Este
texto, sem ilustrações, em sua forma original estará disponível
na biblioteca do meu site (www.mkmouse.com.br)
a partir da edição de junho de 2012
Eu dividi esta minha teoria em
quatro partes.
A primeira parte é: uma
definição geral de uma partícula fundamental da criação e a
existência da mesma no contexto criado.
A segunda parte é: a definição
de criação ou criatura como forma composta por partículas básicas;
a criatura ou a criação é tratada levando apenas em consideração
a sua forma, a essência fundamental e raramente (e apenas como exemplo
genérico) em sua forma material e real de existência.
A terceira parte é: a teoria do
comportamento básico das partículas.
A quarta parte é: as
considerações finais.
As palavras “Vontade”,
“Ação” e “Tempo” quando apresentadas desta
forma devem ser consideradas e entendidas como unidades indivisíveis,
imensuráveis e fundamentais para a criação, mas não com os
significados que lhes são próprios em nosso vernáculo pátrio.
A
primeira coisa a ser reconhecida no tempo é a sua imaterialidade
fora do momento presente para nós em nosso tempo e espaço de
consciência e em observação.
O
"Tempo" na criação tem três formas possíveis:
Futuro, Presente e Passado.
O
"Tempo" é irreal sempre em função do nosso tempo
presente, do nosso aqui e agora, posto que este (o presente) é o
momento temporal em que o “Tempo” se transmuta em matéria
e age dentro do espaço que lhe é próprio e devido.
O
"Tempo", antes e depois do momento temporal que é o
presente, é igual em sua irrealidade, no entanto age no contexto da
criação, em seu espaço, a seu tempo e modo.
Mas há
uma diferença entre eles nesta criação.
O futuro
(momento atemporal que imediatamente antecede o momento temporal do
presente) ainda não aconteceu, logo é passível de não
acontecer; enquanto que o passado (momento atemporal que sucede
imediatamente o momento temporal do presente) já aconteceu,
portanto não tem como ser revivido completo e integralmente, em toda
a sua plenitude, artificialmente pela criatura, salvo em seu
intelecto.
Das três
formas possíveis de "Tempo" (futuro, presente e
passado), o presente é o único instante temporal da criação em
todas as observações e (ou) momentos de consciências de si mesmo, é
definitiva e verdadeiramente individual em sua essência fundamental
em cada situação e é o momento onde o que está por vir, o futuro
(tão individual quanto o presente) se transforma instantaneamente no
que já aconteceu, o passado (não menos individual que o presente ou
o futuro que o antecedeu).
A
individualidade do "Tempo" é a sua identidade, ele
é um dos três “tijolos” fundamentais para a existência da
criação e o único que tem possibilidade de ser compreendido pois é
ele que materializa a criação visto que os outros dois escapam à
materialidade da criação por serem subjetivos e pertinentes ao
evento ativo da criação portanto ficam fora da compreensão, do
alcance da criatura resultante do ato de criar.
"Vontade",
"Tempo" e "Ação", são os tijolos
que fundamentam e sustentam a existência da criação como um todo
ou em partes.
É a
"Vontade" que gera o "Tempo" e a
"Ação" simultaneamente a si mesma e
concomitantemente entre "Tempo" e "Ação".
O
resultado da simultaneidade desta tríade, neste caso, é a criação.
A
"Vontade" define, regulamenta e ante vê o todo, a
criação; a "Ação" por sua vez executa, formaliza
os intentos, a intenção da "Vontade" no "Tempo"
o qual, simultaneamente, materializa a "Ação" na
forma definida, regulamentada pela "Vontade".
Tudo o
que foi, é ou será criado, é ou está no "Tempo".
Tudo o
que existe, existirá ou já existiu é, ou está no "Tempo".
O
"Tempo" é uma entidade única (como o ponto
geométrico) e como entidade única e isolada não tem medidas
físicas resultantes e mensuráveis de sua existência na criação
como um todo ou mesmo em partes dela, em qualquer tempo ou espaço.
Como uma
unidade singular e una na criação o "Tempo" não
faz sentido fora da criação e dentro dela tem uma única medida:
ele mesmo e isso mesmo quando "Tempo" presente.
Todos os
caminhos “traçados” pelo "Tempo" dentro da
criação são únicos e não existe um único caminho “traçado”
pelo "Tempo" que seja igual a um outro qualquer.
É a
similaridade do "Tempo" com o ponto geométrico que
gera o fato; o “traçado” de um caminho do “Tempo” no
tempo se faz com uma sequência infinita de “Tempos
(unidades fundamentais da criação)” alinhados e unidos,
sequencialmente, em forma de uma linha, seja ela reta ou não para
quem observa, é observado ou à criatura em causa.
Esta
sequência composta por infinitas unidades fundamentais da criação
é a linha do "Tempo da criação”.
No
entanto, ela só é materialmente real na criação no exato
instante em que o que está por vir (futuro) se torna definitivamente
o que já existiu (passado); este é o único instante (um instante
insignificante no tempo, pequeno ao infinito) em que a criação é
em definitivo uma realidade palpável, mensurável, ativa,
compartilhante ou compartilhada.
O
presente é a materialização individual e consecutiva ao infinito
(como um filme em exibição) e sempre de um único "Tempo"
em um alinhamento de "Tempos", lado
a lado, em uma
sequência infinita de "Tempos";
momento onde o "Tempo" que
determina o futuro se tornou o "Tempo" que
determina o passado; isto vale para cada um e qualquer elemento da
criação em observação ou em estado de consciência, sendo este
momento individual e único não só em si mesmo como também o é, e
da mesma forma, para o subconjunto em que está inserido e assim por
diante, ao seu tempo por toda a criação.
O
paragrafo acima se justifica na similitude da partícula fundamental
da criação, "Tempo", com o ponto geométrico.
Em sendo
o ponto geométrico a origem de todas as formas geométricas
conhecidas ou não, assim também o é o “Tempo” no
contexto e cenário da criação.
O
"Tempo" é único para cada componente da criação,
no entanto e ao seu modo, adapta toda a criação ao seu curso de
conformidade com as regras, formas e normas impostas pela "Vontade"
através da "Ação" no limiar da existência de
qualquer elemento da criação.
Em vista
disto o "Tempo" não tem as mesmas características
para cada um dos componentes da criação; a forma mais palpável de
isso se notar está no tempo de existência das coisas criadas, mesmo
quando criadas pela criatura quando em sua forma material; o “Tempo”
não é igual a qualquer outra existência criada na sua
essência.
A
antevisão do instante que antecede o presente, para uma
individualidade qualquer que seja (na forma de um "Tempo"
apenas) é possível para a criatura.
Basta
apenas, estando no presente, traçar uma linha até o passado
imediatamente após o "Tempo" presente (ele é
conhecido historicamente) e levarmos esta mesma linha de forma reta
na direção próximo "Tempo" no futuro; é este
"Tempo" futuro resultante que conterá a visão do
próximo presente ainda não acontecido.
A
questão é que isso simplesmente pode não funcionar como uma
verdade ou uma realidade e há dois motivos para que isto seja
verdadeiro.
Primeiro:
o futuro não é necessariamente o próximo "Tempo"
em alinhamento reto e imediato entre o seu "Tempo"
passado consecutivo ao seu "Tempo" presente e
antecedente, a reta é apenas uma das infinitas formas da “linha
de tempo da criação”.
Segundo:
o futuro da individualidade está irremediavelmente ligado e é
indissociável do contexto que é o todo que o rodeia, o seu próprio
universo.
No
entanto o seu próximo futuro será necessariamente um dos infinitos
"Tempos" futuros imediatamente consecutivos ao seu
"Tempo" presente único e real.
A
sucessão de unidades fundamentais da criação justapostas
consecutivamente varia ao infinito partindo da (e na) criatura em
evidência, é esta sucessão que vai determinar as características
e propriedades da mesma durante a sua materialização no instante do
"Tempo" presente,
posto que a criatura ora em causa além de ser uma individualidade é
também um subconjunto com infinitos outros "Tempos"
e (ou) subconjuntos, na conjuntura total da criação e por isso tem
o seu futuro e o seu passado ligado e entrelaçado ao seu próprio
universo.
Em assim
sendo, o futuro de qualquer elemento da criação não depende
exclusivamente da vontade (consciente ou não) do referido elemento
mas será conforme determinou o elemento mais a somatória das
variações exigidas pelo universo em que este elemento estiver
inserido.
A
consequência disto é que o futuro de qualquer elemento da criação
não será exatamente aquilo que o elemento quiser que seja mas sim,
o mais perto possível da soma do poderio da sua "Vontade"
(consciente ou não) e do poderio da "Vontade"
(consciente ou não) ou necessidades do meio (universo) em que esta a
existir.
Esta
realidade torna infinitamente impossível uma visão “artificial”
e antecipada do futuro preciso de um único elemento qualquer dentro
de um subconjunto, assim como do mesmo subconjunto dentro do universo
total da criação.
Mas isto
não inviabiliza uma viagem pela “linha do tempo da criação”
para o futuro ou para o passado, apenas torna infinitamente complexa
qualquer viagem a um futuro ou a um passado desde que especificamente
determinado no tempo, no espaço e na criatura, posto que a realidade
determinada como alvo foi composta por “n” elementos reais dentro
de um contexto universal que não mais existe (se é que existiu) na
realidade, que foi ou será em um dado momento o "Tempo"
presente do visitado em seu universo.
As
consequências práticas desta premissa é que aonde quer que se vá
na “linha do tempo da criação” para o futuro ou para o
passado, não estaremos realmente no futuro ou no passado que
desejaríamos ou imaginaríamos estar, mas sim em uma variante do
"Tempo" presente ou em uma realidade variante,
alternativa, de "Tempo" do viajante e que esta
realidade, este presente, não será com toda certeza a mesma
realidade ou o mesmo "Tempo" presente que existiria
ou aconteceria no universo em que o viajante existia se este não
tivesse se movido, “artificialmente”, pela “linha do tempo
da criação”.
Uma
coisa apenas seria certa nesta Odisseia: uma vez que se tenha
deslocado pelo tempo de forma “artificial”, não será mais
possível voltar ao seu "Tempo" presente (o instante
em que partiu para esta viagem) que seria verdadeiro se estivesse se
mantido na sua forma “natural” de deslocamento pela “linha
do tempo da criação”; este "Tempo" será
para o viajante agora um "Tempo" passado e preciso ao
infinito, logo impossível de ser recriado “artificialmente” pela
criatura.
Desta
forma resta ao viajante apenas o conhecimento de uma existência, um
universo que não pode mais ser concebido ou atingido artificialmente
(salvo em uma conjuntura idêntica no tempo e no espaço pertinente,
única ao evento desejado) e por fim a existência de infinitas
realidades possíveis; de infinitos "Tempos"
presentes em infinitos universos distintos, que podem ser
transformados em realidades por artifícios criados pela criatura
além daquela realidade que agora é o seu universo presente.
O
universo da criação só existe para a criatura enquanto a criatura
existir dentro dele, no entanto a inexistência da criatura não o
anula, não o destrói nem o modifica mas anula destrói e (ou)
modifica a realidade e o universo relativo à criatura como uma
identidade.
Contudo,
este evento coloca o universo da “criatura extinta” no "Tempo"
passado em “n” outros universos da criação (todos os que
estavam ligados à mesma), o seu "Tempo" passado, o
seu "Tempo" presente e o seu "Tempo"
futuro, são agora conjecturas, ou história em outros universos da
criação que não o seu atual.
A
criação não pode ser anulada, destruída ou modificada senão pela
"Ação" da "Vontade" na extinção,
anulação ou modificação do "Tempo" em sua
essência logo, a criatura não pode extinguir, anular ou modificar a
criação que é ou faz parte, visto não ter nenhum poder sobre a
“Vontade”, “Ação” ou “Tempo”,
fundamentais na (e da) sua criação.
A
Criação
Toda
criação na sua forma mais simples possui os três elementos
básicos: a “Vontade”, a “Ação” e o“Tempo”.
Toda a
criatura tem uma “Vontade”, é capaz de uma “Ação”
e existe em um determinado “Tempo”.
Toda a
criação só existe materialmente, única e exclusivamente no
“Tempo” presente e no universo que lhe é pertinente
quando observado ou consciente de si.
Cada
“Tempo” presente, em seu momento de materialidade, é
único na criação e por consequência é único igualmente em cada
uma das partes que compõe a criação e não se repete em momento
algum por toda a criação, em qualquer uma de suas partes, sejam
elas quais forem ou onde estejam no tempo e no espaço.
A
criação, como uma identidade, fora do “Tempo” presente
não faz sentido; visto ser uma “Vontade”, uma “Ação”
e um “Tempo”, fora do “Tempo” presente,
elementos atemporais na “linha de tempo da criação” seja
ela qual for; tenha ela a forma que tiver; indo ou vindo ela de
qualquer direção ou ainda se mostrando e (ou) se portando ela, de
qualquer forma que seja, no tempo e no espaço.
A
criação em cada um de seus componentes possui em sua formação a
tríade fundamental em quantidade infinita e é a união infinita
destas tríades que dá à criatura, em seu momento de realidade,
todas as características que lhes são únicas no universo onde é
observada ou consciente de si, e por consequência no universo da
criação.
É no
instante da realidade material (único e exclusivo) que a criatura,
seja ela qual for, em qualquer tempo ou espaço e sob qualquer
hipótese, exerce a sua vontade em forma de ação na “linha do
tempo da criação”.
Com isso
passa a ter um futuro, ou seja, infinitas sequências de “Tempos”,
onde apenas uma e somente uma sequência, se tornará em algum
momento o “Tempo” presente e por isso também será a
sequência de “Tempos” que se tornará “Tempo”
passado (história) no mesmo instante para a criatura em causa e
somente para ela.
Assim
como há infinitos universos para cada criatura, não há dois
universos iguais para cada criatura, e não há duas criaturas iguais
em por toda a criação.
Cada
criatura da criação só existe como uma individualidade em um
universo de cada vez e (ou) para um observador de cada vez apenas;
mas isso não impede da mesma existir, ao mesmo tempo por todos os
universos onde tem consciência de si ou onde haja um único
observador para interpretá-la; por isso cada uma das criaturas em
sua individualidade pode existir por toda a criação ao mesmo tempo.
Posto
que cada criatura é e tem o seu próprio universo consciente e só
nele exista individualmente, a interação entre criaturas da criação
(aparentemente em um mesmo universo) só pode existir materialmente
quando estas consciências únicas tornam-se realidade, ou seja, no
“Tempo” presente do conjunto de seus universos.
A
configuração material resultante das criaturas materializadas e por
consequência da criação na mesma forma e medida é que permite a
interação das mesmas em um determinado universo; saliente-se que
esta interação não seria possível se o “universo composto” em
causa (bem como a criação como um todo e em suas partes coletivas)
não possuísse o seu “Tempo” presente próprio, único e
exclusivo cada uma de-per-si.
È
possível viajar pela “linha de tempo de uma determinada
criatura” em especial, desde que seja possível recriar, sem
uma única falha sequer, todo o universo em que ela esteve inserida
no referido momento.
Exceção
feita ao caso específico citado acima, cuja possibilidade de ser
executada pela criatura (artificialmente) é praticamente nula,
qualquer viagem temporal é possível desde que se compreenda que na
realidade o viajante está apenas mudando de universo, indo direto
para apenas um dos infinitos universos possíveis para a sua
individualidade.
A
história, bem como o futuro do viajante neste universo nunca será
igual ao que seria no universo de origem; mesmo assim a sua
existência permanecerá incólume neste novo universo, mas deixará
de existir como uma realidade individual e única no anterior onde
ela (a criatura) será apenas um momento histórico no contexto de um
único e exclusivo “Tempo” passado visto neste universo o
viajante não estar mais em evidência.
“Vontade”,
“Ação”
e “Tempo”
“Vontade”,
“Ação” e “Tempo”, são conceitos primitivos
quando “tijolos fundamentais da criação” e não possuem
formas ou medidas concebíveis salvo no âmbito do intelecto de cada
criatura.
A
“Vontade” se manifesta na “Ação” que por sua
vez se materializa em um determinado “Tempo”.
Nem toda
a “Vontade” se manifesta; nem toda a “Ação”
se materializa mas todo o “Tempo” se concretiza em algum
momento no correr da “linha de tempo da criação”.
A
“Vontade” é indefinível em sua origem e em seu fim; a
“Ação” é determinante em seu principio e em seu fim; o
“Tempo” é inconcebível ao inicio da criação, mutável
durante e por toda a criação e inexistente ao final da mesma.
A
“Vontade” e a “Ação” juntos são a vida,
unidas ao “Tempo” é a vida inteligente e quando em
“movimento”, esta tríade é a criação.
Toda e
qualquer criação é sempre vida.
Não faz
sentido atrelar à “Vontade”, à “Ação” e ao
“Tempo” um sentido de velocidade ou tempo em seus labores,
a velocidade e o tempo é uma criação; a ideia de velocidade e de
tempo é apenas uma resultante para a ação de eventos pertinente à
criação quando materializados, observados ou conscientes de si em
sua existência física.
Mesmo
assim é lógico afirmar que cada uma das três “partículas”,
individualmente ou em conjunto, atingem na execução de suas
potencialidades uma velocidade infinita em qualquer sentido ou
direção para qualquer hipótese e isto ao seu exclusivo critério,
em total conformidade com as suas necessidades e objetivos.
A ideia
de velocidade e de tempo dentro dos parâmetros da criação não tem
limites ou formas, são apenas uma das muitas resultantes da criação
em ação dentro de seu meio, em desenvolvimento ou em ação dentro
de um contexto que lhe é próprio.
Dada à
consistência, a coesão e à precisão do universo conhecido é
lógico afirmar que a “Vontade”, a “Ação” e o
“Tempo”, sendo iguais cada uma de-per-si a todas as outras
em essência, não são iguais como resultante por toda a criação
após a mesma.
Também
é lógico afirmar (ainda em função do universo conhecido) que
mesmo assim: sendo a tríade de “partículas fundamentais”
todas iguais em sua individualidade e isto por todo o universo, não
há igualdades materiais resultantes no conjunto final observado e
(ou) consciente de si mesmo na criação.
Considerações
Finais
Considerando
o que foi escrito pode-se dizer que a viagem temporal da criatura é
possível desde que observados todos os parâmetros específicos que
envolvem o evento.
Em
função da composição fundamental das criaturas, toda e qualquer
viagem no tempo por parte delas é necessariamente uma mudança de
universo, mesmo quando esta permanecer estritamente dentro dos
parâmetros da “linha de tempo natural da criação” para si mesma ou um determinado observador.
Ainda em
função da composição fundamental da criatura, também pode-se
dizer que a visão do tempo futuro e (ou) passado por parte da
criatura em seu “Tempo” presente é possível desde que
observada as mesmas regras da viagem temporal, mas a referida visão
não implica em uma mudança de universo visto que a criatura não
necessita para isso deixar em momento algum o seu próprio universo
para este evento.
A visão
de eventos temporais se firma na propriedade que a criatura tem de
existir em mais de um universo simultaneamente como consciente de si
mesma e (ou) na visão de um outro observador não pertinente ao seu
universo temporal; esta propriedade por sua vez está estribada sobre
a sua constituição fundamental como criatura.
A visão
do passado não é feita como na viagem temporal ao mesmo e sim
fundamentada na premissa que o passado é histórico ao elemento
visitado e portanto passível de ser visto pela história do visitado
em todos os seus detalhes e com isso não necessitando da alocação
perfeita e total dos elementos que compunham aquele momento do
visitado por parte do visitante.
A visão
do futuro por parte da criatura sofre as mesmas restrições e
propriedades da viagem no tempo ao futuro com a diferença de que não
será necessariamente uma mudança de universo por parte do viajante mas isso não afeta a relatividade do mesmo para a sua possível realização.
A
criatura é um aglomerado de partículas fundamentais, organizadas de
maneira ímpar e própria, com um certo grau de intensidade adesiva
entre si e propriedades únicas.
A
criatura única, existe em um subconjunto de igual formação básica
e único, composto de “n” outros subconjuntos de igual formação
mas com densidade, organização e formação diferenciada ao
infinito para o modelo em evidência.
A
criatura em sua forma fundamental compartilha e é compartilhada, não
só no meio onde existe como também por toda a criação.
Ler
não e Ruim, Ruim e ão Ler (Читать не вредно. Вредно
не читать)
Anastasia
Gorbunova (editora Eksmo - Russia)
A
criatura que existe simultaneamente por toda a criação em seus
infinitos momentos de consciência, só é observada isolada e única
dentro do universo consciente de cada observador individualmente como
também o é, por si mesma, no único universo que para si estiver em
evidência em um dado momento da criação; fica sendo neste contexto
que a criatura compartilha e é compartilhada com todos os outros
universos do subconjunto da criação onde ela sempre existe nos
“Tempos presentes”.
A
criatura que deixa de existir materialmente em um dos infinitos
universos disponíveis para si mesma, não teve extinto o seu próprio
universo mas sim finita a sua existência no universo de um ou mais
dos observadores envolvidos no evento, no entanto, continua a ser um
fato histórico e verdadeiro nos universos dos envolvidos como um
“Tempo” passado ou um “Tempo” futuro.
A
mudança da criatura de um universo para outro implica
necessariamente na aglutinação de identidades posto que esta já
existe onde quer que pretenda ir e continua a existir no local de
onde tenha partido.
Fica
portanto definido que a criatura não pode extinguir-se a si mesma,
ou ser extinta por outra criatura da (ou na) mesma criação qualquer
que seja ela e sob hipótese alguma posto que a criatura, seja ela
qual for, não tem nenhum domínio ou conhecimento sobre as
“partículas” da composição fundamental da criação, além do
fato de que este evento, real e definitivo, se localizar em um
“Tempo” diferente
do “Tempo”
presente e nunca consecutivo ao mesmo para qualquer que seja a
direção tomada a partir daí e por isso inatingível pela criatura
que existe dentro da “linha de tempo natural da criação
como um todo”.
Só a criação como um todo tem a consciência do seu “Tempo princípio" e
do seu “Tempo final" por isso é a única que pode atingir estes “Tempos”
em suas individualidades, cada um por sua vez ou não, na forma de um
conjunto de “Tempos” ou em sua totalidade na criação.
A criatura é na verdade uma forma de consciência única e
individual, logo imaterial e atemporal.
Eu até posso imaginar um outro universo da criação (e até mais que isso também) diferente do universo em que existo mas não consigo ver intelectualmente, uma maneira de interação, com algum sentido lógico, prático ou necessário das criações entre si, salvo através dos seus Criadores.
(O
Criador e a criatura; cada um à sua maneira, do seu modo e no seu
tempo, compartilham, vivem e convivem em um mesmo universo da
criação. Mkmouse)
São Paulo,
SP, 09 / 17 de maio de 2012
Mkmouse
Um comentário:
Caro colega, fantástica a tua colocação! Inclusive, o teu raciocínio acho muito mais lógico do que a colocação do Dr. Atkins naquele debate (vídeo enviado por email) sobre a existência de Deus. Em termos de criação do Universo, como partir do pressuposto da existência do "Nada" para uma criação? Como haver a criação sem a "vontade", sem a "ação"? Puxa, caro Mr. Mk.Mouse, que cérebro pensante o senhor tem, eu heim? Infelizmente por isso mesmo o senhor NÃO vai ganhar título de Doutor Honoris Causa de uma Universidade, viu? Aqui no Brasil é assim...Um grande abraço cheio de admiração. Lavanah
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