O mundo todo vive sob a égide do capitalismo, qualquer outro substantivo para uma organização social humana é um mero termo semântico, é uma denotação quando ideia mas na realidade do homem é uma conotação quando verdade de vida, quando realidade na prática ou na vida do cidadão, é uma conotação na vida e na existência do homem; finalmente, é uma conotação quando no dia a dia em uma sociedade qualquer.
Todo regime político, seja ele qual for, tem os seus pés estribados em uma conotação.
Todo regime político está montado na besta do capitalismo, ao qual o povo está atrelado como um simples arreio, a suportar não só o seu peso mas também o peso do sustento da fera, é este arreio que o mantem em equilíbrio enquanto alguém, não ele mesmo e nem os seus representados ou simpatizantes, guia esta babilônica animália pelas rédias do prazer e do poder para um destino ignoto através do caminho mais lucrativo: o consumismo
O consumismo exacerbado e compulsório de tudo que é barato e ruim por um preço relativamente astronômico, neste capitalismo, aplicado no mundo todo, o comprador ou o vendedor da muito só para nada ter de real valor.
Existem três princípios básicos e elementais a condicionar a espécie humana desde os seus mais remotos primórdios:
Primeiro princípio:
Tudo no universo da criação é passível de ter um preço.
Segundo princípio:
Tudo no universo da criação é passível de ser vendido e comprado.
Terceiro Princípio:
Tudo no universo da criação, bem como seus valores, são relativos.
Por mais que a sociedade humana queira negar, ocultar ou matar estes princípios, eles sobrevivem e o fazem a tanto tempo quanto é o tempo da existência do homem na Terra e mais especificamente ainda, desde o início da existência de vida na Terra.
Negar, ocultar ou mascarar o obvio, parece ser a mais comum das características do caráter humano.
É no terceiro princípio que o capitalismo que vivenciamos está apoiado e é mantido vivo.
No princípio, a criatura negociava com outra criatura e ambas as duas chegavam, ou não, a um acordo quanto ao valor de determinada coisa da criação; isto é ainda hoje em dia visto no comportamento entre infantes na mais tenra idade.
Em algum momento no tempo e no espaço da Terra descobriu-se que uma pessoa podia ganhar mais, ter lucro por uma determinada coisa da criação induzindo o vendedor a crer que o seu objeto de escambo valia menos do que ele dizia e o pior, menos do que o que o comprador estava querendo pagar.
Com o passar do tempo e o tremendo sucesso para os compradores e os vendedores na primeira trapaça os mesmos se perguntaram:
Se podiam lucrar deste jeito porque não podiam lucrar mais ainda?
Neste dia o que era relativo para todos e em todo o universo da criação, passou a o ser apenas para uns poucos aqui na (e da) Terra.
Foi inventada a moeda de troca, o dinheiro!
A partir deste dia, o que era relativo para todos passou a ter um valor comum e indiscutível para todos e assim, o que era um valor relativo mas real, virou um valor absoluto mas irreal.
O valor absoluto da coisa passou a a ser condicionado à subjetividade, à um conceito empírico onde uma coisa de valor menor ou irrisório em poder do comprador, pode substituir algo de valor maior que o vendedor mantém em seu poder e que pode ou não estar propenso a trocar, vender.
Resumindo...
O valor da coisa ou a coisa em si já não tem mais importância alguma, o que tem importância e real valor é algo que na realidade da criação não tem importância, valor nenhum ou valor irrisório mas que a “sociedade” definiu (subjetiva e intencionalmente) como algo de muito valor, acumulável e em alguns casos até mesmo com muita facilidade além de ser muito fácil e prático para se guardar ou transportar.
Como chegamos a um absurdo destes?
Simples.
Partimos do princípio que é muito mais fácil, prático e barato ter um monte de papel colorido em casa para negociar com algo do que ter um monte de vacas mugindo em um curral para o mesmo fim.
Antigamente no universo da criação terrestre tudo e todos sempre tinham alguma coisa ou algum valor, hoje em dia e no mesmo lugar do universo mais de noventa por cento das criaturas humanas (se não abrirem os olhos) não serão donas nem mesmo do ar que precisam respiram para viver, visto já valerem (por cabeça) menos que o gado em um curral.
São Paulo, SP 11 de Abril de 2012
Mkmouse
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