Prólogo
Como
este ano de 2014 promete muitas festas sociais no Brasil, e estas
provavelmente terão “muito pouco pão (cachaça pra dar com páu em
todos os estádios e arredores) e muito, mais muito circo mesmo”,
resolvi antecipar-me e montar o meu picadeiro próprio e virtual
neste meu blog.
Com isso antecipo-me ao carnaval de 2014, aos escândalos políticos que antecederão as festas juninas, ao carnaval da FIFA que dará o embasamento necessário aos vitoriosos das eleições deste ano; antecipo-me á semana da pátria, pátria esta que por sinal ninguém tá nem aí para ela mesmo (só os estrangeiros), antecipo-me às eleições de 2014 que é a apoteose máxima da demoniocracia política do Brasil.
Com isso antecipo-me ao carnaval de 2014, aos escândalos políticos que antecederão as festas juninas, ao carnaval da FIFA que dará o embasamento necessário aos vitoriosos das eleições deste ano; antecipo-me á semana da pátria, pátria esta que por sinal ninguém tá nem aí para ela mesmo (só os estrangeiros), antecipo-me às eleições de 2014 que é a apoteose máxima da demoniocracia política do Brasil.
Antecipo-me
também ao dia das crianças, ao dia de ação de graças...???
Pera
aí...
Isso
não é aqui não, é la nos EUA, esquece.
Por
fim antecipo-me ao natal, ao ano novo e à posse dos felizes e
saltitantes vitoriosos das eleições de 2014, onde certamente o PT
ganhará com maioria esmagadora dos votos por todo este país das
maravilhas, para a felicidade de todas as Alices brasilianas e
contrariando todas as expectativas dos mais honestos “IBOPES” da
vida e do mundo.
Em
assim sendo torno público o poema abaixo, de minha lavra é claro.
Para
tanto escudei-me em (não menos que) Carlos Drumond de Andrade, ora
essa!
E
Agora Zé?
A festa está
começando,
o povo está chegando.
Nem raiou o dia ainda,
mas você está na
berlinda.
Você, um número
somente,
só um bilhete, um
acento,
apenas um copo de pinga,
corpo vazio, uma ginga.
Um Zé ninguém que de
repente,
do nada, pisa no
cimento,
sem méritos,
conhecimentos;
com causa, mas sem
nascimento.
Vazio a zombar de
todos,
de versos és só um
engodo,
a viver pensando que
ama;
protestar; sabes só na
lama!
Um homem sozinho sem
mulher,
sem condições, sem um
discurso,
sem carinho, com uma
colher
e um prato fundo sem
uso.
Já não mais deveria
beber.
Já não mais deveria
fumar.
Cuspir então nem
sequer pensar.
Alguém que só
virtual, é ser.
O dia chegou, então
passou.
A noite chegou e
esfriou.
A noite passou
barulhenta
mas o frio não foi,
encrenca,
O dia não veio, ficou,
A condução não
chegou, parou.
O riso perdeu-se, no
veio;
do meio da urbe sem
nome,
a utopia é, não veio.
E tudo acabou insone.
Todos sumiram, deram no
pé.
Tudo mofou, morreu sem
nome.
O que vai fazer agora,
Zé?
Com sua palavra vazia.
Com o seu instante de
banzé
se livros, só lhe dão
azia.
Com a guia enforcadora;
sua palavra, ouro,
mente.
Incoerente, fez da
hora,
completa e
inconsequente,
O seu terno era de
vidro.
O seu ódio incontido
Com uma pobre chave na
mão
quer abrir o futuro
então,
Mas não existe esta
porta.
Quer morrer no mar ou
na horta;
que plantou, mas o seu
mar secou,
a sua horta foi-se,
mingou.
Quer então fugir; ir
pra casa.
Mas casa não há mais
para ir.
pois casa é de todos,
asas;
e agora Zé, qual o
porvir?
Se gritasse quando em
tempo.
Se gemesse quando em
tempo.
Se você tocasse a
valsa,
e não de Cuba uma
salsa;
cantando como é
correto,
você iria dormir em
paz
como deveria ser,
assaz;
Talvez morresse, então
certo.
Mas você não vive,
nem viveu,
você não morre, vive
morto.
O Tártaro é seu,
Briareu!
Você é duro Zé, é
torto!
Seu fim é só e no
escuro
qual bicho-do-mato, sem
porvir
sem teogonia, futuro.
Sem parede nua, só
grades
para se encostar e
ouvir.
Sem cavalo branco, em
pares,
que fujam a trotar, a
zunir,
você apenas marcha a
pé!
Marcha para o seu fim,
Zé!
São Paulo, SP, 20 de
fevereiro de 2014
Mkmouse
,
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