domingo, 16 de novembro de 2008

20 10 contar


Sabem, hoje amanheci com vontade de falar mole para ninar bovinos.

É que estou em um resfriado daqueles, com as minhas cordas vocais atacadas por uma irritação que só Deus sabe de onde veio, mas eu desconfio que deve ter origem no Pó não da Terra, um corpo estranho que se infiltrou deliberadamente na minha máquina de vida só para me atazanar as idéias.

Se não fosse assim o que então estaria esta infecção fazendo além de tentar a perpetuação da espécie, minando as forças vitais do corpo hospedeiro que outrora, a idos de maio, quiça não o seu próprio corpo?

O que faz desses parasitas insaciáveis algo tão especial a ponto de amofinar tanto o nosso já conturbado dia-a-dia?

Esta praga de irritação, legado de leis não naturais, fica matando o corpo que lhe é morada, enquanto espalha pelo mundo afora seus germes socializantes que inescrupulosamente constrangem outras pátrias com sua presença minúscula, suspensa no ar sem nenhuma sustentação coerente a não ser a leveza absoluta de sua substância maléfica e vazia de propósitos e pensamentos, dividindo para melhor não só controlar o seu hospedeiro mas, como e também, atingir um raio maior de ação.

O resfriado é um mal miserável pois vem da miséria que é o homem e suas ambições desmedidas e sem propósito, onde sacrifica o próprio corpo em que vive para nada, e por nada.

A falta de uma substância neste vírus hediondo o torna quase indestrutível, mata-se o infeliz aqui e o miserável nasce ali com outra identidade e em uma velocidade tão espantosa que os nossos meios de defesa natural mal tem tempo de se aperceber de sua presença antes da desgraça feita.

O mais interessante disso tudo é que esta peste de resfriado é tão insidiosa, maléfica e (raios, cobras e lagartos)... que está se tornando comum o virucídio (vírus assassinando vírus) só para confundir o nosso meio de campo, as nossas defesas, os nossos glóbulos brancos.

Sei não, mas acho que se eu não radicalizar este resfriado me derruba, por isso estou procurando o bom e velho farmacêutico, ele certamente me dará o remédio certo para exterminar de vez esta praga.

Tomando o remédio e sem cometer de novo os mesmos erros de antes certamente estarei livre deste mal por um longo, muito longo tempo.

Não falei coisa com coisa desta vez?

Que eu 10 contei alguma coisa?

Tudo bem...

Hatuna Matata...

A idéia era essa mesmo...

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