sábado, 12 de maio de 2012

O Dia das Mães de 2012


Amanhã é domingo 13 de maio, o segundo domingo de Maio e consequentemente o dia das mães

Falar sobre o valor das mães, principalmente no seu dia, é chover no molhado mas este Rato vai fazer chover no molhado de novo para mais uma vez tentar homenageia-las nesta data.

Para homenagear não só a mãe de ontem, de hoje e do amanhã, mas em especial àquelas que não mais existem neste mundo para cuidar de seus pimpolhos que nele ficaram, eu optei por uma música que comecei a ouvir logo após os meus dez anos de idade no bom e velho rádio da família sob um teto sem forro, em uma cidade chamada Franca.

A valsa, Mamãe, foi composta em 1959 por Herivelto Martins e David Nasser; na apresentação feita neste Blog é cantada por Ângela Maria e foi extraída uma gravação de 1959 existente no LP Ângela Maria Canta sucessos de David Nasser - (1959)

Ângela Maria (Abelim Maria da Cunha) apelidada de Sapoti, nasceu em Conceição de Macabu no estado do Rio de Janeiro em 13 de maio de 1928; cantora desde 1948, foi precedida por Emilinha Borga no radio; Ângela Maria foi rainha do radio de 1954 a 1955 (http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngela_Maria)

Site Oficial de Ângela Maria:- http://www.angelamaria.com.br/index.html

Herivelto Martins nasceu em Engenheiro Paulo de Frontin mo estado do Rio de Janeiro em 30 Janeiro de 1912 e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, capital do estado do Rio de Janeiro, em 17 de Setembro de 1992; foi compositor, cantor, músico e ator. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Herivelto_Martins)

David Nasser nasceu em Jaú no estado de São Paulo em 01 de Janeiro de 1917 e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, capital do estado homônimo em 10 de Dezembro de 1980; foi compositor e jornalista. (http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Nasser)

Nesta homenagem ao dia das mães, eu disponho abaixo a letra da valsa Mamãe, na sequência à mesma o arquivo diadasmaes2012.avi com a  interpretação de Ângela Maria para esta música feita em 1959.

Mamãe
Valsa de 1959
Herivelto Martins (1912-1992) e David Nasser (1917-1980)

Ela é a dona de tudo
Ela é a rainha do lar
Ela vale mais para mim
Que o céu, que a terra, que o mar

Ela é a palavra mais linda
Que um dia o poeta escreveu
Ela é o tesouro que o pobre
Das mãos do Senhor recebeu

Mamãe, mamãe, mamãe
Tu és a razão dos meus dias
Tu és feita de amor e de esperança

Ai, ai, ai, mamãe!
Eu cresci, o caminho perdi
Volto a ti e me sinto criança

Mamãe, mamãe, mamãe
Eu te lembro o chinelo na mão
O avental todo sujo de ovo
Se eu pudesse eu queria outra vez, mamãe
Começar tudo, tudo de novo


São Paulo, SP, 12 de maio de 2012
Mkmouse




sábado, 28 de abril de 2012

O Salto Evolucionário.



O Homem deveria no decorrer de seu tempo de existência ir se adaptando às alterações promovidas pela nossa mãe natureza em seu habitat natural tão paulatinamente quanto são estas alterações no entanto, o que se tem visto e já há muito tempo não é isso e sim o contrário.


È, o homem vem alterando o seu habitat natural para atender às suas necessidades e principalmente os seus interesses, com uma ênfase especial para os seus interesses comerciais e por consequência o controle das massas em suas preferências de gosto e vida.

O homem no afã, na ânsia (e porque não dizer obsessiva) pelo poder, primeiro sobre os de sua própria espécie, depois sobre as outras espécies existentes e por fim sobre a própria natureza vem declaradamente, dolosamente, alterando a natureza para atingir os seus objetivos.

Os objetivos, os interesses do homem como uma sociedade está definido (contido) em seus governos os quais só existem e sobrevivem por correr entre os estreitos parâmetros de minorias (conglomerados os mais diversos) as quais e por sua vez seguem as diretrizes de seus líderes e estes via de regra são guiados pela mão forte do poder, do absolutismo, do interesse de individualidades da espécie (ou não???) que sempre nada tem a haver com a humanidade, com a sociedade como um todo.

Isto tem tudo a haver com a ideia de que “muitos só são bons (servem) para dar (doar, escravizar, trabalhar) e não para receber (receber os frutos, as doações e o resultado do trabalho voluntário ou não, remunerado ou não)”; tem a haver com a ideia utópica de que “a felicidade é para todos” mas, o que não se apregoa e (nem de longe) com a mesma veemência em todos os palanques da vida, sejam eles quais forem, é a definição do que é ou, o significado da felicidade e em especial o que é ou significa a felicidade posta em causa; o que é e significa a felicidade em evidência; o que é ou significa a felicidade do momento; o que é ou, qual é o significado da felicidade em moda para o momento ou época.


Estas ideias errôneas, frutos de filosofias obscuras, inconfessáveis, são deformadas e transformadas em sofismas mil, para depois serem apregoadas como verdades absolutas ao vulgo o qual, após saborear a pomposa demagogia que lhes é dada a comer, a se fartar até o delírio, agrada-se ou degrada-se, se fascina-se ou se enlouquece ante ao absolutismo da “verdade” imposta pela palavra de sábios os quais são sempre financiados, sempre plenos em seu curriculum vitae de medalhões sociais tais como prêmios (os mais diversos, às vezes até curiosos), títulos, cursos  tantos e em tantos lugares que se pararmos para pensar um pouco podemos chegar a conclusão que tal sábio, o entendido e falante doutor, não é um e sim dois, se não mais.

O que nunca é mostrado, o que nunca é dito ao vulgo, às massas, é que o absolutismo da verdade imposta por lei ou subterfúgio é sempre relativo e temporal; a verdade social ou política é a mais relativa, efêmera, fantasmagórica e falsa de todas as verdades que supostamente alguma ciência já engendrou desde que existe.

O negócio da verdade é tão “cabeludo” que já levou o homem a matar em nome do Deus da vida, a mentir em nome da verdade absoluta e insofismável, a esconder da vista para ser visto e por aí vai; o mais engraçado (se não fosse trágico) nisso tudo é que ninguém ainda percebeu isso em lugar nenhum deste planeta e por isso até hoje defendem com ardor e convicção estas controvertidas aberrações do caráter humano.

Anubis julgando o morto pelo peso de seu coração

Concluindo o tema...

É neste caldo promíscuo em que o homem se arrasta imerso até acima da cabeça e do dorso, a fétida lama da ignorância instituída e legalizada; é nesta sopa primordial, inicio da evolução espiritual e moral da humanidade, que o homem (agora, se feito, Deus) molda a natureza, o seu habitat, à sua semelhança.

O que esta criatura singular, no sentido mais literal da palavra, não percebe é que a natureza é o conjunto em que está contido o conjunto do seu habitat natural e esta por sua vez (a natureza como um todo) está contida no conjunto do universo em que existimos o qual, e por fim, é apenas uma fração do conjunto da criação.

O que esta singular criatura não percebe é que as leis que regem a criação se aplica por toda a criação; é que as leis que regem o nosso universo se aplicam por todo o universo; é que as leis que regem a natureza de aplica por toda a natureza; é que as leis que regem o nosso habitat natural se aplica por todo o nosso habitat e o pior de tudo é não perceberem que todas estas leis são harmônicas entre si, que elas nunca entram em conflito em qualquer tempo, qualquer espaço, qualquer dimensão quer gostemos ou não delas (se a conhecermos) ou de seus efeitos (se não as conhecemos).
Princípio da incerteza

Quando o homem, usando os seus insípidos meios e conhecimentos, altera o ambiente naturalmente dinâmico para a sua existência também naturalmente dinâmica, acomodando-o aos seus interesses sem levar em conta a natureza como um todo, como um conjunto vivo e em movimento, cria condições propícias para um evento natural cujas proporções e as consequências advindas a posteriori podem ser, desastrosas para a humanidade e pode significar a sua extinção como espécie na conjuntura menos propícia.

A natureza ao longo do tempo e no espaço altera o nosso habitat natural e de maneira dinâmica e em todo o seu conteúdo de forma a seguir o dinamismo da natureza como um conjunto acompanhando com isso a evolução do universo que por sua vez se modifica acomodando-se aos ditames gerados pela criação em sua totalidade.

O homem não tem como abarcar o conhecimento necessário para gerar alterações em seu habitat natural sem com isso causar um dano (para maior) proporcional se não igual, de imediato ou e a curto prazo, mas quase sempre trás um dano proporcionalmente maior de médio para longo prazo na a sociedade de uma forma geral, do que o benefício gerado para uns poucos (ou apenas um).


Adaptar-se ao meio é a solução no nosso estágio de evolução moral, o inverso certamente trará consigo em algum momento no tempo e no espaço, um ajuste brutal para toda a espécie no sentido da sua sobrevivência posto que as negligências em acomodar-se às novas, mas paulatinas realidades do ambiente, regulando o mesmo artificialmente, acarreta um efeito acumulativo de mudanças não aplicadas na criatura e no seu meio que levará em um dado momento a um evento por parte da natureza que não poderá ser acompanhado nem modificado artificialmente pela espécie humana ou seja, um Salto Evolucionário muito grande para a espécie em discordância.

Rastros de Prótons no LHC

Um evento como este, mesmo de magnitude insignificante para o meio ambiente da espécie, levará a dita espécie à extinção por inadaptabilidade ao contexto em que passa a viver.

É claro que mesmo nos dias de hoje a vida da espécie humana pode prosseguir de maneira artificial por um tempo indeterminado neste planeta ou alhures, mas isto é verdadeiro para uns poucos escolhidos e não para muitos; e não para o vulgo; e não para as massas.

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Por aqui na Terra, nestes dias e a partir de então, só restarão em vida livre os vírus, as bactérias, os insetos, e alguns tipos de ratos.

Seguramente os mais hábeis e os mais estúpidos de cada espécie

Os mais estúpidos viverão para ver e chorar a própria morte enquanto os mais hábeis para viverão para tentar sobreviver, viverão para gerar uma nova espécie mais apta ainda que a sua própria.

Highly organized bionous structures with numerous cilia-like projections were also observed in cultures in the Sx indicating an autonomous ciliary motility (Fig. 18 below).
In these vesicles the external calcium "armor" is absent.
Estruturas altamente organizadas bionous com numerosos cílios-como projeções também foram observados nas culturas no Sx indicando uma mobilidade autónoma ciliar (Fig. 18 abaixo).
Nestas vesículas o cálcio externo "armadura" está ausente.
 

É, e pensando bem, mesmo assim não serão todos não, eu acho...
 
Boa Noite!

São Paulo, SP, 28 de abril de 2012

Mkmouse


quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Sociedade e o Principio – Segundo Mkmouse.




O mundo todo vive sob a égide do capitalismo, qualquer outro substantivo para uma organização social humana é um mero termo semântico, é uma denotação quando ideia mas na realidade do homem é uma conotação quando verdade de vida, quando realidade na prática ou na vida do cidadão, é uma conotação na vida e na existência do homem; finalmente, é uma conotação quando no dia a dia em uma sociedade qualquer.

Todo regime político, seja ele qual for, tem os seus pés estribados em uma conotação.

Todo regime político está montado na besta do capitalismo, ao qual o povo está atrelado como um simples arreio, a suportar não só o seu peso mas também o peso do sustento da fera, é este arreio que o mantem em equilíbrio enquanto alguém, não ele mesmo e nem os seus representados ou simpatizantes, guia esta babilônica animália pelas rédias do prazer e do poder para um destino ignoto através do caminho mais lucrativo: o consumismo

O consumismo exacerbado e compulsório de tudo que é barato e ruim por um preço relativamente astronômico, neste capitalismo, aplicado no mundo todo, o comprador ou o vendedor da muito só para nada ter de real valor.

Existem três princípios básicos e elementais a condicionar a espécie humana desde os seus mais remotos primórdios:

Primeiro princípio:

Tudo no universo da criação é passível de ter um preço.

Segundo princípio:

Tudo no universo da criação é passível de ser vendido e comprado.

Terceiro Princípio:

Tudo no universo da criação, bem como seus valores, são relativos.

Por mais que a sociedade humana queira negar, ocultar ou matar estes princípios, eles sobrevivem e o fazem a tanto tempo quanto é o tempo da existência do homem na Terra e mais especificamente ainda, desde o início da existência de vida na Terra.

Negar, ocultar ou mascarar o obvio, parece ser a mais comum das características do caráter humano.

É no terceiro princípio que o capitalismo que vivenciamos está apoiado e é mantido vivo.

No princípio, a criatura negociava com outra criatura e ambas as duas chegavam, ou não, a um acordo quanto ao valor de determinada coisa da criação; isto é ainda hoje em dia visto no comportamento entre infantes na mais tenra idade.

Em algum momento no tempo e no espaço da Terra descobriu-se que uma pessoa podia ganhar mais, ter lucro por uma determinada coisa da criação induzindo o vendedor a crer que o seu objeto de escambo valia menos do que ele dizia e o pior, menos do que o que o comprador estava querendo pagar.

Com o passar do tempo e o tremendo sucesso para os compradores e os vendedores na primeira trapaça os mesmos se perguntaram:

Se podiam lucrar deste jeito porque não podiam lucrar mais ainda?

Neste dia o que era relativo para todos e em todo o universo da criação, passou a o ser apenas para uns poucos aqui na (e da) Terra.

Foi inventada a moeda de troca, o dinheiro!

A partir deste dia, o que era relativo para todos passou a ter um valor comum e indiscutível para todos e assim, o que era um valor relativo mas real, virou um valor absoluto mas irreal.

O valor absoluto da coisa passou a a ser condicionado à subjetividade, à um conceito empírico onde uma coisa de valor menor ou irrisório em poder do comprador, pode substituir algo de valor maior que o vendedor mantém em seu poder e que pode ou não estar propenso a trocar, vender.

Resumindo...

O valor da coisa ou a coisa em si já não tem mais importância alguma, o que tem importância e real valor é algo que na realidade da criação não tem importância, valor nenhum ou valor irrisório mas que a “sociedade” definiu (subjetiva e intencionalmente) como algo de muito valor, acumulável e em alguns casos até mesmo com muita facilidade além de ser muito fácil e prático para se guardar ou transportar.

Como chegamos a um absurdo destes?

Simples.

Partimos do princípio que é muito mais fácil, prático e barato ter um monte de papel colorido em casa para negociar com algo do que ter um monte de vacas mugindo em um curral para o mesmo fim.

Antigamente no universo da criação terrestre tudo e todos sempre tinham alguma coisa ou algum valor, hoje em dia e no mesmo lugar do universo mais de noventa por cento das criaturas humanas (se não abrirem os olhos) não serão donas nem mesmo do ar que precisam respiram para viver, visto já valerem (por cabeça) menos que o gado em um curral.


São Paulo, SP 11 de Abril de 2012

Mkmouse

sábado, 31 de março de 2012

E a Festa Continua.... (2)



     Vamos lá, para mais um capítulo da novela “Venda de Bebidas Alcoólicas em estádios de Futebol” em atendimento aos patrocinadores da FIFA e à sua popular e rendosa orgia futebolística.

      Eu li no jornal Folha de São Paulo de 29 de março de 2012 que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu ontem que o motorista que não fizer o teste do bafômetro ou o exame de sangue não pode ser preso pelo crime de dirigir embriagado.

      Li que na prática, a decisão tomada por cinco votos a quatro, esvazia os efeitos da Lei Seca em casos de ação penal. 


     O jornal explica que, como ninguém é obrigado a oferecer provas contra si, se o motorista se recusar a fazer o bafômetro em uma blitz, não poderão mais ser aceitas, para fundamentar um processo criminal, o testemunho de um guarda de trânsito, por exemplo, ou o exame clínico que aponte a embriaguez, mesmo que evidente. 
     Ai eu comecei a rir quando li que “As punições administrativas, como suspensão da CNH ou multa, continuavam valendo com era antes.”

     A lei seca, em vigor desde 2008, exige, para prisão, um grau mínimo de seis decigramas de álcool por litro de sangue ou seja mais ou menos dois chopes.
      A aferição do teor de álcool no sangue só pode ser feita por bafômetro ou exame de sangue.

     Geralmente, quando um motorista era flagrado embriagado, além das punições administrativas, também respondia à ação na Justiça que poderia levá-lo à prisão.

     Foi ai que eu sai à cata da lei e o que vi pode ser lido por todos no link;- http://jus.com.br/revista/texto/13177/bafometro-e-obrigatorio#ixzz1qcHJrRN6 que eu não transcrevo aqui por que serve apenas de um subsídio para o meu texto. 

     A OAB do Rio de Janeiro em uma publicação no Jornal do Brasil do dia 23 de março de 2012 com o título OAB-RJ: bafômetro não pode ser usado na Lei Sexa contra a vontade do motorista, se pronuncia em três parágrafos dos quais eu aqui transcrevo apenas o último:

     Início da transcrição.
           O procurador-geral da OAB-RJ destacou que, caso o motorista visivelmente bêbado se recuse a fazer o bafômetro, sua CNH será apreendida e ele terá que pagar multa, mas não será possível enquadrá-lo no crime do art. 306 do CTB. ?Se a Lei Seca estabeleceu um critério extremamente específico para determinar a embriaguez, e esse critério somente pode ser revelado por provas que dependem da vontade do motorista, essa Lei corre o risco de não punir ninguém por dirigir embriagado, o que é lamentável. No entanto, como acentuou o STJ, a culpa disso não é do Judiciário, que está adstrito ao que está previsto na Lei, mas da Lei Seca, que foi infeliz ao eleger um critério extremamente específico para tipificar o crime de embriaguez ao volante.
      Fim da transcrição.

      Eu acho que não.

    O STJ e a OAB estão, na melhor das hipóteses, completamente enganados; não é a precisão da Lei Seca que a torna ineficaz e sim a falta de bom senso do poder Judiciário brasileiro e eu repito, isso na melhor das hipóteses, visto ser direito meu pensar que o sistema judiciário brasileiro está fazendo apenas cumprir ordens do poder executivo e não o seu destino que é a aplicação da lei, não a manipulação da mesma como me parece ocorrer.

     Eu não consigo eu por mais que me esforce, ver alguma lógica em permitir ou facilitar, isso para não dizer incentivar, que se dirija alcoolizado em todo o território nacional, isso além de ilógico é um absurdo e uma absoluta falta de bom senso é ignorância completa e total do que é certo ou errado fazer.

     Estes sapientíssimos juízes partiram do princípio que ninguém tem a obrigação de fornecer provas contra si mesmo e este princípio existe nas constituições dos países pelo mundo afora, o que estas sapiências não dizem a ninguém é que também pelo mundo afora este princípio é válido somente se o candidato a crápula em evidência, não esteja colocando em risco a segurança de outras pessoas.

      O STJ foi tão infeliz em seu argumento que mantém as punições administrativas da Lei Seca, contrariando com isso o seu próprio principio:

      “Se o cidadão tem o direito de não produzir provas contra si mesmo, também não pode ser punido por exercer este direito e é o que o STJ faz quando afirma que as punições administrativas não serão afetadas.”

    Resumindo, quando alguém exercita um direito (direito de não-autoincriminação) não pode sofrer qualquer tipo de sanção, vai daí o que está autorizado por uma norma não pode estar proibido por outra, como as punições administrativas, suspensão da CNH ou multa.

     Eu nada, mas absolutamente nada entendo de direito ou leis e por isso não consigo entender como, com tantas leis boas, conseguimos chegar a um tão alto grau de impunidade no Brasil e porque a partir de agora ela passa a ser além de preventiva, é garantida por lei, em todo o território nacional.

      Ah..!

      Eu ia me esquecendo.

    Na postagem anterior, neste Blog, eu questionei a conivência, para não dizer a proposital ausência, do poder religioso e civil com a interferência da FIFA nos assuntos internos do Brasil e agora pergunto:

    Onde estavam estes poderes, tão ferrenhos defensores dos direitos do cidadão e assuntos divinos que nada fizeram para fazer valer os valores morais de bom senso e bons costumes neste triste episódio da Lei Seca?

      Acho que a isso ainda posso responder.

    Muito provavelmente o poder religioso continua à sombra de Deus (sabe-se la quem) buscando a riqueza para si e seus fieis seguidores e os poderes civis continuam dizendo sim a tudo e a todos ou, se fazendo de morto enquanto alguém os enchem de riquezas.

      São as maravilhas deste novo (velho) mundo, democrático, socialista e populista.

São Paulo, SP, 30 de março de 2012

Mkmouse


terça-feira, 20 de março de 2012

As 30 Moedas.



Desde o ano passado tenho ouvido um tilintar característico de moedas colidindo entre si dentro de um saco.

Este som singular prendeu a minha atenção a tal ponto, que me foi possível até mesmo saber quantas eram...

E eram 30 (trinta) moedas!

Aí este Rato pensou e então falou:
- Ah não, de novo não!!!

Vai daí você não entendeu nada, certo?

Eu explico.

O problema é (só para variar) o nosso governo e as suas mazelas.

Onde já se viu, (muitas guerras começaram por muito menos que isso) uma simples e vulgar organização internacional interferir nos assuntos internos de uma nação soberana?


Pois é, a FIFA (Fédération Internationale de Football Association) está interferindo nos assuntos internos do Brasil só para beneficiar empresas multinacionais, é, aquelas mesmas que eram diabolizadas pelos honestos socialistas e sociólogos de plantão do nosso honrado governo.

Se vocês acham que isso é ruim, fiquem sabendo que a presidência da República Federativa do Brasil está de acordo com este estupro à nossa soberania, com esta violação do direito que um povo tem de se auto proteger em (e com as) suas leis; é, não só está de acordo como quer que isso se concretize o mais rápido possível.

Qual é o problema em proteger os interesses das multinacionais das drogas?

Se vocês pensam que o problema é a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios estão enganados.

O problema não é este.

Este Rato quer mais é que se dane se novamente for permitido a venda de bebidas alcoólicas e outras drogas mais nos estádios de futebol deste país, “tô nem aí pra isso”.
O problema é que está havendo uma interferência alienígena clara, real, geral e irrestrita no fraco e miserável governo brasileiro com apenas um interesse, que é o de dar lucros astronômicos à um pequeno grupo de multinacionais que nada além de problemas e miséria dá em troca pelo que retira dos países que vampiriza obsessivamente.

O problema está no silêncio, na apatia, na conivência da sociedade como um todo para com este absurdo jurídico, moral e lógico em nosso país, sirva de precedente legal para outros trambicamentos mais contra a integridade física, moral e intelectual do povo brasileiro.

Não estou me referindo aqui às instituições políticas deste país, mesmo porque não há nenhuma com moral suficiente para sequer tentar algo contra este crime, mesmo porque eu ainda continuo achando que não existe um político sequer que valha o sal que come em uma única refeição, mesmo porque eu continuo achando que políticos são as únicas coisas completa e totalmente inúteis em todo o universo da criação, logo não consigo ver nada de bom saindo ou partindo de um político seja ele qual for.


Estou me referindo às organizações sobejamente conhecidas como defensoras dos fracos, oprimidos e também provedora dos necessitados.

Aonde está a Igreja Católica Apostólica Romana, que não se manifesta veementemente contra esta prática mercantilista dos destinos humanos?

É, a igreja católica.

Aquela mesma que vive defendendo os direitos humanos de algumas criaturas e agora se cala, se fecha em concha, com a violação dos direitos humanos de um país inteiro.

É, isso eu posso responder:

- Estão discutindo sobre o sexo angelical mais uma vez.


Aonde está a igreja protestante, qualquer uma de suas denominações, que não se manifesta contra a imoralidade e o perigo que é a venda de drogas em especial nos estádios?

É, aquela mesma igreja que aos berros em todos os seus templos vive espantando o demônio do alcoolismo da vida de seus seguidores e agora nada diz sobre este mesmo demônio e só porque o bondoso e sábio governo brasileiro acha isso conveniente para Deus sabe o que.

É isso eu posso também responder:

Estão ocupados demais levando à Deus as orações, os pedidos de prosperidade de seus fiéis, para no momento argumentar se o alcoolismo é realmente uma obra do diabo (como sempre o foi no meio) ou não; se deve ou não, ser combatido agora ou só depois da orgia futebolística que está por vir findar.

E por aí vai...

Como o Islã (uma das três maiores religiões do mundo) que no Brasil não tem força política nem para pregar um prego em madeira macia, com o Budismo, com as religiões africanas, etc. etc, etc; o que elas disserem vai ser só “para inglês ouvir” e nada mais.

Mas sabem o que me chateia nisto tudo?

É o desenlace final do “Caso das 30 Moedas”.

Me chateia saber que não ouvirei, partindo de nenhum dos líderes religiosos deste tempo, o tilintar e o deslizar destas moedas pelo chão do templo do capitalismo, devolvidas que foram em um delirante, febril, mas tardio reconhecimento do erro cometido

 
Crucificação e Suicídio de Judas - Autor anonimo – 420-430 DC 
75x98mm – Escultura em Marfim
British Museum - Londres

Me chateia e muito saber que não verei nenhum destes líderes religiosos, hoje nada mais que heroicos, famosos e poderosos iscariotes da vida, pendurado pelo pescoço, morto, em alguma arvore do arrependimento seca e retorcida, mesmo que tardiamente.

Me entristece saber que ser um Judas Iscariotes hoje em dia é fashion, é bonito, é belo, é certo, é moral, é moda, é ser justo; é ser justo sim, mas não com os outros, apenas e tão somente para consigo mesmo e na medida dos seus interesses pessoais, justo com que você quer ser ou ainda parecer justo, em especial se houver uma plateia.

Como haverá eleições este ano, eu não resisti à uma satânica tentação e resolvi mostrar a você, meu leitor(a), em quem você certamente vai votar em algum momento no mês de outubro em primeiro turno e em novembro no segundo turno.



São Paulo, SP, 20 de março de 2012

Mkmouse



terça-feira, 6 de março de 2012

O que é um Título?




Olha só...

Tenho ouvido e visto com muita frequência pessoas com poder de decisão liberando benefícios para outras pessoas levando em conta o seu título e penalizando ou punindo outras em função da falta ou da banalidade do mesmo.

Para quem ainda não entendeu, a coisa é o seguinte:


    • Você está louco(a)...?
    • Pode liberar, ele(a) é o(a) Bispo(a)(1) XXX.

Ou...

    • Você está louco(a)...?
    • Quem é esse(a) XXX, para querer isso?

E isto é um problema muito sério, mas muito sério mesmo.
È a prova mais que contundente de que o homem não é mais visto de acordo com seus frutos, mas de acordo com a sua relação social mo meio onde vive.

Eu conheci e conheço lavradores(2) de longa data mais honestos, honrados e leais que todos os reis e imperadores de que tenho e já tive notícia.

Lavrador de café - Portinari. 1934 - Pintura a óleo sobre tela 100 x 81 cm - Museu do MASP, São Paulo, Brasil

No entanto, estas simples criaturas, os lavradores de carreira, não conseguem nada na vida sem terem que passar por inúmeras dificuldades e constrangimentos.

Alhures, no passado e mais à miúde no oriente, tais criaturas eram o repositório do orgulho e do respeito das gerações mais novas; hoje trastes, só servem e agora mais à miúde no ocidente, como entraves às mais “nobres aspirações” governamentais, empilhando-se horizontalmente de forma indiana às portas da caridade pública de mãos abertas e estendidas apenas clamando por mais um alento, mais um sopro de vida.

Graças a Deus tais criaturas em breve, muito em breve, entrarão em faze de extinção irreversível e então o seus lugares serão preenchidos, como já é corriqueiro nos dias de hoje, por pessoas que aceitam o aviltamento da parca e miserável pecúnia governamental, para apenas e tão somente clamar e aos berros e para uma plateia quase sempre cativa e inerte, por direitos que nunca foram seus por mérito mas sim por decreto, usurpação ou ainda por osmose, sem contudo nenhuma obrigação ou dever sequer cogitar a existência e pior ainda, sem nem mesmo pensar em seu cumprimento.

Graças a Deus sim...

Porque quando estas pessoas, guardiãs da essência do que é um verdadeiro homem se for, cruzando os umbrais da boa e velha morte, nada mais restará neste insano mundo que servirá de escudo ou desculpa para a exploração e o aviltamento senão os exploradores e os homens coberto por títulos, por papéis, por papel moeda e por medalhas mil.

Graças a Deus sim...

Porque quando estas pessoas, guardiãs da essência do que é um verdadeiro homem se for, cruzando os umbrais da boa e velha morte, no mínimo estarão voltando à essência de que foram feitos, essência esta que tão bem cultivaram em vida; estarão imersos em honra, honestidade, lealdade e felizes na glória tão duramente conquistada neste mundo quase sem Deus.

Querem saber o que é um título?

Eu lhes digo...

É nada, absolutamente nada.

Um título não é nada para sequer valer um segundo de uma vida, qualquer que seja esta vida.
Títulos foram em um dia e em um remoto passado, uma forma usada pelos homens para se agradecer alguém por se esforçar e via de regra se sacrificar por outrem ou por uma sociedade; o título era uma forma de gratidão, de reconhecimento e quiça de pagamento por uma dívida cujo valor inestimável não poderia jamais ser pago pela sociedade, então humana.

Títulos nos dias de hoje nada mais é que uma forma de tornar capaz um incapaz, de rotular como verdade uma mentira, uma maneira de perpetuar a ignorância dos fracos e a arrogância dos fortes; antigamente eram pagos pelo mérito de seu ganhador hoje, são comprados pela força e pelo poder do demérito de seu comprador pelas mais diversas formas e maneiras dos integrantes de uma sociedade, então muito pouco humana.

Os prêmios hoje em dia não mais visam incentivar o mérito, o estudo, as boas ações ou os grandes feitos do homem para a humanidade; eles apenas compram consciências, vendem mercadorias inúteis e baratas a preço de uma joia rara, ofuscam com seu brilho fugaz a torpeza dos corações humanos e destrói por sua inconsequência o que a civilização humana pode ter de mais caro.


São Paulo, 06 de março de 2012













Mkmouse                 



(1) Onde se lê Bispo, deve ser entendido como qualquer título concebido e concedido pelo homem, sob qualquer pretexto.

(2) Onde se lê Lavradores, deve ser entendido como qualquer pessoa que prima por ser trabalhadora (nas mais diversas funções) além de honrada, honesta, leal, cumpridora das leis e de moral ilibada.





quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

E a Festa Continua.



Vai começar tudo de novo...

Outra vez...

Terminou o carnaval, e para não atrapalhar a farra dos foliões o horário de verão que terminaria à meia noite de sábado próximo passado acaba no sábado próximo vindouro à meia noite.

Com a saída de cena dos carros alegóricos, dos foliões e a rápida passagem dos garis pelo trecho, uma nova alegoria desponta no horizonte da passarela dos desfiles bizarros plena em sutilezas.

As eleições de 2012.

Este evento cujas proporções são continentais, posto ser o Brasil um pais continental, açambarca não só os poderes constituídos e vitais do mesmo mas, e também, ofusca deliberadamente poder decisório de um povo.

Os meios de comunicação em unanimidade perdem-se em favoritismos majoritários ou poderosas chantagens, divulgando verdades da forma que lhes é mais útil e via de regra transformando estas verdades em meias mentiras, sofismas, que beneficiam seus pupilos ou clientes e não a uma administração pública de boa qualidade.
A imprensa (toda ela) nestes eventos, porque não diuturnamente, existe apenas para prestar um desserviço ao público e um precioso serviço ao poder em vigor ou ao seu cliente pagante.

Pelos meios de comunicação, em especial aos que fazem o seu trabalho de forma massiva, ou aos que se rogam formadores de opinião, rolam fortunas imensas e o pior, não só manipulam como também são manipulados por poderes inimagináveis pela indefesa população de um mundo cada vez mais globalizado, carente de verdadeiros líderes e de mitos plenos em honra, compaixão e humanidade.

Que mais pode existir em um país que não tem líderes cobertos em honra, de caráter ilibado e de uma honestidade impecável senão uma farra moralmente irrefreável e com uma constância de fazer inveja aos sonhos mais loucos dos mais extremistas dos carnavalescos profissionais.

O carnaval de 2012 acabou.

Mas a farra continua.

Mas não para todos desta feita, ela (a farra) não é tão democrática assim como se apregoa aos quatro ventos, esta só existe para os afortunados que encontram-se aninhados nos lácteos seios do poder em vigor ou que virá a vigorar (o que não é tão incomum assim).

Agora é a hora e a vez das apostas, do investimento mínimo possível na busca dos lucros milionários que a roda da fortuna certamente trará aos que usarem da esperteza, da vilania, da desinformação e do “boi de piranha”; boi este que por sinal nada tem a perder, como seria de se esperaria em uma honesta comitiva, em uma honesta boiada, mas tudo a ganhar quando cair as cortinas finalizando este pobre e magro ato público gratuito, enquanto os aplausos de um atento público, mais que cativo, massageia o ego do (velho) mais novo poder emergente.

É a hora e a vez da ultimação das velhas e rotas alianças, do cozer de tramas inimagináveis ao universal sulfrageante; a hora e a vez de convocar à uma lide pusilâmine os meios adequados de comunicação de maça; é a hora e a vez de negociar um valor minimo para a honra e a fé humana.

Infeliz é o país que é dominado por partidos, por minorias organizadas, por pessoas cujo rosto é ignoto, cujo rosto é a multidão e cujos interesses desconhecidos o são até mesmo pelas mais confiáveis pessoas do seu secto.

Para estes povos nada mais resta que ser apenas títeres de forças que nem mesmo sabem ou imaginam quais possam ser.

Para estes povos o sonho máximo e isto somente para quem é “chegado” ao poder é a nomeação; uma pura, simples e mesquinha nomeação (lucro fácil, poder), nada a mais ou além disso.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2012

mkmouse