quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Os Dilemas De Um Rato
Cansado de outras guerras, quis um dia deixar o mundo malvado onde tudo é pago em vil metal ou, em ignóbil permuta onde só alguns ganham sempre e sempre.
Notou este pobre mamífero, que tinha dores de cabeça por causa de erros alheios (além dos seus próprios), que era empurrado para um “maravilhoso mundo novo” , o que até chega a ser natural, mas não por uma necessidade evolutiva também natural mas sim, para dar lucro a só Deus sabe quem sem com isso sequer crescer um mínimo imaginável, que recebia constantemente problemas dos mais improváveis que saiam do nada e que no final das contas me levavam a lugar nenhum, e todos estes presentes recebia-os eu, não de gregos, com uma agravante: estava, querendo ou não, pagando para tê-los!
Perdeu este roedor um tempo inimaginável pesando sobre os prós e os contras de uma migração para um novo sistema onde tinha tudo o que o anterior me dava mais uma vantagem...
Eu não tinha que pagar por nada, não tinha que comprar a última geração de nada e nem tinha que aturar fabricantes gulosos por lucros a qualquer preço me dizendo que este produto é coisa do passado, se quiser que isso funcione: compre o novo; segue abaixo o natural monólogo.
- “Pô, meu...”
- Comprei isso “ontem”, já está obsoleto e eu que me "dano" comprando tudo de novo?
Este novo sistema me colocaria em um “mundo novo”, aparentemente desconhecido, onde as asas da imaginação seria o horizonte mais próximo e não utópico, e a um custo que senão nulo, dentro dos parâmetros possíveis para um roedor normal e não fictício, que enfrenta uma realidade às raias do brutal e não quer, além de não achar “legal”, ser parte, subconjunto, de uma massa de manobra absolutamente ignota, mas grande consumidora de tudo e nada mais.
Como eu escrevi a parágrafos atrás, perdi tempo!
A minha ignorância e as regras impostas subliminarmente em meu pequeno e frágil cérebro, me mantinha preso a conceitos no mínimo medievais, posso até citar alguns:
a-) Não posso mudar porque todos os que conheço não usam este sistema, posso ficar isolado.
b-) Não posso mudar porque o profissionalismo usa e eu preciso trabalhar.
c-) Não posso mudar porque... porque... porque...
d-) Etc... Etc... Etc...
Veja aonde esta ignorância estava me levando
a-) Cada “dia” que passava, menos eu podia fazer porque não podia “comprar o novo”.
b-) No afã de vender, vender e vender dos fabricantes, eu estava sendo marginalizado, me excluíam inexoravelmente da vida só por não poder comprar.
d-) E ainda, para completar a piada em que me estava tornando, me convenciam que o “novo, desde que pago,” é o melhor, o mais bonito e por isso eu era melhor, mais bonito e mais rico!
O que eu não estava vendo era o seguinte:
a-) Pelo sistema tradicional, o certo, o melhor, o mais evoluído eu estava caminhando para a falência física, moral e intelectual além de monetária.
b-) Pelo novo sistema eu até posso, eventualmente, não saber para onde vou, o que certamente não é o caso mas sei, e com total certeza, que não terei o mesmo fim que teria se continuasse naquela “mesmice”, paranóia.
Foi então que, acordando para a minha verdade, mudei do Windows para o Linux num piscar d'olhos.
O que eu descobri depois que mudei para o Linux:
a-) Tudo o que eu fazia no Windows, posso fazer no Linux, é uma questão de busca e adaptação tão somente.
b-) Convivo perfeitamente bem com o mundo dos mais avançados, mais bonitos, mais ricos, mais poderosos, mais... mais... mais... e Etc.
c-) Na minha modesta e desprezível opinião tenho tantos problemas, senão menos, quanto tem os mais... mais... da vida hoje em dia com o seu tradicional, monolítico e voraz sistema.
d-) E finalmente não estou pagando nada (quando pago o valor está dentro das minhas expectativas e posses) para continuar fazendo o de sempre e além, finalmente estou evoluindo, crescendo, indo para algum lugar.
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