segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Banda


Um Rato é um Rato.

Ratos não tem crenças políticas, religiosas, raciais, ideológicas, científicas, etc.

Um Rato é apenas um Rato, é antes de tudo um invisível sobrevivente.

Estava eu em minha fortaleza (toca), quando comecei a ver e ouvir uma série de notícias de distúrbios no oriente médio, crentes islâmicos em revolta estavam queimando coisas, enfrentando a ordem local e matando pessoas, tudo porque alguém, em algum lugar, havia produzido um filme e neste, o profeta Maomé era motivo de piada.

Este roedor, por isso, saiu a cata do motivo da celeuma e consegui encontrá-la.

Olha, o filme (se é que isso é um filme) é de um mal gosto tão exacerbado que até o próprio Lúcifer ficaria com inveja de não ter pensado em algo como aquilo para aprimorar o esquema de torturas do inferno, quem o fez ou o financiou é certamente é uma criatura inferior, vil e desprezível, eu só consegui ver no máximo uns 4 minutos e sai fora deste lixo de visão mas guardei a porcaria só para lembrar-me de que uma refinada merda, como este filme, só pode sair de uma bunda e não de um cérebro humano.

Voltei então os meus olhos para o mundo islâmico.

EM NOME DE ALLAH, O MISERICORDIOSO


Percebi que as ocorrências também não tinham consistência, explodiam alhures, não tinham um comando visível, uníssono.

Para esta criatura que vos escreve, com certeza aquilo não era o verdadeiro Islã, mas certamente eram incentivados (motivados) por pequenos crentes, fracos na fé e seguramente com intenções inconfessáveis.

Deveras, pelo pouco que meu estomago permitiu ver, o horroroso filmeco, este não só ofende o profeta do Islã, mas é também uma ofensa a qualquer tipo de arte, ou conceito artístico; é tão imbeciloide a infame película que nem mesmo fazia sentido algum a ofensa, uma ofensa sem um sentido para existir.

Quem fez este filme realmente deveria estar em uma camisa de força, em uma cela acolchoada, vigiado diuturnamente, a pão e água e não andando por ai como se fosse alguma pessoa humana.

Eu conheço criança com menos de dez anos fazendo filmes melhores com um celular vagabundo e usando bichinhos de pelúcia.

Por fim, eu não consegui reconhecer o Islã, nas manifestações que pipocaram pelo mundo.

Agora que a porcaria fedeu veja só como a coisa ficou.

Tirar o filme da internet (como se isso fosse possível) vai contra o principio da liberdade de expressão (nos EUA) e por isso certamente vai estar fora de questão; se o mundo islâmico proibir a veiculação do mesmo em seus domínios, o resto do mundo e todos os que tem algo a ganhar comercialmente (e são muitos) com a abertura do Islã para o mundo ocidental vão taxar (rotular) o mundo islâmico de tirânico, satanista e tudo mais que possa influenciar o populacho ocidental a concordar que a democracia e a liberdade do capitalismo norte americano é o melhor para o Islã também.

Coisinha enrolada não, mas politicagem é assim mesmo e é por isso que eu sempre digo, político bom é político morto; há exceções, é lógico, mas não conheço nenhuma nos dias de hoje, em nenhum lugar deste planeta e as que eu conheço estão mortas, quando não foram assassinadas publicamente, morreram em acidentes inexplicáveis.

Haliaeetus leucocephalus - águia de cabeça branca

Você acha que a coisa fica por aí?

Fica não.

Olha só esta opção para por um fim na confusão.

Se o Islã requer a extradição do(s) insultante(s) para o ser(em) julgado(s) pelos insultados, vai receber a seguinte resposta:

- “Isto é um absurdo, ele(s) não teria(m) ali um julgamento justo.”

Sem contar com as barreiras do direito internacional e os acordos políticos (impublicáveis) feitos e não feitos entre as nações envolvidas que justificarão a negação do pedido de uma forma legal entre as partes, para com isso gerar algo real a ser exibido triunfalmente ao público envolvido sobre a tão famosa liberdade e democracia americana.

Agora veja só como as coisas realmente são.

Um débil mental (como sempre) sem ligações com o governo de um país, sendo ou não nativo do mesmo mas com cidadania dada e reconhecida pelo pelo país em causa consegue ofender uma pessoa em um outro país e só Deus sabe como, isso vira um incidente internacional com graves consequências.

Quando se tenta por vias legais punir o agressor, descobre-se que isso não é possível, o país onde ele está não o punirá pois isso feriria a liberdade de expressão, extraditá-lo não seria possível, posto que julgamento justo só existe em seus domínios legais ou em algum outro lugar do mundo desde que, sob a sua tutela legal.

Agora vem o mais engraçado, o circo político, o “dois pesos e duas medidas.”

Um celerado se esconde debaixo das azas da Águia Careca e por isso pode fazer o que bem entende, certo ou errado, sem nenhuma punição desde que não faça isso contra o dono do emblema que o protege, mas se uma pessoa qualquer em qualquer canto do mundo em um estado não integrante ou subordinado dos EEUU fizer algo que perturbe o capitalismo americano, não há dúvidas que será severa e exemplarmente punido e como exemplo disso eu cito o site Megaupload.

Eles tinham a sua sede em Hong Kong, resolveram ser “expertos” e foram curtir a vida fora da austeridade chinesa (na libertinagem ocidental) e quando caíram nos domínios (não oficiais) do governo norte americano, deu nisto aí abaixo:

O Megaupload hoje 24-09-2012

Mas pode existir algo que pode ser ainda muito pior; vocês conhecem a música, A Banda de Chico Buarque?

Conhecem, bom...

A letra da musica eu coloco abaixo.

Se forem feitas algumas alterações (que eu não fiz) para indicar os eventos que mencionei anteriormente a letra da música se torna realmente um motivo de preocupação.

A Banda
Chico Buarque

Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas, parou
Para ver, ouvir e dar passagem

A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela

A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor

Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou

E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...

Estou muito interessado em saber o que na realidade significa tudo isso; o que está sendo realmente orquestrado pelo mundo a fora; o que está acontecendo na realidade e que não foi, ou não está sendo visto por nós, simples mortais.

É... Fui...

São Paulo, 29 de Setembro de 2012

Mkmouse



Nenhum comentário: