E chegou
mais uma vez a semana da pátria aqui no Brasil.
Do dia
primeiro até o dia sete deste mês, comemora-se por aqui a semana da
pátria, visto que no dia sete de setembro do ano da graça de mil
oitocentos e vinte e dois, o príncipe português Dom Pedro, resolve,
depois de algumas peripécias, ser o imperador dor do Brasil, que até
então era apenas mais uma colônia do reino de Portugal.
Independência
ou Morte (O Grito do Ipiranga)
Pedro
Américo (1843-1905)
1888 –
óleo sobre tela – 415 x 760 cm
Museu
do Ipiranga – São Paulo, SP
Sabe
como é né?
Ele
preferiu ser um imperador no inferno a ser um simples príncipe no
céu, aí veio a rede “Bobo”, aproveitou a “brecha” e fez a
mini série: “ Os Quintos dos Infernos”. (faturou horrores em
cima do tema)
Pedro
Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905)
Pintor,
Romancista e poeta brasileiro.
Mas isso
é outra história, o negócio é que esta patriótica ideia custou
caro. (será que ainda custa?)
O então
jovem império do Brasil (ainda não entendi o porque de um imperador
e não um rei) teve que pagar a Portugal (indenizar) pela sua perda
de rendas (aquilo que já tinham levado daqui não conta para
pagamento, só aumenta o valor do mesmo), foi neste momento que o
nosso imperador, agora intitulado Dom Pedro I, descobriu que era um
pobre, simples e miserável imperador (estava duro, sem tutu, não
tinha grana alguma), mas como tinha a pouco saído da “aborescência”
não deu o braço a torcer e falou com os ingleses.
Bandeira
do império do Brasileiro
Jean-Baptiste
Debret (1768-1848)
Ah, os
ingleses!
Estas
criaturinhas insofismáveis, não tiveram dúvidas, arranjaram o
“Tutu” que o imperador do Brasil precisava para se livrar do
infernal jugo português e criar o seu próprio meio de vida.
Logotipo
oficial do governo francês,
utilizável
somente pelas instituições governamentais francesas (incluindo as
prefeituras).
Para os
ingleses “Liberté, Egalité,
Fraternité” é
algo válido e necessário em todos os países do planeta (menos em
suas colônias); foi neste momento que deixamos de ser colônia
portuguesa para ser empregados e devedores de sua majestade o rei
George IV da casa de Hanôver, pelo ganho da libertação dos
opressores portugueses, com a graça de Deus.
Retrato de George IV do Reino Unido com as vestes da Ordem da
Jarreteira,
como príncipe regente, de 1816, por Sir Thomas Laurence.
Museu do Vaticano, desde 1820
Valha-me Deus, que confusão!
A partir deste dia, se não me engano nublado no planalto de
Piratininga às margens do córrego do Ipiranga, deixamos de saber
quem, oficial e definitivamente, manda em “terras brasilis” e
isso persiste até os dias de hoje.
Hoje, no ano da graça de 2012, este é um país livre,
democrático e por fim encaminhando-se para a globalização.
Os Três
mosqueteiros (romance histórico)
Alexandre
Dumas (1802-1870)
Nome de
batismo, Dumas Davy de la Pailleterie
O ideal francês venceu e agora seríamos “todos por um e um por
todos”!
Crescemos muito, evoluímos muito, quanto mais livres nos vamos
ficando, maior é o plantel da liberdade, mais grosso o couro e
discretas as marcas; quanto mais democráticos nos somos, menos
reconhecemos a igualdade e a fraternidade, mais curtas são as rédeas
que ganhamos.
Por fim estamos lutando desesperadamente para atingir o ápice da
glória, a globalização.
Já globalizamos a nossa liberdade, a nossa democracia, estamos
globalizando os nossos recursos enfim, tudo o que temos e até o que
não temos (coisas de político brasileiro); estamos nos incorporando
de corpo e alma no ideal francês, em breve seremos e definitivamente só
“um por todos”!
É...
Viva a democracia! (dos testas de ferro e do anonimato)
Viva a liberdade! (a liberdade de votar obrigatoriamente, a
liberdade de chegar a uma universidade sem precisar estudar, a
liberdade da impunidade e da libertinagem)
E que Deus perdoe o passado desta terra, nos conforte no presente e
seja piedoso com o futuro de minha pátria.
E quer saber...
...fui fazer uma naninha, inté...
São Paulo, 31 de Agosto de 2012
Mkmouse