quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

E a Festa Continua.



Vai começar tudo de novo...

Outra vez...

Terminou o carnaval, e para não atrapalhar a farra dos foliões o horário de verão que terminaria à meia noite de sábado próximo passado acaba no sábado próximo vindouro à meia noite.

Com a saída de cena dos carros alegóricos, dos foliões e a rápida passagem dos garis pelo trecho, uma nova alegoria desponta no horizonte da passarela dos desfiles bizarros plena em sutilezas.

As eleições de 2012.

Este evento cujas proporções são continentais, posto ser o Brasil um pais continental, açambarca não só os poderes constituídos e vitais do mesmo mas, e também, ofusca deliberadamente poder decisório de um povo.

Os meios de comunicação em unanimidade perdem-se em favoritismos majoritários ou poderosas chantagens, divulgando verdades da forma que lhes é mais útil e via de regra transformando estas verdades em meias mentiras, sofismas, que beneficiam seus pupilos ou clientes e não a uma administração pública de boa qualidade.
A imprensa (toda ela) nestes eventos, porque não diuturnamente, existe apenas para prestar um desserviço ao público e um precioso serviço ao poder em vigor ou ao seu cliente pagante.

Pelos meios de comunicação, em especial aos que fazem o seu trabalho de forma massiva, ou aos que se rogam formadores de opinião, rolam fortunas imensas e o pior, não só manipulam como também são manipulados por poderes inimagináveis pela indefesa população de um mundo cada vez mais globalizado, carente de verdadeiros líderes e de mitos plenos em honra, compaixão e humanidade.

Que mais pode existir em um país que não tem líderes cobertos em honra, de caráter ilibado e de uma honestidade impecável senão uma farra moralmente irrefreável e com uma constância de fazer inveja aos sonhos mais loucos dos mais extremistas dos carnavalescos profissionais.

O carnaval de 2012 acabou.

Mas a farra continua.

Mas não para todos desta feita, ela (a farra) não é tão democrática assim como se apregoa aos quatro ventos, esta só existe para os afortunados que encontram-se aninhados nos lácteos seios do poder em vigor ou que virá a vigorar (o que não é tão incomum assim).

Agora é a hora e a vez das apostas, do investimento mínimo possível na busca dos lucros milionários que a roda da fortuna certamente trará aos que usarem da esperteza, da vilania, da desinformação e do “boi de piranha”; boi este que por sinal nada tem a perder, como seria de se esperaria em uma honesta comitiva, em uma honesta boiada, mas tudo a ganhar quando cair as cortinas finalizando este pobre e magro ato público gratuito, enquanto os aplausos de um atento público, mais que cativo, massageia o ego do (velho) mais novo poder emergente.

É a hora e a vez da ultimação das velhas e rotas alianças, do cozer de tramas inimagináveis ao universal sulfrageante; a hora e a vez de convocar à uma lide pusilâmine os meios adequados de comunicação de maça; é a hora e a vez de negociar um valor minimo para a honra e a fé humana.

Infeliz é o país que é dominado por partidos, por minorias organizadas, por pessoas cujo rosto é ignoto, cujo rosto é a multidão e cujos interesses desconhecidos o são até mesmo pelas mais confiáveis pessoas do seu secto.

Para estes povos nada mais resta que ser apenas títeres de forças que nem mesmo sabem ou imaginam quais possam ser.

Para estes povos o sonho máximo e isto somente para quem é “chegado” ao poder é a nomeação; uma pura, simples e mesquinha nomeação (lucro fácil, poder), nada a mais ou além disso.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2012

mkmouse