domingo, 30 de junho de 2013

Os 20 Centavos, a Fábula e a Realidade


Aqui começa a fábula.

Robim Hood, (uma lenda até na Inglaterra) reúne os seus amigos, os miseráveis da floresta de Sherwood com seus pares e parentes (uma realidade na bretanha de outrora) para lutar contra o aumento de (vinte centavos) imposto dado pelo Sheriff of Nottingham, aos felizes trabalhadores, estudantes e vagabundos de então naquelas bucólicas paragens.

O tal Sheriff é uma figura real do Reino Unido de então, “pau mandado” do príncipe João que por sua vez é irmão do rei Ricardo (Ricardo Coração de Leão). 
 








Robin Shoots with Sir Guy - Rhead, Louis. "Robin Hood e seu bando de foras da lei: suas famosas façanhas na floresta de Sherwood." New York: Blue Ribbon Books, 1912.





O lendário “Príncipe dos Ladrões” reuniu sob a sua égide um tão grande número de pessoas para fazer frente ao Sheriff, que ele e seus asseclas cederam ao clamor público revogando o aumento imposto anteriormente e como brinde ainda disseram ao povo que estavam certos em tal manifestação, em comemoração a isso fizeram (à toque de caixa) uma lei revogando a Lei da Gravidade Universal e então para consumar a felicidade geral do povo o Sheriff of Nottingham prometeu uma (caríssima) consulta popular só para saber se seu povo gostaria de continuar vivo e serem todos felizes naquelas paragens.

A plebe feliz com a “avassaladora” vitória, foi para casa sem gastar na volta vinte centavos a mais e contentíssima com o que já possuíam sem que nada de novo e de bom ter sido acrescentado às suas miseráveis vidas que já não tivessem por lei, direito e lógica.

Enquanto isso o lucro da exploração normanda sobre os bretões continuava a seguir feliz e saltitante para além mar, onde iriam beneficiar “Suas Majestades” só Deus sabe quais.

Aqui termina a fábula e começa a realidade.

O Sheriff of Nottingham (figura real tanto lá como cá e alhures), é ainda um “pau mandado” de algum príncipe o qual por sua vez continua no trono, como se nada houvesse acontecido, mandando agora mais do que nunca na Terra R$ do $ & Cia. Ltda. - (Traduzindo:- [na Terra Real do Euro Dollar e Companhia Limitada])








Sheriff of Nottingham - Rhead, Louis. "Robin Hood e seu bando de foras da lei: suas famosas façanhas na floresta de Sherwood." New York: Blue Ribbon Books, 1912.







Os lucros da exploração do público e o resultado do desvio (roubo) de parte do erário (tanto de lá como de cá e de alhures) continuam a ser propriedade exclusiva dos “novos antigos normandos” (ontem e hoje falidos, monetária e moralmente) como sempre foi e será.

Robim Hood, que é uma lenda lá continua uma lenda; anonimo, um sonho e uma sombra, tanto aqui como acolá e em todos os lugares da Terra; é uma miragem, uma fumaça, uma virtualidade em torno da qual se agrupa as urbes perdidas, sem rumo ou com um futuro indesejável, mantida tão ignorante como dantes pelos arautos dos reis, arautos estes por reis ou seus prepostos pagos ou financiados, quando não são por eles subornados ou chantageados.

Os miseráveis da floresta de Sherwood com seus pares, parentes e parcos pertences, uma realidade tanto lá como cá e em qualquer outro lugar continuam tão miseráveis e alienados como eram antigamente, senão mais ainda.

Tapeados e trapaceados, vivem de esperanças, confiantes na honestidade dos desonestos, na generosidade dos infames e sórdidos, na clemência dos maus e inclementes, sempre vestindo a juba(1) com muito e caríssimo circo para ver, com pouco pão para comer e este não mais ganho com o suor da sua face, (gên.: 3,19) ora mascarada, mas com a miséria física, intelectual e moral de si e de toda a sua família.

Quanto aos vinte centavos, estes serão repostos em sua totalidade, com todos os exorbitantes e extorsivos juros, dignos do Guinness World Records, nos bolsos de quem deveriam ir parar inicialmente graças às absurdas e mirabolantes artimanhas legais habilmente elaboradas e disfarçadas para esta e outras finalidades todas inconfessáveis.

Tais engenhos estes, diabólicos, tem por finalidade apenas perpetrar a extorsão criminosa de valores do erário e manter o povo sempre indefeso e cativo, para que a ganância descomunal de uns poucos possa ser amplamente e fartamente saciada.

(1) Alegoria à área “Vesti la giubba” da ópera Pagliacci de Ruggero Leoncavallo.








Cover of the first edition of Pagliacci published by E. Sonzogno, Milan, 1892
Casa Sonzogno









Aqui eu resolvi inserir uma apresentação rara, feita em 17 de março de 1907 por Enrico Caruso. (com todos os devidos chiados)

Vesti La Giubba (1907) - EnricoCaruso.mp3

 Vesti La Giubba
Letra em Italiano

Recitar! Mentre preso dal delirio,
non so più quel che dico,
e quel che faccio!
Eppur è d'uopo, sforzati!
Bah! Sei tu forse un uom?
Tu se' Pagliaccio!

Vesti la giubba,
e la faccia infarina.
La gente paga, e rider vuole qua.
E se Arlecchin t'invola Colombina,
ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!
Tramuta in lazzi lo spasmo ed il pianto
in una smorfia il singhiozzo e 'l dolor, Ah!
Recitar! Mentre preso dal delirio,
non so più quel che dico,
e quel che faccio!
Eppur è d'uopo, sforzati!
Bah! Sei tu forse un uom?
Tu se' Pagliaccio!

Vesti la giubba,
e la faccia infarina.
La gente paga, e rider vuole qua.
E se Arlecchin t'invola Colombina,
ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!
Tramuta in lazzi lo spasmo ed il pianto
in una smorfia il singhiozzo e 'l dolor, Ah!

Ridi, Pagliaccio,
sul tuo amore infranto!
Ridi del duol, che t'avvelena il cor!
Ridi, Pagliaccio,
sul tuo amore infranto!
Ridi del duol, che t'avvelena il cor!
 

João sem terra (João I) Rei da Inglaterra,
Duque da Normandia e Duque da Aquitânia de 1199 a 1216
John of England signs Magna Carta.
Image from Cassell's History of England - Century Edition - published circa 1902
Scan by Tagishsimon, 23rd June 2004

Quanto ao irmão do príncipe João, Richard Plantagenet, o rei Ricardo I “Ricardo Coração de Leão”, foi rei da Inglaterra de 1189 a 1199 e considerado ainda em vida como um grande líder militar e um dos principais líderes no comando na Terceira Cruzada (1189 – 1192), ele nasceu pelo calendário juliano, em 8 de Setembro de 1157 em Oxford, Inglaterra, e morreu aos 41 anos no dia 6 Abril 1199 em Chalus na França.

Rei da Inglaterra,
Duque da Normandia e Aquitânia
Conde de Anjou
Richard I of England – Autor desconhecido
cerca de 1620 - Provavelmente 100 anos mais antiga
BritRoyals.com



Fontes:-


São Paulo, SP, 28 de Junho de 2013

Mkmouse


quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Revolução dos Vinte centavos.


E as passeatas continuam para desespero do governo brasileiro.

Todos, inclusive a “imprensa” dizem que ainda não entenderam nada.

Que o governo brasileiro continue ignorante quanto aos acontecimentos é viável, tendo em vista a tremenda e avassaladora carência de inteligência que assola os poderes ditos constituídos e seus pelegos; mas a imprensa alegar ignorância é o cúmulo da falsidade, da hipocrisia.

A presidência da republica, em um ato de desesperada impotência, vem à publico e fala o que vai fazer, isto depois de mais de uma semana de manifestações públicas, através de um texto certamente composto por sua assessoria, vazio de lógica, legalização e o conteúdo, com nada novo, é o mesmo palavrório eleitoreiro cotidiano visto por aqui a pelo menos quinhentos anos, naturalmente com uma “nova vestimenta (no caso vermelha)” mas no esmo e florido palco de sempre apenas, desta feita, sem os famigerados “já ganhou... já ganhou!” da bolsista e submissa claque(1).

Esta fala do poder executivo foi a confirmação do óbvio, da acefalia que acomete os poderes constituídos desta nação; desde quando é necessário um plebiscito ou um referendum para por um fim a algo de ruim para uma nação, este pessoal ensandeceu.

Não é por ventura o bem estar público a única prioridade e razão de ser de tais organizações públicas?




Me corrijam, por favor, se estiver eu errado.



 Não é a obrigação de um homem e/ou uma mulher de bem, sejam estes quais forem e onde estejam, praticar atos e promover ações dentro da legalidade, serem honestos em suas intenções e atos, tudo fazerem para coibir o crime?

Então porque “cargas d'água” vir a público e dizer que vai fazer exatamente o que, por uma simples questão de honra, moral e lógica, deveria estar fazendo há muito tempo e o pior, prometer fazer o que exatamente deveria não fazer?

Certamente pensam que todos (com exceção deles) são perfeitos idiotas.

Incompetência completa geral e irrestrita (para não dizer safadeza) é a resposta (motivo) certa(o) para estas patéticas aparições governamentais.

Eu não creio que o movimento tenha se arrefecido, pois o verdadeiro cerne da querela está na dominação estrangeira desta nação por parte de interesses inconfessáveis e tão poderosos, que vergam sobre a sua vontade até as leis deste país com a conivência mais que declarada, não só dos três poderes constituídos desta minha pátria, como também das organizações civis e não governamentais, públicas e religiosas.

Para quem ainda não sabe é este o motivo da aversão completa à bandeiras políticas e de classes junto aos manifestantes trabalhadores e estudantes honestos e decentes.

O Brasil, que eu saiba, é o único país no mundo que consegue abrigar organizadamente por todo o seu território um movimento sem lideranças e mantê-lo vivo por um tempo indeterminado, mesmo com as infiltrações de pessoas ou grupos de pessoas violentas ou não, sob o mando, oriundas de todas as partes e/ou interesses; organizadas pelo governo ou não.

Isso se deve principalmente à incompetência política (fundamentada esta na filosofia do “pão e circo”) e governamental esta, firmemente fundamentada na ideia do “toma-la-e-dá-cá” e do lucro pessoal a qualquer preço; nesta insana orgia qualquer distribuidor de “santinho” em eleições (dependendo do partido “grande vencedor”) pode ser nesta conjuntura o presidente da Petrobras ou do complexo de Itaipu sem o menor constrangimento em face ao olhar, via de regra, estarrecido da nação brasileira, honrada, honesta, estudiosa e trabalhadora.

Não, isso ainda não acabou não.

Se por ventura não for resolvida a contento e definitivamente as pendengas, poderá no máximo ocorrer um estado de calmaria, a mesma calmaria que antecederá a grande tempestade e até mesmo um banho de sangue (indesejável) neste país.

A mais que centenária sem-vergonhice precisa acabar e definitivamente, é urgente cuidar da maioria que é esta nação e não das minorias organizadas como faziam e ainda fazem todos os hipócritas, incompetentes, vagabundos, aproveitadores e velhos comunistas; estamos no século XXI, a URSS não mais existe, o muro de Berlim caiu faz muito tempo, a humanidade saiu da idade da pedra a mais de trinta mil anos e parece que só os políticos, a imprensa e sociólogos brasileiros ainda não descobriram isso.




Não se cura uma ou mais fratura(s) exposta(s) colocando um ou mais de um band-aid, ou ainda dando um beijinho para sarar.




E terminando, quero lembrar a todos que a polícia bem como as forças armadas desta nação cumprem ordens, se estão onde estão e fazendo o que fazem é porque alguém de direito mandou que assim fosse, estas organizações são fundamentadas na ordem, na hierarquia, na lei (graças a Deus) e se assim não o fosse já de há muito estaríamos imersos em um verdadeiro caos social, completamente à mercê da clemência alienígena.

Colaborem com a polícia, ela, apesar de tudo, é tudo o que ainda resta de lei, honra e glória nesta nação.

(1) do francês, aplaudir.

 São Paulo, SP, 26 de Junho de 2013

Mklmouse


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasil, um País sem Lideres


A maioria esmagadora dos políticos e todos os “pulíticos” desta nação ainda não entenderam e nem sabem o que está acontecendo no Brasil para que tais manifestações venham a acontecer e sem lideranças declaradas.

A ausência de lideranças indica apenas que não há lideres neste país e é a comprovação inequívoca, de que há milhares de fantoches e títeres a legislar, a advogar, a governar, a presidir partidos políticos e lideranças sindicais por toda a nação brasileira.

 

 Isto comprova que este pais tem uma imprensa comprometida com o Capital e não com o povo de que é parte integrante, nem com a liberdade de expressão cuja falta certamente aniquilará a sua própria existência posto que, nem ela mesma serve como liderança de coisa alguma a não ser como liderança de seu próprio único e exclusivo umbigo.

Este é um país cuja imprensa em todas as suas formas é apenas um meio de manipulação de massas e na melhor das hipóteses, enrola-se em um palavrório inútil não dizendo a verdade ao seu público; é um país que há muito tempo navega aparentemente ao “Deus dará” sem lideranças reais, honestas e claramente visíveis ao povo.

A suposta liderança deste país é tão estúpida que não é capaz de ver neste momento a oportunidade de ouro, única, para levar esta nação a um destino de glória que sem dúvidas é merecedora.

O Brasil neste momento diz ao mundo todo que é uma nau sem rumo certo e pede socorro aos homens de bem, se é que ainda existe algum.

Este momento, o momento por que passa esta nação é muito perigoso, visto estar pronta para ser dirigida como uma só massa e se os homens de bem não se manifestarem urgentemente, algum canalha o fará com toda a certeza e aí (di-di-di-da-da-da-di-di-di) que Deus tenha piedade de nossas almas e de Nossa Terra.
São Paulo, SP, 19 de junho de 2013

Mkmouse