Cantiga para Ninar e Recordar
Se esta hora, se esta hora fosse minha.
Eu mandava, eu mandava que parasse,
Que parasse e ficasse bem quietinha
Para eu ver, para eu ver você que nasce
E nos passos, e nos passos seus tão curtos
Que se arrastam, que se arrastam pelo chão.
Andam lentos, mais velozes que o susto
Que nos pregam e nos pegam bonachão.
Ah!... Se o tempo, se do tempo meu presente
Eu pegasse, um instante tão somente.
Eu faria deste instante a semente
Desta hora, eternamente florescente.
Mas o tempo, este tempo inclemente
Não vacila, nem oscila tão somente.
Bate e volta, bate e volta como sempre
Mas nunca, bate e volta como a gente.
Estes dias, estes dias vão ficar
No passado, num passado mui distante.
E eu queria, eu queria então marcar
Este tempo, este momento tão infante
Mas é a hora, é a hora de calar
Não sem antes, não sem antes recordar
Um momento, um momento peculiar
Depois então, só então silenciar.
É na fala, é na fala que se grava
E recorda, e recorda tal figura
Que pequena, tão pequena então estava
Que o dedo de uma mão só segurava.
E neste dia, neste dia tão sereno
Um passeio, um passeio foi querendo
E mão no dedo, e mão no dedo segurando,
Fomos os dois, só nos dois então andando.
***
Se esta hora, se esta hora fosse minha.
Eu mandava, eu mandava que parasse,
Que parasse e ficasse bem quietinha
Para eu ver, para eu ver você que nasce
E nos passos, e nos passos seus tão curtos
Que se arrastam, que se arrastam pelo chão.
Andam lentos, mais velozes que o susto
Que nos pregam e nos pegam bonachão.
Ah!... Se o tempo, se do tempo meu presente
Eu pegasse, um instante tão somente.
Eu faria deste instante a semente
Desta hora, eternamente florescente.
Mas o tempo, este tempo inclemente
Não vacila, nem oscila tão somente.
Bate e volta, bate e volta como sempre
Mas nunca, bate e volta como a gente.
Estes dias, estes dias vão ficar
No passado, num passado mui distante.
E eu queria, eu queria então marcar
Este tempo, este momento tão infante
Mas é a hora, é a hora de calar
Não sem antes, não sem antes recordar
Um momento, um momento peculiar
Depois então, só então silenciar.
É na fala, é na fala que se grava
E recorda, e recorda tal figura
Que pequena, tão pequena então estava
Que o dedo de uma mão só segurava.
E neste dia, neste dia tão sereno
Um passeio, um passeio foi querendo
E mão no dedo, e mão no dedo segurando,
Fomos os dois, só nos dois então andando.
***
A foto mostra uma escultura que esta no Colorado em Loveland, no Benson Sculpture Garden
2 comentários:
Pai,
É um bonito poema. Parabéns!!! Muito comovente e bonito mesmo.
Beijos,
Sua filha.
Ficou linda a foto, pai.
Beijos.
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