quarta-feira, 23 de junho de 2010
O Banquete
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Um Obscuro Vislumbre Do Caos
Estava eu cá, completamente absorto em meu cotidiano buscando um aparato de informática por mim a pouco devidamente arquivado e que no entanto e apesar disto, tinha domicilio incerto ou ignorado; notei então o meu lugar todo limpinho, arrumadinho, ordenado com uma precisão que eu posso dizer perto do obsessivo até mesmo ousar afirmar: a caminho do divino e foi aí que compreendi a minha terrível situação: havia sido eu mesmo que assim o deixara logo não tinha a quem culpar, senão eu mesmo, pelo paradeiro ignorado do artefato!
Naturalmente frustado pela falta de alguém para culpar pelo meu infortúnio, enquanto fazia vans tentativas para me localizar no tempo e no espaço, meditei sobre o tema.
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E eis que, tive por fim, um obscuro vislumbre do caos!!!
…
É realmente digno de Deus tamanho altruísmo para com os Humanos, os Humanoides (seja la o que for isso) e os E.T.s (isso eu sei o que é) abster-se da mais completa das perfeições só para que as criaturas pudessem se localizar no tempo e no espaço, para que elas pudessem existir.
Eu, só por ter a minha mesa arrumado com uma pitada de obsessão fiquei à beira de um colapso por me sentir sem referências, imagine só como seria se a mais completa das perfeições estivesse ao meu alcance!
È, me sinto um felizardo porque vivo em universo onde a luz é a exceção e o frio (dos mais mortais) é a regra e onde o caos realmente faz muito sentido; mesmo porque o fato de o universo ser assim para o meu cotidiano cá na Terra não tem a menor importância, não faz a menor diferença.
As criaturas nascem e enquanto vivem, crescem e por fim morrem, esta ordem é seguida no planeta Terra por tudo e por todos e pelo que tudo indica também o é pelas estrelas e seus sistemas, pelas fantásticas galáxias do universo conhecido e todos no seu devido tempo, é por isso que disse que pouco me importa se o universo em que vivo é quente ou frio, é escuridão ou é luz, eu vivo na Terra, sou cria da Terra qualquer outra opção de vida fora deste ambiente me confinará e com o tempo certamente me transformará em algo novo e sinceramente, eu não sei se vou gostar disso.
As vezes eu tenho a nítida impressão que nem mesmo somos “filhos” do planeta Terra dado à fragilidade de nossos corpos mesmo em nosso ambiente natural mais brando, precisamos de roupas para nos proteger das intempéries mais comuns e amenas o que ao meu ver, salvo por questões sociais, deveria ser desnecessário.
“...Olhai os lírios nos campos e os pássaros no céu...”.
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É agora familiar de novo a minha mesa, assim como era antes do princípio, sei onde tudo está e isso graças ao o bom e velho caos; estou vivo novamente!
Viver é bom mas viver sem sofrimentos é melhor no entanto, muito melhor ainda...
É viver!!!