Ameaças e
intimidações, terrorismo e “cala bocas”, em anonimato direto ou
indireto, através de terceiros ou não, por força de lei ou não,
são as armas de todos os que não possuem argumentos ou se quer
imaginação para defender com honra e decência as suas posições
em qualquer que seja o contexto, são as armas preferidas, únicas
por sinal, da ignorância plena, irrestrita e confessa.
O uso destas armas é
uma confissão completa de despreparo, de falta de civilidade e de
desrespeito à lei vigente neste país; é também, um claro
desrespeito à liberdade em todos os sentidos além de prova
incontesta de libertinagem e não, de liberdade.
A liberdade custa
caro, implica em obrigações e respeito ao direito alheio, ela só
pode existir se devidamente assentada na lei e na moral, ela não
sobrevive se não houver Ordem e não tem futuro se não houver
Progresso.
Os direitos do
cidadão e do homem não é Verde, Amarelo, Branco ou Negro é um
arco iris sem extremos esmaecidos e a justiça existe exatamente para
que todas estas cores brilhem sempre que for necessário, não existe
direito sem o cumprimento de obrigações, ambos formam uma parelha
indivisível, inseparável, inalienável, incondicional.
O comunismo está
fundamentado nas desigualdades físicas e sociais,
contraditoriamente, tem como objetivo a igualdade de todos e por todo
o planeta, mas enfim, o que vem a ser a igualdade?
Eugene Delacroix's
Liberty Leading the People
Para responder a esta
pergunta voltei-me para a minha biblioteca, tomei o texto de um
discurso escrito em 1920, lido pelo professor Reinaldo Porchat na
faculdade de Direito do Largo São Francisco cuja atualidade é sem
dúvida impressionante e transcrevi a resposta almejada na sequência:
“…
A parte da natureza varia ao infinito. Não há, no universo, duas
coisas iguais. Muitas se parecem umas às outras. Mas todas entre si
diversificam. Os ramos de uma só árvore, as folhas da mesma planta,
os traços da polpa de um dedo humano, as gotas do mesmo fluido, os
argueiros do mesmo pó, as raias do espectro de um só raio solar ou
estelar. Tudo assim, desde os astros, no céu, até os micróbios no
sangue, desde as nebulosas nos espaço, até aos aljôfares do rocio
na relva
dos prados.
A
regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos
desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade
natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são
desvarios da inveja, do orgulho, ou da loucura. Tratar com
desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria
desigualdade flagrante, e não igualdade real. Os apetites humanos
conceberam inverter a norma universal da criação, pretendendo, não
dar a cada um, na razão do que vale, mas atribuir o mesmo a todos,
como se todos se equivalessem.
Esta
blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a
humanidade, é a filosofia da miséria, proclamada em nome dos
direitos do trabalho; e, executada, não faria senão inaugurar, em
vez da supremacia do trabalho, a organização da miséria.
Mas,
se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais,
cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as
desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança.
Tal a missão do trabalho.
Os
portentos, de que esta força é capaz, ninguém os calcula. Suas
vitórias na reconstituição da criatura mal dotada só se comparam
às da oração....”
Oração
aos Moços - Ruy Barbosa de Oliveira (1849 – 1923), Jurista,
político, diplomata, escritor, filólogo, professor, tradutor e
orador brasileiro.
Este discurso deveria
ser leitura obrigatória em todos os níveis escolares deste meu
Brasil
Um dia, se a
sociedade de uma vez por todas execrar de si mesma estes Vândalos
dos direitos e deveres humanos, estes Átilas da moral e da ordem,
estes “Tranca Ruas” do progresso e do futuro da humanidade, nós
realmente seremos cultos, livres e iguais à vista de todos os homens
e de Deus.
“O Brasil é vivo,
Deus salve o Brasil!”
São Paulo, 11 de Março
de 2014
Mkmouse
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