sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Conceito do Divino, segundo Mkmouse




O que significa viver?

Está ai uma questão tão antiga quanto a vida.

Aliás viver é apenas a consequência fundamental e principal da vida por si só, a questão real é:

- O que é a vida?

Pergunta transcendental esta...

***
A vida é um conceito primitivo, sua definição está contida e completamente na sua origem logo, somente pode ser compreendida quando vista no seu todo, em sua totalidade e não em suas partes ou nos elementos que em um determinado momento estão a compor as partes individualizadas e determinadas dentro do todo; a vida não pode ser compreendida quando vista na sua existência como uma individualidade em um subconjunto qualquer onde quer que seja ou esteja ocorrendo o evento e estando este, em evidência ou não.
No entanto este conceito é válido só inversamente, quando aplicado para a realidade material, espacial, dimensional e temporal de todas as partes que compõem o todo e para os componentes destas partes, cada um de-per-si; por isso fica consequente e inevitável que para a verdade ou a realidade específica de um determinado momento para uma identidade ou ainda, para a verdade e a realidade específica de um determinado momento apenas, onde quer que este momento ou identidade exista ou venha a ocorrer, é necessário, é imprescindível, que o mesmo esteja em evidência pois caso contrário, a sua realidade ou mesmo a sua existência mensurável física ou logicamente falando, é questionável e improvável como uma realidade ou uma ocorrência matematicamente verdadeira ou real.

O que nos leva finalmente ao ponto, à pergunta impronunciável:

- “ ? ”

***
Toda e qualquer tentativa de resposta a esta pergunta nos remete, seja qual for a forma de pensamento usado ou expressão semântica utilizada na descrição, escrita ou verbal, ao conceito da divindade, ao conceito do divino, ao conceito do uno e é neste momento, exatamente neste momento, que tudo se divide, que entramos nos sombrios e obscuros domínios de Babel.

A partir daí toda e qualquer resposta ou arguição é irrelevante, é apenas e tão somente uma prosopopeia vazia e fútil, que seria infinitamente bem mais útil e frutífera se versasse sobre o sexo angelical.

Isto se dá não só em função da incapacidade inerente da vida na forma de identidade específica dentro de um subconjunto qualquer em se reconhecer no pequeno todo de que faz parte bem como reconhecer o todo que o engloba; todo este que também e por sua vez, é um subconjunto dentro de outro e assim consecutivamente; mas e também na incapacidade de cada um destes subconjuntos por sua vez, em reconhecer-se a si mesmo dentro do conjunto maior em que está a existir e assim vai, consecutivamente.

No entanto a resposta para a pergunta impronunciável vai sendo respondida e entendida na direta razão do crescimento da somatória das identidades das unidades componentes do todo, na mesma medida em que os múltiplos se tornam uno

Traduzindo:

O verdadeiro conhecimento só irá aparecendo na mesma medida em que a individualidade se torna maior e maior, até chegar a ser o todo, neste momento e só neste momento a individualidade terá realmente duas opções:

a) Manter-se identidade, individualidade.

b) Unir-se no todo, tornar-se Uno.

“Estou partindo do princípio que a identidade finalmente chegou ao Uno, pois toda a vez que esta chega ao todo que é o seu conjunto (incorpora a identidade do todo) pode não ter capacidade de ver os outros conjuntos e por isso chegar a conclusão que chegou ao Uno.”

Chegamos então ao Gênesis.

Se a opção for b), deixa-se a vida para sempre; retorna para a casa paterna como o filho pródigo; torna-se Deus!

Se a poção for a), Morre-se para poder ser vida e uma vez sendo vida, divide-se, fraciona-se infinitamente...

E tudo isso, em ambos os casos para poder...

Quem sabe o que né...?

... Hummm talvez...

Que tal, viver...?

… Sei lá eu!!!

É...

Realmente...

Eu não tenho e não faço a menor ideia da razão disto tudo.

Pensando bem isto não tem a menor importância no momento, pois um rato no meio do mundo já nasce sabendo, é instintivo: tudo tem o seu tempo e eu chego lá; mas para que isso seja verdadeiro eu tenho que fazer por sobreviver, viver e aprender, é isso o que eu faço todos os santos dias seguindo os caminhos que me são próprios.

***
“A incorporação da identidade de uma parte, de forma completa e total ao todo, ao uno, é a única e verdadeira utopia que existe é a única utopia válida e passível de ser viável; mas a incorporação de uma identidade completa e totalmente ao seu conjunto alem de não ser uma utopia é de simples e fácil concretização, é o caminho viável e mais curto para quem quer fazer a ridícula e vã tentativa de se tornar um Deus; desta feita uma bizarra, infeliz e hilariante miniatura do nada.”
Mkmouse





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