sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Vida Segundo Mmkmouse

Estava eu pensando na vida, e todas as formas, cores, sons, sentimentos, aromas, foram desfilando em seu esplendor máximo no tempo à minha frente e na minha mente, entoando um discurso pungente com a eloquência da criação.


Estava eu pensando na vida, não na minha vida e o tempo desfilou aos meus olhos, ouvidos e tato em toda a sua grandeza mostrando o seu tempo à insignificância do meu.

Estava eu pensando na vida, não na minha vida mas na vida e o espaço se fez presente aos meus sentidos e em toda a sua imensidão desfilou silente diante, à face, da minha pequenez.


Aí eu vi a vida.

Ela é única e indivisível sua compreensão extrapola o poder da própria compreensão e a sua multiplicidade atinge números somente imagináveis quando agregados à linha do menor círculo possível ao redor do infinito.

*-*

Um rato no meio do mundo acaba por ter um poder imaginativo fantástico, por isso é capaz de errar explicando a inexplicável ideia do viver.

Mas nem mesmo o poder imaginativo de um rato criativo é poderoso o suficiente para ser capaz de errar tentando definir a vida.


*-*

O viver é composto por quatro elementos, dois materiais e temporais, um deles indivisível e único com poder de decisão, o outro indivisível mas duplo; os outros dois elementos são imateriais e atemporais a ausência de um só dos elementos anula por completo a ideia do viver e isso vale para toda a vida conhecida.

Na ausência mais que completa de um nome apropriado podemos dar a estes elementos o simbolismo implícito à quatro nomes sobejamente conhecidos, já que simbólica também é a descrição do viver que me empenho a expor.

O primeiro elemento são os parâmetros, o caminho, o qual chamarei de “Escada Rolante”.

O Segundo elemento é o "motor" do sistema, tão dinâmico quanto o primeiro, mas dotado do conceito da incerteza, do errático; eu o chamarei de “O Eu”, mas pode ser Você ou, ainda qualquer coisa da criação, inclusive uma escada rolante.

O terceiro elemento eu chamarei de “Deus”

O quarto elemento eu chamarei de “Diabo”

Uma vez devidamente nomeada as partes vamos para a definição propriamente dita.

*-*
A “Escada Rolante” é o caminho que “O Eu” deve percorrer; cada degrau da sua total extensão é um estagio da caminhada do “O Eu” em direção ao objetivo.

O inicio da “Escada Rolante” (origem primária de seu movimento e da sua existência) está perdida na escuridão em algum lugar no princípio de tudo, o seu fim (o objetivo, o fim dos degraus e portando do movimento) esta escondido atrás das pesadas e indevassáveis cortinas do futuro da criação.

Se a “Escada Rolante” esta subindo ou descendo, além de ser uma ideia que não faz nenhum sentido nesta simbólica explicação do viver, não tem a menor importância no contexto geral pois “O Eu” deverá estar sempre e inexoravelmente (pois ela nunca para) a movimentar-se no sentido contrário de seu movimento, tenha ele o sentido que tiver seja ele qual for.

Isto posto, apenas para melhor exemplificar o simbólico modelo que estou a expor, posso então dizer que a “Escada Rolante” está descendo sempre e “O Eu” está sempre a subir.

Logo o ato de viver nada mais seria que “O Eu” a subir uma “Escada Rolante” que esta descendo, se não subir mais rápido que descem os degraus jamais chegará ao fim da mesma esteja ele onde estiver.

Para a ideia descrita nos dois e imediatos parágrafos anteriores subir é a lógica, o esperado, o almejado; parar é a morte prematura do objetivo, é o fracasso, é a frustração; descer é suicídio, a anulação do “O Eu”, é o sucumbir, é a entrega  completa, total e incondicional da individualidade é definitivamente, morrer.

No entanto, tudo isto é viver...

*-*

Como???

Não entendi...

A sim, “Deus” e o “Diabo”.

Você quer saber onde entram eles neste “scriprt”, certo?

Eu explico:

*-*

“Deus” é quem controla a velocidade da “Escada Rolante”.

Cada “O Eu” que existe tem a sua própria “Escada Rolante” e não existe em toda a criação duas delas que sejam iguais em parâmetros ou em velocidade, é “Deus” que dá à “Escada Rolante” do “O Eu” a velocidade mais que correta para que este possa ser mais rápido do que ela na exata, medida da sua capacidade se mover.

No entanto, “O Eu” tem o poder da decisão final, a escolha e ser mais rápido que ela é uma opção que somente “O Eu” e mais ninguém pode tomar.

 
E o “Diabo” ???


A sim, o “Diabo” ...

O “Diabo” é a “Escada Rolante”, ele é o Alter Ego da “Escada Rolante”.



*-*
 
Bem agora chega de escrever, é a hora de se fazer (e comer) um “lanchinho”, mesmo este singelo rato, alem de ser um filho de Deus, também tem que continuar o seu viver.


E saco vazio não para em pé.

Não é ???
… Inté ...


(“Óia” ... Rimou !!! (Deve ser a fome … fui !))

mkmouse

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