"Ostara"
(1901) by Johannes Gehrts. The goddess Ēostre/*Ostara flies through
the heavens surrounded by Roman-inspired putti, beams of light, and
animals. Germanic peoples look up at the goddess from the realm
below.
Created
in 1884, judging by the signature. Published in 1901.
Felix
Dahn, Therese Dahn, Therese (von Droste-Hülshoff) Dahn, Frau,
Therese von Droste-Hülshoff Dahn (1901). Walhall: Germanische
Götter- und Heldensagen. Für Alt und Jung am deutschen Herd.
Breitkopf und Härtel.
Xylograph
by Eduard Ade (1835–1907) of a work by Johannes Gehrts (1855–1921)
A páscoa
como hoje a temos, é na verdade uma “arvore” com pelo menos dois
grandes galhos, o mais antigo que é o do judaísmo e o cristianismo
que hoje no ocidente é o mais conhecido deles.
No
entanto esta data (festa) é tão antiga quanto a história do homem,
praticamente nasceu com ele.
Afresco - Capela Sistina,
Vaticano
Obra fotográfica do próprio,
Titimaster (talk), photography: 11/06/2011
A páscoa na Mitologia
Eostre estava relacionada à aurora
e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em
que trazia alegria e bênçãos a Terra.
Por ser uma Deusa um tanto obscura,
muito do que se sabia sobre ela foi perdido através dos tempos e
sendo assim, descrições, mitos e informações sobre ela são
escassos, seu nome e funções têm relação com a Deusa grega Eos,
a deusa do Amanhecer na mitologia grega.
Alguns historiadores dizem que ela
é meramente uma das várias formas de Frigg *deusa indo-européia –
esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar
Frigg em seu aspecto jovem e primaveril.
Outros pesquisadores a associam à
Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às
similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.
Dizem as lendas que Eostre tinha
uma especial afeição por crianças e onde quer que ela fosse, elas
a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Eostre estava sentada em um
jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro
voou sobre elas e pousou na mão da Deusa.
Ao dizer algumas palavras mágicas,
o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre o
q que maravilhou as crianças.
Com o passar dos meses, elas
repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque
não mais podia cantar nem voar, as crianças pediram a Eostre que
revertesse o encantamento.
Ela tentou de todas as formas, mas
não conseguiu desfazer o encanto, a magia já estava feita e nada
poderia revertê-la.
Eostre decidiu esperar até que o
inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía, quem sabe
quando a Primavera retornasse e ela tivesse de novo plenamente
restituído dos poderes, pudesse ao menos dar alguns momentos de
alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que
fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até que
então a Primavera chegou.
Nessa época os poderes de Eostre
estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro
novamente, durante algum tempo.
Agradecido, o pássaro botou ovos
em homenagem a Eostre e em celebração à sua liberdade, como também
às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua
forma original; o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou
os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato
tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a
figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.
Eostre assumiu vários nomes
diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra, ela é
considerada a Deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da
Primavera.
Seus símbolos são a lebre ou o
coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de
uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu
poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida.
Não são poucos os mitos que nos
falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol,
dando assim vida a tudo o que existe.
Eostre também é uma Deusa da
Pureza, da Juventude e da Beleza.
Femme
inconnue en Cérès. Marbre, œuvre romaine, vers 235 - 250 après
J.-C. Department of Greek, Etruscan and Roman Antiquities, Denon,
ground floor, room 27 do Museu do Louvre
Era comum na época da Primavera
recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente pois
acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com
as energias de purificação e juventude de Eostre, por isso tinha a
virtude de purificar e rejuvenescer.
Eostre,
Ēostre, Ostara ou Ostera é a deusa da fertilidade e do
renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e
mitologia germânica.
Na primavera (no hemisfério
norte), lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e
renovação a ela associados.
De seus cultos pagãos originou-se
a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida
e misturada pelas comemorações judaico-cristãs.
Os antigos povos nórdicos
comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou
Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora”.
É uma Deusa anglo-saxã,
teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento.
O nome Eostre ou Ostara, como
também a Deusa é chamada, é de origem anglo-saxã e provem do
advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol
que se eleva”, muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela,
como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e
Astenburg.
Foi ela que deu o nome ao Sabbat
Pagão, que celebra o renascimento, chamado de Ostara.
Posteriormente, a igreja católica
acabou por substituir às festividades pagãs de Ostara pela Páscoa,
ms não sem absorver muitos de seus costumes, inclusive o dos ovos e
o coelhinho da Páscoa.
Podemos perceber isso pelo próprio
nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.
A Origem do nome (Páscoa)
Os eventos da Páscoa
teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a
libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém,
exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa
cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de
“passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno
para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a
liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa
no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas
outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pesah.
Os espanhóis chamam a festa de
Pascua, os italianos de Pasqua, os franceses de Pâques, e também em
outras línguas que provavelmente não saiu do hebraico: latim
Pascha, azerbaijano Pasxa, basco Pazko, catalão é Pasqua, crioulo
haitiano Pak, dinarmaquês Påske, Pasko em esperanto, galês Pasg,
Pasen em holandês, indonésio Paskah, Páskar em islandês, Paskah
em malaio, em norueguês påske, Paști em romeno, Pasaka em suaíle,
påsk em sueco e Paskalya em turco.
Depiction
of the Venerable Bede (CLVIIIv) from the Nuremberg Chronicle, 1493.
http://www.beloit.edu/nuremberg/book/images/People/Early_Christian_Medieval/index.htm
Os termos "Easter"
(Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente)
parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach
(Páscoa).
As hipóteses mais aceitas
relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês
germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a
primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat,
de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII.
Porém, é importante mencionar que
o termo Ishtar é cognato de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e
Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade, das quais
provavelmente o mito de "Ostern", e consequentemente a
Páscoa (direta e(ou) indiretamente), tiveram notórias influências
ou origem.
O
nome Páscoa (do hebraico Pessach), significando
passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso
cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta
corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da
Cristandade Católica.
Na Páscoa os cristãos católicos
celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por
crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 DC.
A Páscoa pode cair em uma data,
entre 22 de março e 25 de abril.
O termo pode referir-se também ao
período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o
domingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Historia
ecclesiastica gentis Anglorum - Beda Petersburgiensis, fol. 3v
datada
de 746
A Páscoa no Judaísmo
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo),
Deus mandou 10 pragas sobre o Egito e na última delas (Êxodo cap.
12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam
exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas),
mas os de Israel seriam poupados.
Para isso, o povo de Israel deveria
imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre
as portas de suas casas, e o anjo da morte passaria por elas sem
ferir seus primogênitos.
Todos os demais primogênitos do
Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros e
isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a
decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao
Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a
celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória
daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis
isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Êxodo
A Páscoa Católica
A Páscoa católica-ortodoxa
celebra a ressurreição de Jesus Cristo,
Depois de morrer na cruz, seu corpo
foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até
sua ressurreição.
É o dia santo mais importante do
Cristianismo e do Catolicismo.
Muitos costumes ligados ao período
pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera e outros vêm
da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é
uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por
8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da
escravidão para a liberdade.
É e sempre foi um ritual de
passagem, assim como é a "passagem" de Cristo, da morte
para a vida, dos judeus da escravidão para a liberdade e do inverno
para a primavera desde a mais remota antiguidade.
A última ceia partilhada por Jesus
Cristo com os seus discípulos, é narrada nos evangelhos e é
considerada, geralmente, um “sêder do pesach”, a refeição
ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à
cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos.
O Evangelho de João propõe uma
cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da
hecatombe dos cordeiros do Pessach.
Assim, a última ceia da qual
participou Jesus Cristo (segundo o Evangelho de Lucas 22: 16) teria
ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
A festa tradicional, segundo as
concepções católica e ortodoxa, associa a imagem do coelho, um
símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes,
representando a luz solar, dados como presentes.
De fato, para entender o
significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a
Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta
época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther em inglês, Easter quer
dizer Páscoa.
Ostera (ou Ostara) é a deusa da
Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo
da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus.
A deusa e o ovo que carrega são
símbolos da chegada de uma nova vida.
Ostara equivale, na mitologia
grega, a Deméter e na mitologia romana, é Ceres.
The
Resurrection of Jesus
Este Rato deseja para você e sua
família uma feliz páscoa em 2013
Fontes:
São Paulo, SP, 29 de março de 2013
Mkmouse