contado em todas as culturas, até de certa forma coerente e em indiscutivelmente em concordância com suas normas de conduta e entendimento vigentes no momento de sua escrita, e é a visão mais obscura e ancestral de um momento muito forte e coletivo da criação.

No mundo ocidental estes acontecimentos estão narrados de forma menos coerente e definitivamente no tempo errado, no entanto a essência do evento não foi mudada mas ficou muito distante de facilitar o entendimento da realidade além de acrescentar, não sei se por ignorância ou deliberadamente, muitas dificuldades e entraves para o seu entendimento pelas criaturas componentes de seu próprio conjunto no decorrer do tempo e maiores ainda foram estas dificuldades e entraves em determinados espaços físicos, morais e intelectuais no próprio conjunto em causa.

Esta descrição pode ser lida em sua forma simbólica em Gênesis 1,1 a 1,31 e a escolha sobre conter ou ser, de forma ainda muito mais simbólica em Gêneses 3,1 a 3,6.

Já em culturas mais antigas, ou mais evoluídas em tempos tão remotos quanto os tempos das escritas bíblicas originais, quando não bem anteriores a estes, o mesmo evento é contado de forma a tender para o atemporal o que reflete uma maior consciência e conhecimento de causa sobre a realidade do evento em si, mas infelizmente não podem ser claras, o suficiente para um entendimento mais amplo de nossas raízes comuns na criação do universo como um todo, como uma unidade, uma identidade única, pontual e determinada.

Naquele momento, o pontual era o continente, o conjunto que continha tudo o que existiu, existe e está para existir e a escolha é simples:

- Ser o todo com partes únicas ou ser o todo além de o todo em todas as partes únicas.

E obviamente, até para este suricato, Deus fez a segunda escolha.

  
São Paulo, 13 de Novembro de 2011
Mkmouse



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Político e o Padeiro



É, fiquei mais velho e nada mudou por conta disto.

Aliás, fica-se mais velho todos os dias e nem por isso há substanciais modificações em nosso dia a dia.

Em vista desta “Lesma Lerda” cotidiana, insana; não só às vezes não, mas hoje em dia com uma assustadora frequência e no mesmo padrão mundial de igualdade e mesmice; eu resolvi voltar a um assunto recorrente, não só da minha parte mas pelo mundo afora também: a importância da política na vida humana.

Eu me odeio quando trato deste miserável assunto, mas às vezes (regularmente) é preciso fazer um serviço sujo, ou seja, lidar com porcarias e imundícies; estas lides via de regra obscuras do nosso cotidiano, se bem feitas nos aliviam a psiquê em função do processo de eliminação da escória que a oprime e que não pôde deixar de ser absorvida por nós por mais que tenhamos nos esquivemos destas desgraças.


Mesmo mais velho, ainda não mudei; ainda considero que a prática dos conhecimentos da ciência política, pelos governos quer sejam eles públicos ou privados, devia ser qualificada como um crime hediondo e inafiançável, cuja pena mínima (para tal delito) deveria ser a morte sob tortura de todos os implicados.

Permaneço fiel a minha primeva premissa: todo político(a) para ser realmente bom(boa) precisa necessariamente estar morto(a) e bem, muito bem enterrado(a). (desde que isso não seja em Jerusalém, neste local já houve um caso de ressurreição)

Eu não conheço algo no universo da criação que seja mais inútil para qualquer sociedade, até mesmo as inanimadas, do que um político.

Estas abjetas excrescências da espécie humana não fazem nada que não seja direta ou indiretamente em seu benefício próprio.

O princípio de visão e moralidade de um político está composto por dez regras:
A primeira é tudo o que fizer é para beneficiar a si e, ou, o seu patrão.
A segunda é que tudo o que fizer visa o seu próprio benefício e de seus mais chegados comparsas.
A terceira é sempre fazer algo que beneficia ele mesmo.
A quarta é sempre procurar apoio para si mesmo e os interesses que representa nas minorias mais organizadas.
Da quinta a décima regra é sempre procurar algo que venha de encontro a um seu beneficio seja ele lá o qual for.
A décima primeira regra (ainda não escrita em seus manuais de operações) é fazer algo de bom ao povo em geral desde que isso não fira os interesses das dez clausulas básicas e fundamentais que regem a sua existência e identidade.
Mas deixando de lado todos estes elogios e o “rasgamento de seda” devido às personalidades, vamos aos finalmentes.

Eu não tenho dúvidas que a politica é a filha predileta, a mais amada e protegida da ignorância, você pode medir o grau de ignorância de um povo só contando o número de políticos que dele vivem às custas sem nada de realmente bom produzirem para os seus hospedeiros.

É sempre assim, quanto maior é a ignorância de um povo maior é o número de políticos e a sua importância relativa no tempo e no meio em que vivem e exploram o mais que necessário para a preservação da sua existência.


Você também pode sem medo de errar comparar um político(a) a um padeiro(a). (que me perdoem os padeiros honrados e honestos pela aviltante comparação que com eles acabo de fazer)

Todo padeiro bom e honesto tem como lide diária a confecção do Pão Nosso de Cada Dia, o qual para o cumprimento de uma antiga e divina maldição comemos voluntariamente com o suor, hoje tsunâmico, de nossos rostos.


Tal e qual a um padeiro honesto e honrado, o político também produz o “Seu” pão nosso de cada dia, o qual comemos involuntariamente todos os dias, desta feita com um suor diluviano a correr em nossos rostos.

Qual a diferença entre ambos além do preço que por eles pagamos?

A diferença fundamental não está na exorbitância relativa e às vezes subjetiva dos preços a pagar pelo pão e sim no pão; o pão do padeiro é forte o suficiente para nos sustentar as nossas vidas e a vida do padeiro que os produz, mas o pão do político, apesar do altíssimo preço, é forte mais que o suficiente para enriquecer quem o produz e sempre forte o suficiente para empobrecer cada vez mais e sob todos os aspectos, os seus voluntários ou involuntários compradores.

“Eu creio, pia e completamente, na existência de eleitores honestos mas não creio, absoluta e completamente, na honestidade das urnas.”


Mkmouse


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Pobre, segundo Mkmouse



Taí um tema atual, onde cabe uma pergunta:

- Você sabe o que é ser pobre?

Pois é, a resposta para esta questão pode ser surpreendente.

Para começar vamos definir o que é um pobre.

Por princípio todo pobre é antes de tudo um parasita contumaz, sobrevive parasitando a sociedade que faz parte, a família que é sua e a dos outros e até mesmo pessoas, individualidades, e as coisas mais estranhas que possa existir.

Para ser um pobre você precisa ter os seus direitos garantidos a qualquer preço e você (o pobre) sempre lembrará a todos este detalhe da lei.

Para ser um pobre você não pode ter obrigações a cumprir, quem tem são os outros ou o estado, você (o pobre) sempre esquecerá de falar sobre as suas obrigações não cumpridas, mas sempre lembrará de apontar o não cumprimento das obrigações em outras pessoas e por parte do estado (sociedade).

Todo pobre acha que a sociedade é a culpada das suas desventuras e por isso merece indenização, para ele a sociedade faz tudo o que pode para vê-lo sofrer, ou roubar-lhes os seus direitos.

Todo pobre acha que é a sociedade que tem que educar os seus filhos e não eles, os pais, no entanto fazer filho é a sua obrigação, cuidar deles é obrigação da sociedade, do estado.


Todo pobre tem como alvo a vantagem, ele não fará nada sem que haja com isso algum lucro ou vantagem para para ele, ele morrerá de inanição (isso é culpa da sociedade malvada) mas não fará nada que não seja para o seu proveito próprio e exclusivo.

Todo pobre tem como escopo principal viver às custas da sociedade em que está inserido e nada produz para melhorá-la porque isso não é um problema dele e sim da sociedade e seus dirigentes incompetentes (esquece-se que foi ele mesmo quem os colocou lá pela força do seu voto).

Um pobre acha que tudo o que existe é dele ou é para ele, desde que seja lucro ou vantagem, acha que todo os que conseguiram sucesso na vida, são ladrões ou criminosos, corruptos ou corruptores e não consegue conceber que alguém possa ter sucesso na vida simplesmente trabalhando com honestidade.

Existem três tipos de pobres, os disfarçados, os políticos e os assumidos.


Um pobre assumido é aquele que vive às custas dos outros, ou do estado, e nada dá em troca por isso (não trabalha) e não faz nenhuma questão de esconder o fato pois isso é um direto seu garantido pelo estado.

Um pobre político (não confundir com “pobre político!”) é aquele que vive às custas dos outros, da sociedade ou de classes de trabalhadores e ainda a prejudica o corpo que o nutre, sempre, para ter um lucro maior, uma vantagem mais expressiva, ou a imunidade política que o isenta do cumprimento da lei em face aos seus crimes, sejam eles quais forem, antes, durante e após o seu mandato, ou período de “trabalho” (a palavra trabalho, para eles tem apenas um significado semântico ou é (para os que sabem ler e escrever) apenas mais um verbete em um dicionário qualquer), tempo este que usa demagógica e falsamente em seus discursos moralistas.

Um pobre disfarçado é todo aquele que procura um emprego (isso faz com que ele se pareça com uma pessoa de bem e honesta) mas nenhum serve para ele, pois ele não é um escravo de nada nem de ninguém; quando uma criatura desta consegue um emprego, em menos de um mês já está reclamando do salario, do serviço, dos colegas de trabalho e assim que a sua carteira de trabalho é assinada, na primeira oportunidade, ele sai da empresa e a processa pelo primeiro motivo que lhe vier à cabeça ou à cabeça do advogado (de merda) que ele conhece e é do seu sindicato (este tipo de pobre é sempre sindicalizado) e que ele disse que ele estava sendo explorado por isso ele (o advogado, sindicalista ou não) iria ajudá-lo no processo para ressarci-lo de suas perdas físicas e morais; este tipo de pobre sobrevive explorando as empresas que o emprega e às custas do salario desemprego pago pelo estado.

Você que reconhecer um rico?

Olhe os seus frutos, pois o rico é sempre como uma arvore que dá bons frutos, pessoas ricas existem em qualquer lugar, podem viver em palácios esplendorosos ou ter como cama a superfície deste planeta e como cobertor as estrelas que o rodeia.

Você que reconhecer um pobre?

Então não procure por frutos, eles não dão frutos e quando dão não são bons frutos, todo pobre é como a erva daninha, aparecem em qualquer lugar desde que o solo seja bom para a sua vida e mesmo que para isso precise destruir todas as outras vidas que não podem lhe dar o sustento que eles se julgam merecedores.

Eu pessoalmente não gosto de políticos, acho que a política é a coisa mais inútil e desprezível que existe no universo da criação, acho que político bom é politico morto, no entanto devo reconhecer que pode (isso é só teoricamente possível) existir algum que sirva para alguma coisa além de ser a mais completa inutilidade, é, isso é possível, mas sinceramente não consigo ver nenhum hoje em dia; no entanto, mais desprezível ainda é o pobre, esta desgraça que até morta dá trabalho e ônus aos honestos e lucro, muito lucro, aos desonestos.


Ha mais uma coisa que preciso esclarecer sobre o tema.

O “ser um pobre” não é e nunca foi um sinônimo de pobreza física ou seja: não ter posses, dinheiro ou poder.

Ser pobre é se encaixar em alguma das igualdades que já expus anteriormente, é ser um parasita, é ser um incompetente na função que exerce e nela continuar tralhando (isso é só semântica, incompetentes não criam nada mas destroem o que de bom já existe) e se rodeiam de criaturas mais inexpressivas ainda para os auxiliar na deterioração de tudo aquilo que realmente funciona e é bom para a sociedade.

Agora vou definir um conceito primitivo:


- Todo pobre, sem exceções, não trabalha a não ser para o contentamento de seu próprio ego, é acima de tudo é um parasita, é um vagabundo, é um inútil, para a sociedade e para a vida, uma criatura que pode ser substituída por qualquer coisa honesta que exista no universo sem que haja algum prejuízo à sociedade que está infelizmente incluído, e, só terá alguma utilidade para a natureza quando morrer, pois aí sim será apenas o que sempre foi um adubo para vegetais.

É só depois da morte que políticos, pobres e congêneres tem alguma utilidade real e verdadeira.


As ilustrações acima foram retiradas do filme 2001 Uma Odisseia no Espaço.

Mkmouse

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Uma carta para Deus.




Oi, Deus

Lhe dizer quem está escrevendo esta carta eu acho tão desnecessário quanto levar uma martelada na cabeça, ou ainda fazer chover onde não precisa.

Mesmo esta carta na realidade é tão desnecessária quanto a falta de necessidade, mas eu não aguento mais, até esta criatura senhora apenas, quem sabe lá, da sua própria vida tem que falar o que vê, já que ninguém mais fala ou vê, menos o Senhor, eu espero.

Deus, em Gênesis 1, 26 foi dito: et ait faciamus hominem ad imaginem et similitudinem nostram et praesit piscibus maris et volatilibus caeli et bestiis universaeque terrae omnique reptili quod movetur in terra (Vulgata latina – 405 AC – São Jerônimo), se o que ali foi escrito a mais de 1600 anos for verdadeiro, porque eu não gosto do homem que vejo, nem da sua semelhança ou da sua imagem?

Deus, se o que está escrito em Gênesis 1, 26 é verdadeiro, quem sois vós verdadeiramente?

Senhor, olhai a criatura que fizestes à fossa imagem e semelhança:

Revolução russa 1917

massacre de katyn na Polônia, apenas uma ordem de Stalin

E isso não parou ai e para ser mais exato nem começou ai.

Quando começou o Senhor certamente deve saber porque esta simples criatura aqui não sabe não, mas eu sei muito do que veio depois do começo.

Deus, eu não tenho a menor ideia de quantos morreram as mortes mais horrendas, passaram por sofrimentos e angustias indefiníveis em nome de deus, ou por falta de ter um deus certo no momento exato.

O Senhor ainda esta lembrado de Gênesis 1, 26?

Pois é Deus, foram as suas criaturas que fizeram isso tudo que mostrei e o que ainda vou mostrar.

Lembra, são sempre aquelas mesmas criaturas feitas à sua imagem e semelhança.

Há imagens bem mais atuais destas criaturas com a sua imagem e semelhança habitando a Africa por exemplo, quiça não seria a terra no futuro?
Quer algo mais atual, a foto abaixo mostra uma sua criatura, feita também à sua imagem e semelhança nos dias de hoje, elas podem serem vistas em todos os esgotos de miséria da Terra.

Senhor, por ventura é esta a sua imagem?
Deus, apareceram nesta urbe também criaturas que queriam a felicidade de todos, não gostavam das guerras nem faziam políticas podres para defender minorias abastadas, mas criaturas feitas à sua imagem e semelhança, mataram todas elas que por sua vez deveriam ser a sua imagem e semelhança também, Jesus foi um deles, pena que não tenha dele nenhuma imagem real, verdadeira para poder relembrá-lo, mas tenho uma imagem real e verdadeira de um outro:

Mahatma Gandhi – 1948 – Índia

É e tem um outro que também era bom mas foi assassinado por isso, também por criaturas que como ele foram feitas à sua imagem e semelhança, Martin Luther King Jr.
Deus, se Gênesis 1, 26 for verdadeiro, esta criatura, este rato miserável abdica de ter a sua forma e semelhança, prefiro não ser nada além do pó das estrelas, esta forma e semelhança me envergonham muito além de me oprimirem demais a alma e o espírito.

No entanto Senhor, se o miserável do escriba da época se enganou de alguma maneira na escrita em algum lugar, então eu sou uma criatura perdida no meio do nada com um futuro incerto, eu sou a criatura da foto abaixo, sem nada, no nada, em prantos procurando por uma alma gentil, ou alguma forma e semelhança de algo bom que me ajude a viver com um mínimo de dignidade neste mundo, sem justiça, sem lei e sem Deus.
Desculpe-me por tomar um pouco da sua preciosa atenção Senhor, eu nem imagino o que significa ter toda uma criação para cuidar, mas eu sei que o Senhor é o único em toda a criação que pode entender esta carta e quem sabe corrigir (só um pouquinho???) todas estas mazelas.
São Paulo 15 de Setembro de 2011

mkmouse