segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal de 2010




 ...Então é natal né ???

Parece que o do ano passado foi ontem...

Sei não...

Acho que foi ontem mesmo.

Mas se foi mesmo ontem, o legal disto é que o natal de 2011 vai ser amanhã!

Será uma vida só de festas !!!


***

É..

É o tempo a passar e eu falei tanto dele este ano.

Mas o tempo não passou mais rápido que o usual para nós, foi a nossa vida que teve um ritmo mais acelerado, com isso quase não vimos o tempo passando, ficamos mais distraídos com o nosso dia a dia que nem vimos a natureza ao nosso redor seguindo o seu curso, naturalmente.

Também existe a possibilidade de nosso planeta estar reduzindo a sua marcha pelo espaço exterior, ou ainda um aumento de massa significativo no planeta Terra quiçá em todo o sistema solar. (é a teoria da conspiração galáctica para a extinção da espécie humana na Terra.)


***

Eu não creio na viabilidade da segunda hipótese mas a primeira, esta sim, é definitivamente a mais apropriada, a mais viável e mais realista. (eu acho, sei lá)

Mas se assim foi agora, neste final de ano, devem estar todos exaustos, mortos de cansaço.

Toda esta correria a partir do nada, em um desesperado frenesi para chegar a não sei onde, normalmente a lugar nenhum que realmente valesse tamanho esforço e engenho.

Toda esta correria para possuir algo, via de regra o desnecessário, o supérfluo e com isso deixa-se de viver a vida.

Toda esta correria para viver uma mera fantasia, correr atrás de fantasmas, de sombras vans e fugidias, transformando assim uma vida potencialmente frutífera, prazerosa, em uma insipida vida.

Estas rotinas todas, modistas, vulgares, inócuas, deixaria qualquer bom relógio suíço sem a sua âncora.

A vida é bela como ela é, ao seu tempo e no seu tempo, é o homem que com a sua mesquinhez a transforma e para si mesmo, em um inferno capaz de causar inveja ao próprio Lúcifer.

A vida é bela!


***

Acho que está na hora de se voltar a viver.

Que tal fazer o natal de 2011 ser não amanhã mas, porque não, depois de amanhã ou além, quem sabe?

Se isso for conseguido vai significar que estaremos mais próximos da natureza depois de amanhã do que estamos hoje; senão, amanhã estaremos um passo mais próximo do fim de nossa espécie.

Em 2011 deixemos a natureza fluir livremente, não imponhamos a ela as nossas frustrações, fraquezas e ambições, mesmo porque ela não está nem aí para o que pensamos ou sentimos.

Para a natureza nós fazemos parte dela, estamos sujeitos às suas normas e leis, se não vivermos de conformidade com a natureza seremos excluídos dela, e fora dela não há vida para nós.

Que em 2011 estejamos um passo mais longe da lista de espécies em extinção.

Nossa sobrevivência depende de toda a natureza para existir, não podemos permitir que uma simples bactéria desapareça por causa de nossos atos ou por causa de nossa insanidade ou ainda, por causa de nosso imenso e preconceituoso orgulho.


***

Abaixo segue minha mensagem de natal em forma de clipe:
Mknatal2010blogdorato.avi

Esta no formato PAL-xvid4 200k - (avi) 1024x768 - tem 18,3 Mb com 3m30s de duração

***
Tenham todos,

um ótimo e Feliz Natal,

um ano de 2011 pleno em paz e

prosperidade, repleto de alegrias e boas novas.


São os votos de Jarbas e família para você;

meu leitor, meu amigo, minha amiga

e para todos os nossos parentes.


Para todos enfim, onde quer que estejam.


Um Feliz Natal a todos!

Mkmouse


sábado, 20 de novembro de 2010

Uma questão singular







Que horas são agora?






Eis ai uma pergunta simples e que não pode ser respondida sem parâmetros que ficam subentendidos para o questionado e que condiciona a resposta a qual, e por sua vez, é específica para o evento compreendido pelo questionado no entanto, relativa, específica, válida somente para os parâmetros invocados à sua consumação.

A resposta obtida desta interlocução é a mais pura e perfeita amostra da aplicação prática do relativismo, a pergunta é uma equação cujo resultado é uma resposta exata, cujo valor varia ao infinito e todos eles serão verdadeiros, mesmo quando fora dos parâmetros subentendidos entre as partes envolvidas.

Todo valor obtido para a pergunta “Que hora é agora?” seja ele qual for é sempre verdadeiro, pois será sempre a hora exata em um ponto real e existente em algum lugar na Terra.

...

Eu escrevi “Da Terra”???

Olha só que interessante!

Quando citei a Terra ficou implícito que até aquele momento falava eu de seres humanos o que era a mais absoluta verdade, mas a partir daí a ideia de “Que hora é agora?” perde a sua correlação com a familiar ideia de hora e passa a ser entendida como 'Tempo'.
 
...

Sobre a face da Terra a ideia de hora faz sentido, sobre a Terra podemos estender suas potências para maior e menor na tentativa de compreender o que mais próximo nos rodeia, para além disto a ideia de hora e suas potencias não faz em verdade o menor sentido (salvo para a individualidade da criatura), não tem o menor valor e pode nem mesmo existir, a Terra e o que a rodeia esta sob o regime do tempo e não da hora a qual é uma invenção humana e que atende apenas às necessidades e a ignorância da criatura.

O tempo é a verdade, é a essência e o caminho que tudo, à sua maneira percorre do Alfa ao Ômega.

...

Bem, então o que é o tempo?

Parafraseando Shakespeare eu posso dizer sem constrangimentos:

… Eis a questão!...

...

Toda e qualquer tentativa de definição da ideia de tempo sempre levará a um erro crasso em algum momento durante a análise da teoria e isso porque o tempo é sem dúvida um 'conceito primitivo'.

É como o ponto, a reta e o plano. (todos geométricos)

É como uma linha reta cuja única dimensão possível de entendimento e o comprimento (a aparente linearidade do tempo) e só pode ser concebida como a distância mais curta para um segundo ponto (também geométrico|) consecutivo ao inicial (ponto de partida desta linha imaginária) o qual e por sua vez, traça a direção única que deve as subsequentes ligações seguir depois do ponto de princípio até um ponto antes do infinito. (um outro conceito, na melhor das hipóteses)

Só para se ter uma ideia do tamanho do problema que é a definição de uma linha reta pense sobre o seguinte:

“Uma vez tomada uma direção a partir de um ponto (geométrico) inicial, seja esta direção qual for, sempre haverá entre o ponto inicial e o ponto imediatamente subsequente uma quantidade infinita de pontos”, isso sem levar em conta que uma reta (geométrica) não tem princípio nem fim.

Uma simples mas perturbadora ideia de verdade, não acha?

...

Na minha concepção, a melhor maneira de se ter uma vaga, distante e imprecisa ideia do que é o tempo é concebendo a noção do não tempo, pois em sendo o tempo por princípio indefinível a sua ausência pode ser imaginada sem cometer-se erros assim tão absurdos, (somente aqueles que beiram o imenso absurdo) o que já é um avanço muito significativo em matéria de definir o indefinível.


Para tanto é necessário em princípio ter uma noção da ideia do “Uno, do Unificado”, pois é nele que tudo o que possa ser imaginado é tornado verdade e onde tudo o que é verdade pode existir, onde tudo o que pode existir tem, ao seu tempo o seu retorno à origem, onde é gerada a justificação do fim; nada que exista ou possa ser imaginado, sem nenhuma exceção, esta localizado fora dele, mesmo a ideia do não tempo.

Apenas o todo pode ver o nada, só o 1(um) conhece o 0(zero).

...

Eu, nós todos, somos a prova mais que evidente desta unificação.

Tudo em nós veio das estrelas e todas as estrelas tem o que em nós existe de alguma maneira e, em algum momento no tempo; nada é em sua essência algo mais que os arranjos diversos dos componentes primevos, tudo no universo por nós conhecido e conjecturado tem a mesma composição básica.

Há relativamente há mais espaço entre os núcleos de meus átomos do que há entre as estrelas em uma galáxia, a essência da minha existência não mostra nenhuma diferença entre eu e a pedra, entre uma pedra e uma estrela entre qualquer estrela e os universos onde possam ou não, existir.

Eu, nós todos, como um todo ou como unidade somos um universo completo contendo muitos universos, somos copias únicas (diferentes entre si) do universo em que estamos contidos o qual por fim existe em seu próprio continente e infinitos destes, juntos ao final de tudo, serão apenas um, o Uno, o 1.

Por isso existe a possibilidade de chegarmos a imaginar o Uno, pois gostemos ou não somos 'farinha do mesmo saco'.
...

A soma da multiplicidade singular que é própria dos componentes nos levará ao Todo, ao Uno; o problema para o entendimento disto reside no fato de que a individualidade que nos é inata e da qual não consigo conceber o livramento, levará este nosso Todo, esse nosso Uno a uma também Individualidade Viva, este conceito leva como consequência ser este nosso Todo apenas um elemento de uma Vida Individual maior ainda.

O conceito de um conjunto de individualidades, completamente unificada e viva como uma individualidade única e una levada ao infinito certamente não é algo de simples compreensão.


Curiosamente o mesmo se dá com o tempo, posto que por mais que o façamos coletivo ele é sempre individual em sua essência.

O Tempo é igual para todos os conjuntos mas, diferente em cada conjunto e diferente ainda para cada componente de cada um dos conjuntos, não sendo igual em nenhum de qualquer subconjunto imaginável no entanto, e apesar disto, o Tempo permanecerá único e imutável onde quer que se manifeste.

A definição do tempo, a busca da verdade ou, do verdadeiro, são metas para qualquer que seja a criatura, inatingível.

São utopias transcendentais ao conceito de utopia.

Nem mesmo o Universo tem esta compreensão.

Para ser possível a compreensão destes conceitos é imperioso, é imprescindível “nascer novamente”.


mkmouse


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O voto, mais uma vez... O voto.


Eu tenho lido tanta bobagem sobre o voto, que resolvi escrever a minha versão de bobagens sobre o tema, só para ser mais original que a maioria dos meus antecedentes.


Vai daí, inicio e termino com definições:



O voto.

O voto dentro do contexto político nada mais é que uma escolha para a ocupação de um cargo no qual o eleito, exercerá uma função (anteriormente definida por um órgão competente, eu acho) e para a qual o eleitor não tem aptidão, não está preparado para executar ou ainda por qualquer outro motivo que seja, inclusive a vontade deste de não o fazer ou executar coisa nenhuma.

O eleitor, exercendo a sua vontade através do seu voto, escolhe para este cargo alguém que dentro da sua maneira de entender fará o que ele (o eleitor) faria de melhor (seja lá o que isto venha a significar) em qualquer situação ou hipótese, se para esta função tivesse ele investido seu tempo, seu gênio ou empenho.



Existem três tipos de voto:

a – O Voto válido – É um voto onde a escolha do eleitor é considerada válida pela lei vigente no momento e para o pleito em questão.

b - Voto em Branco – É o voto onde o eleitor não encontrou nenhuma opção para sua escolha pessoal mas as opções existentes são aceitáveis e se equivalem para a função. (tanto faz como Tanto fez, o que vier é lucro)

c – Voto Inválido ou Nulo - É o voto onde o eleitor não encontrou nenhuma opção para sua escolha pessoal pois as opções existentes NÃO são aceitáveis sob nenhuma avaliação com um mínimo de consistência para a função. (assim não dá, não tem ninguém que presta, pelo amor de Deus me arranjem outra lista)


Mas só existem duas maneiras de votar:

1 - O voto Induzido.

2 - O voto Livre, Consciente e Adulto.




Definição de voto induzido.

O voto induzido é todo aquele em que o eleitor vota de acordo com uma vontade que não é a sua, tornando assim com este ato, uma vontade que não é originalmente a sua, sua vontade e não a de outrem. (credo!!!)

Este é o voto com mais subdivisões, nomes, alcunhas, apelidos, pseudônimos e logaritmos do que pode lograr a imaginação humana conceber, é neste voto que reina soberano e absoluto o imperador “Sofisma” em toda a sua grandeza milenar.

Como as faces que este voto exibe são quase infinitas eu decidi exemplificar o tópico com quatro máscaras somente:


Voto induzido do tipo 1 – Voto “Vitorioso”.

O eleitor é do tipo Gérson, leva vantagem em tudo, por isso o voto dele é sempre o ganhador e para os ganhadores, se der “zebra” e o candidato em que votou não ganhar eles nunca lhe dirão isso e a única exceção para esta confissão será se eles vierem a ganhar algo com isso.

Se em algum momento for dito a estes cidadãos que comer cocô é lucrativo ou proporciona alguma forma de vantagem eles certamente comerão todos o que encontrarem pela frente, principalmente se houver qualquer tipo de propaganda massificante ou, se os percentuais de pesquisa forem tão vencedores como eles o são.

É o eleitor dos patrocinadores, das aparências e da moda que estiver em voga no momento.


Voto induzido do tipo 2 – Voto “Ignorante”.

È o voto do eleitor experto quando não, intelectual, esclarecido ou moderninho que ficou de “saco cheio” com o sistema o qual julga incorreto e demonstra isso “partindo pra ignorância”:

Procura o maior absurdo que se possa encontrar e tenha condições de ser eleito (a democracia é muito permissiva no que tange aos absurdos) e neles votam.

Esta criaturas chegaram à conclusão de que “nada podi ficar mais pió do que já está”.

Eu acho que se o Robim, parceiro do Batman, dizer: “Santa ignorância do que pode ser pior” será por isso processado por discriminação cultural.

“Santo socialismo”...

É o eleitor do status quo, da mudança a qualquer custo seja lá para onde for, do seja o que Deus quiser, do antigo e sangrento alea iacta est.


Voto induzido do tipo 3 – Voto “RH Executivo”.

Este eleitor procura entre os selecionáveis o que tem o melhor curriculum vita para o cargo, em seguida compara o seu “pedigree” com o dos outros concorrentes, só o melhor em toda esta burocracia papeleira pode ser escolhido.(Hummm... neologismo???)

Qualquer candidato sem histórico social e profissional, de berço ignoto, se socialmente um desconhecido dos famosos e poderosos ou ainda, um novato na carreira com idade avançada para o cargo (dentro do seu conceito) nem será cogitado para o seu voto.

Ele houve atentamente as propostas de cada um dos que lhe interessa e o que diz os noticiários a respeito dos concorrentes, lê com avidez as colunas sociais do meio em que estes candidatos vivem, pode compreender com muita clareza o porque das promessas anteriores não terem sido cumpridas e concorda com os motivos expostos pois entende os problemas que enfrentam os altos executivos.

Como é um eleitor politicamente correto e esclarecido o seu voto será para o que estiver mais politica e socialmente preparado de acordo com o sistema de gestão atual do esquema em vigor para o cargo determinado.(pelas barbas do profeta!!!)

É o eleitor esclarecido politicamente, um cientista político, um especialista em comportamento humano e objetividade.


Voto induzido do tipo 4 – Voto “Cívico ou de Fé”.

O eleitor possui algum censo de nacionalidade ou fé em alguma coisa, é o tipo de eleitor que acha que sabe o verdadeiro valor do seu voto mas não tem nenhuma vocação, gosto ou tendência para “Rui Barbosa” no que tange ao conhecimento da lei e dos candidatos, bem como às consequências advindas do seu voto quando adido ao de outros.

Segue ao pé da letra o que lhe disserem ser o seu dever cívico ou de fé, este eleitor jamais anulará o seu voto, mesmo porque é muito provável que não saiba mesmo como fazê-lo mas, dirá sempre que voto nulo não é cívico nem correto, se não votar em branco votará em qualquer coisa que seja legalmente válida ou que observe os seus parâmetros de civismo, fé e principalmente de acordo com as ideias expressas pelas mídias que lhes são mais pertinentes.

É o eleitor do... é, eu ouvi o galo cantar mas não sei aonde nem o porque, do... ora, eu faço isso porque tem que ser feito, do... você não sabe que o voto é secreto?, do... Etc. etc. etc.


Definição do voto de Livre, Consciente e Adulto

Este é o único voto que sistemas viciados não gostam e evitam a todo custo.

O eleitor que realmente sabe o valor do voto irá escolher alguém da relação em vigor para o evento, que melhor faria o trabalho para o qual foi cotado, procurando por todos os meios disponíveis as informações conhecidas sobre o candidato, sempre descartará as que notar tendenciosas, descartará as informações cujas origens não são confiáveis ou são incertas e inseguras, descartará também as pesquisas de opinião pública venham elas de onde vierem.

Se encontrar aquele ou aquela que procura, confirmará a sua escolha votando em seu(s) nome(s), independente de qualquer outra sugestão, imposição ou chantagem.

Se chegar à conclusão que todos os relacionados estão aptos e se equivalem de forma tal que não consegue optar, votará em branco, visto que qualquer um dos relacionados podem executar a função oriunda do cargo a que se propuseram ocupar.

Se chegar à conclusão que todos os relacionados NÃO estão aptos, invalidará (anulará) o seu voto, visto que todos os relacionados são inaptos para ocupar a função a que se candidataram.


Definição de um eleitor Livre, Consciente e Adulto.

Para um eleitor Livre, Consciente e Adulto, votar é uma obrigação por princípio e um direito por consequência, independente do que diz a lei a respeito.

Para este eleitor todos os seus direitos estão atrelados às obrigações que devem ser cumpridas sempre, para ele não existe direto sem uma obrigação (condição) que o anteceda e que se cumprida o valide como tal.

Um eleitor livre procura sempre a honestidade em todos os seus interesses, por isso não se liga nem escolhe desonestos para nada.

Um eleitor livre procura sempre ser honrado em todos os seus atos, por isso não se liga ou escolhe canalhas para nada.

Um eleitor livre procura sempre o viés mais justo para os seus julgamentos, por isso não se liga ou escolhe injustos, enganadores e trapaceiros para nada.

Um eleitor livre vive buscando a sabedoria e por isso sempre procurará se ligar ou escolher pessoas melhores e mais capacitadas que ele para tudo o que puder escolher.

Um eleitor livre conhece o valor do perdão puro e incondicional mas, jamais incorreria duas vezes em um mesmo erro.

Não é possível ser um eleitor livre sem praticar diuturnamente todas estas qualificações.

mkmouse
















sábado, 2 de outubro de 2010

Sendo Mais Curto Ainda.

Promessas não cumpridas


Estava eu pensando sobre políticos e suas promessas eleitorais quando, em um instante de sanidade absoluta, este roedor entendeu o porque de os políticos (após eleitos) não cumprirem as suas mais insignificantes promessas.


É tão simples que eu fico abismado em não ter notado isso antes.

È ilegal!!!

É, é isso mesmo...

É ilegal!

Cumprir as promessas eleitorais pode constituir prova insofismável de crime eleitoral previso em lei:

LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965. - PARTE QUINTA - DISPOSIÇÕES VÁRIAS, TÍTULO IV - DISPOSIÇÕES PENAIS, CAPÍTULO II - DOS CRIMES ELEITORAIS,

- Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita

e na

LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997. - Da Propaganda Eleitoral em Geral,

- Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.840, de 28.9.1999)

Quem diria né?!

Promessas de eleição podem constituir crime de aliciamento de eleitor, pelo menos sob o ponto de vista dos políticos eleitos que gostam de viver de acordo com a lei vigente.

***

Sabem, se o que eu escrevi não fosse uma piada (exceto a letra da lei), eu diria que isso é um caso muito, muito sério.

mkmouse



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sendo Curto e Grosso




Eu tenho sido bombardeado com informações sobre política ultimamente de uma forma tão contundente que tenho que me expressar sobre este tema mais uma vez.


Não.

Não são os candidatos que diretamente estão fazendo este assédio na maioria das vezes, são os e-mail que recebo com as mais diversas origens falando sobre o voto e que via de regra são equivocados, senão tendenciosos, os quais podem acabar por induzir o seu alvo a crer em um sofisma.

Um erro que vem sendo cometido está na leitura da letra da lei que regulamenta o voto no Brasil.

Votos nulos não anulam eleições; eleitor anula voto e não eleições.

O que anula uma eleição é pelo menos uma das ocorrências mencionadas nos artigos 220 a 222 da LEI Nº 4.737 de 15 de julho de 1965 que Instituiu o Código Eleitoral do Brasil, e isso sempre e quando um juiz achar que ocorreu o descrito nestes ou em um destes artigos.

Enfim quem anula eleições são os Juizes Eleitorais e de acordo com as concepções que lhes são próprias sobre a letra da lei e não eleitores e seus interesses mesmo que unânimes (coletivos).

Outra coisa, urnas eleitorais não tem (ou não tinham) o botão “ANULA”.


Para anular o voto,

o eleitor tem de digitar um número inválido e

depois que a máquina informar "Número incorreto, corrija seu voto",

o leitor deve confirmar o número incorreto.

Isto é um voto nulo (se ainda existir o voto nulo).


No entanto, de acordo com a lei vigente, o voto branco ou nulo pode levar-nos (hipoteticamente) ao seguinte resultado:

Imagine o seguinte quadro geral:-

Existem 2 candidatos para o cargo de Prefeito.

Existem 20 eleitores neste município e todos eles votaram.

A apuração da eleição resultou em:-

Candidato A:- 2 votos,

Candidato B:- 1 voto,

Votos brancos e nulos:- 17 votos
Poderá ser proclamado eleito o candidato A

De acordo com as leis vigentes neste país, o candidato A tem mais de 50% dos votos válidos.

Não haverá nem segundo turno!

Sugiro a leitura da lei que regulamente o voto no Brasil, o link para encontrá-la é:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4737.htm

ou

http://www.tre-sp.gov.br/mapa.htm

Caso queiram, é só me pedir que eu mando em forma de anexo a legislação que tem 75 páginas.

Sugiro também a leitura dos seguintes links sobre este tema, bem como sobre a história do voto no Brasil.

http://www.quatrocantos.com/LENDAS/283_voto_nulo_branco.htm

http://www.votoseguro.org/textos/PLazeredo.htm

www.senado.gov.br/senadores/senador/geraldomesquita/Textos/votos.pdf


O assunto voto eletrônico está regulamentado na lei Lei 10.708/03.

Sugiro também uma consulta ao link:-

http://noleakybuckets.org/brasil-historia.html

Este link vai dar uma pincelada sobre o voto eletrônico no Brasil, assim como o faz o PDF do senador Geraldo Mesquita Junior; também pode ser consultado o PDF:- A lei nº 10.740 de 1º de outubro de 2003: O registro digital do voto, o fim do voto impresso e antinomia eleitoral. A urna eletrônica é segura? - de Thales Tácito Pontes Luz de Pádua Cerqueira

Se não encontrarem as minhas duas últimas citações e quiserem lê-las posso mandalas por e-mail.

Por fim, chegamos aos finalmente!

Eu pessoalmente não acredito que haverá alguma alteração, pelo menos substancial, no Status Quo em que vivemos ultimamente com a vitória de qualquer um dos três candidatos mais em evidência à Presidência da República, mesmo assim a minha primeira opção neste caso é Marina Silva e a minha segunda opção é o Voto Nulo.

Essa ideia de achar que este ou aquele candidato não vai ganhar por isso eu não votarei nele é ideia que só os imbecis de carteirinha podem conceber (Acorda Brasil, isso é mais uma estratégia política), ou ainda aqueles que querem votar em alguém mas tem medo de dizê-lo, querem ser bajuladores, são uns fracos, indecisos, indefinidos ou são sei lá o que.

Há quem diga que o voto é livre.

Eu ainda não entendi como o voto pode ser livre em um país onde os eleitores votam de acordo com as pesquisas eleitorais e principalmente com aquelas feitas sob encomenda.

Não consigo entender como os órgãos responsáveis pelo esclarecimento público nada faz para corrigir esta aberração, este ultraje à liberdade individual de escolha, incluído ai a imprensa privada quer seja escrita, falada ou televisiva.


Eu não acredito em pesquisa eleitoral.

Eu não voto no vencedor que as mídias apontam aliás, sempre que posso (e me esforço para isso) tomo a decisão contrária ao que a mídia canta como real e verdadeiro quando estou indeciso e nunca me arrependi disso até hoje, depois de ultrapassar meio século de existência.

Meu lema é o seguinte:

“Quanto maior a propaganda maior é a porcaria que está sendo vendida”,

ou seja,

“O tamanho da M... é diretamente proporcional ao volume da propaganda que dela se faz, a qual é por sua vez é cada vez mais convincente na inversa proporção entre o seu volume e a inteligência receptiva, o seu destino final.”

Finalizando o assunto.

Tem me parecido que o voto é como um jogo cujas cartas marcadas define não só o seu ganhador mas também o grau da ingenuidade (quando não corrupção) dos jogadores envolvidos.

Eu considero infinitamente mais confiável o voto em cédulas do que por computador.

Nos dias de hoje me pedir para acreditar na honestidade do voto eletrônico é a mesma coisa que me pedir para acreditar na existência do Papai Noel, que coelhos botam ovos (somente na páscoa, é claro) e ainda, que há jogo (em especial os de azar) honesto.


mkmouse

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dois Anos


Pois é, foi em seis de agosto de dois mil e oito que tudo começou.

Neste último ano fiz o que pude para não falar de política, não quis eu aumentar a popularidade destas coisas, eu considero a política como a coroa máxima da ignorância humana ou seja, o nível de ignorância de um povo ou nação pode ser medido (sem medo de erro) pelo número de políticos que possui em seu sistema de governo.

Mas não vou começar agora a falar sobre este assunto, já que neste ano que passou tentei falar sobre um assunto estranho para muitos que foi o tempo e suas diversas abordagens; falei sobre o continuum e as suas múltiplas faces, com isso tentei melhorar o conhecimento e espantar um pouco da ignorância tão vulgar (popular) em nosso mundo.

Não mudei o mundo neste ano que passou e nem era essa a ideia mesmo, apenas mostrei algo tão visível como o Sol o é durante o dia aqui na Terra mas que infelizmente não pode ser visto por criaturas que estejam profundamente envolvidas na (ou, com a) densa lama da decadência humana.

Não ia eu mais nada falar dos dois anos deste blog, pois já o havia mencionado na postagem anterior mas mudei de ideia e por isso esta postagem um pouco tardia.

Talvez esperasse eu neste ínterim, uma catarse da criatura humana, o desvencilhar-se de grilhões auto impostos pela simples conveniência de si mesmo ou de outras ignotas criaturas, aparentemente tão desconhecidas e distantes como a verdade absoluta o é do homem e da sua sabedoria, nesta vã esperança alguns dias se fizeram idos, passado que foram em afazeres cotidianos.

***

Brincadeirinha!!!
O Rato fez dois anos, mas estava ocupado sobrevivendo por isso nada postou no dia de seu aniversário.

...Seria isso o segredo da nossa longevidade???

Mais uma vez compartilho com todos o meu bolinho virtual:

Divirtam-se, pois mais um ano vem por aí.















mkmouse



quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vai Pensamento, Vai...

Como as férias escolares chega ao fim (só para alguns) resolvi começar esta segunda metade do ano de 2010 com um pouco de cultura, aproveito para mudar o visual já que no mês que vem, Um Rato No Meio Do Mundo faz dois anos de existência.
Foi no olha aqui, vê ali, pega esse, troca por aquele e pensa naquilo que então optei por isto:

O festival de St. Margarethen em Burgenland na Áustria.

No ano da graça de 2000, na pedreira romana de St. Margaret, foi apresentada ao ar livre a opera Nabucco de Giuseppe Fortunino Francesco Verdi (10/10/1813 a 27/01/1901), o qual foi um compositor do período romântico italiano sendo na época considerado o maior compositor nacionalista da Itália, assim como Richard Wagner o era na Alemanha.

Nabucco é uma ópera em quatro atos, cada qual contendo um subtítulo e uma breve citação ou paráfrase do Livro de Jeremias e conta a história do rei Nabucodonosor da Babilônia, ela tornou-se célebre por inflamar o sentimento nacionalista italiano quando foi composta, o que aconteceu durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália.
Verdi tinha 29 anos em 1842 quando compôs a sua terceira ópera, Nabucco.
Então vamos aos detalhes.

Burgenland (na sua forma aportuguesada) é um dos nove estados da Áustria, localizado ao leste do país. Estende-se por 166 km de norte a sul, porém de leste a oeste tem apenas 5 km em Sieggraben. Seus limítrofes são a Baixa Áustria a norte e a Estíria a oeste, e tem fronteiras com a Eslováquia a nordeste, a Hungria a leste e a Croácia ao sul. Com uma área de 3.966 km² (terceiro menor Estado) é ocupado por 277.569 habitantes, o que o torna o menos populoso e o lar de importantes minorias croatas (29 a 45 mil) e magiares (5 a 15 mil).

A sua capital é Eisenstadt com onze mil habitantes.






A cidade de St. Margarethen tem 14,56 Km2 e tinha 1039 habitantes em 31/12/2005.

Em julho de 2007, sob a regência do maestro Ernst Märzendorfer houve uma nova apresentação desta ópera no mesmo festival, contando no elenco com Igor Morosow, Bruno Ribeiro, Simon Yang, Gabriella Morigi, Elisabeth Kulman & Janusz Monarcha, com orquestra e coro da Europasymphony.

Na apresentação do ano 2000 há algumas características que eu considerei dignas de nota, como a orquestra, o coro e os efeitos de iluminação no cenário.

Esta apresentação foi uma produção de Wolfgang Werner, acompanhada pela Orquestra Junge Philharmonie Wien, regida por Gianfranco de Bosio.
A orquestra elite júnior de Viena combina os melhores músicos austríacos jovens com idades entre 15-25 anos com um repertório amplo, flexível e internacional que varia de Bach ao contemporâneo, do jazz à ópera.

Orquestra Junge Philharmonie Wien, www.jungephilharmonie.at/

O Honvéd Coro Masculino foi fundado em 1949 em Budapeste é o único coro profissional do sexo masculino na Europa e é uma curiosidade quase em em todo o mundo.

O conjunto que trabalha atualmente com 44 cantores e é elevado ao topo do coro europeu pela sua abertura artística, pela dedicação à educação de talentos e o alto padrão profissional.


Recortei da ópera, no 3º Ato, Cena V o Canto coral Vá Pensiero; consegui a letra em italiano de Temistocle Solera e uma tradução para o português, sincronizei então a legenda em dois idiomas.

A letra em Italiano diz: O simile di Sòlima ai fati, a tradução que consegui e a maioria das que eu já li em português e espanhol diz: Lembra-nos o destino de Jerusalém, o que é incorreto pois o texto diz: Lembra-nos o destino de Suleiman, e é ai que pode começar uma confusão visto que este nome refere-se com certeza a Salomão (e o Templo de Salomão) cujo reinado em Jerusalém foi de 971 a 931 AC ou seja, quase 400 anos antes de Nabucodonosor II destruir o templo de Jerusalém (587 AC) e não ao outro Suleiman “o Magnifico” em cujo reinado (1520 a1566 DC) o Império Otomano se converteu em um centro econômico, político e cultural do médio oriente.

Pouco menos de 100 anos antes de Suleiman o Magnífico, o sultão Maomé II (1453), conquistava a capital bizantina (Constantinopla) para o império otomano, com isso terminava o império romano do oriente e morria o seu último imperador, Constantino XI, este fato é considerado o marco final de um período histórico conhecido como idade média; o império otomano teve como capital a cidade de Constantinopla até a sua dissolução em 1922, em 1930 Constantinopla passou a ser chamada de Istambul e é a capital da República Turca.

O imperador Constâncio, filho de Constantino o Grande, construiu em Constantinopla uma igreja para ser a sede da cristandade mas ela foi destruída em 532 durante a revolta de Nika. Foi o imperador justiniano I quem a reconstruiu em sua forma atual entre os anos de 532 e 537, esta construção é considerada um exemplo da arquitetura bizantina e portanto uma obra de arte, o tamanho e a grandiosidade da construção legou-nos a lenda de que Justiniano I ao vê-la completa tivesse dito: Νενίκηκά σε Σολομών ("Salomão, eu te superei!").

Com o início do domínio otomano passou a ser uma mesquita, o que o foi por quase 500 anos, neste período todos os seus mosaicos foram cobertos cumprindo assim a lei islâmicas, em especial as que tratam sobre o pecado da idolatria, com o fim do império otomano deixou-se de realizar cultos nesta mesquita e a então já famosa “Mesquita Azul”, foi transformada em um museu pelo governo turco.
A basílica de Santa Sofia só foi superada depois do final da idade média com a construção da atual basílica de São Pedro (só terminada em 1614 com a sua conhecida fachada) no estado do Vaticano, ela foi erguida sobre a basílica existente em 1450. A construção da Basílica de São Pedro, em Roma, data dos anos de 326 a 333 e foi construída por ordem do imperador Constantino.

Antiga - 1450


atual

Em vista disso chegamos a um ponto crucial, a religião...



Vai Pensamento, vai!!!




As três maiores religiões monoteístas do planeta são: Judaísmo, Islamismo e Cristianismo.

No entanto estes povos não são os primeiros a se identificarem com um único Deus, esta crença é mais antiga e já havia inclusive influenciado o destino do velho Egito em tempos mais remotos, até mesmo os povos do oriente partiram deste princípio para gerar o seu antigo mundo politeísta.

Não levando em conta o radicalismo religioso, ou ainda as variantes criadas em cada um dos três polos religiosos, a essência as religiões monoteístas muito pouco divergem entre si, o que é um fato curioso, pois todas as três partem de um princípio comum e igual.

A cultura judaica parte do princípio que (יהוה) YHVH (jeová) é Deus e vivem sob a orientação da lei mosaica, o seu livro sagrado é a Torá (תורה).
A cultura Islâmica parte do princípio que Allah (que seu nome seja louvado) é Deus e que Maomé é seu profeta, a lei a ser seguida e os princípios morais dos muçulmanos estão contidos no Alcorão e é considerado um pecado gravíssimo modificar, cortar, excluir ou adicionar as palavras do Alcorão (o que vale para o Judaísmo e o Cristianismo), bem como é considerado pecado (todo pecado no mundo muçulmano é grave) vender este livro.

Nome de Allāh na caligrafia árabe,

feita no século XVII pelo artista otomano, Hâfız Osman.


A cultura Cristã parte do principio que Deus (O mesmo do judaísmo e do Islamismo) é uma trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e que Jesus de Nazaré é o filho de Deus e salvador da humanidade (o messias do judaísmo), o seu livro sagrado é a Bíblia Romana que é composta por dois conjuntos de livros, um no antigo testamento e outro no novo testamento.
Eu não sou um entendido em assuntos religiosos, mas a essência de tudo certamente foi captada nos parágrafos anteriores sobre o assunto.
Por fim, voltamos de novo ao tema...
Uma última curiosidade na apresentação são os feixes de luzes verdes que aparecem no decorrer da apresentação do canto coral que como o texto (coerente com o tema da ópera) sugere é um lamento de prisioneiros de guerra por isso as luzes verdes simbolizam as grades, os limites da prisão (minado?) e a luz das torres de vigia, resquícios do início e meados século XX!

A tradução para o português que li não foi do meu agrado por isso a alterei para que, da forma como entendo, ficasse mais perto do tema cantado.

O libreto completo da ópera pode ser encontrado no site:-

http://opera.stanford.edu/Verdi/Nabucco/libretto.html

A apresentação abaixo é um vídeo em avi de 46,6 Mb com a duração de 4 minutos.





Bom divertimento!