Você é um Homem ou um Rato?
Tá aí
uma pergunta difícil de responder...
E que já
não teve de ouvi-la né?
Mas o
caso gira em torno da definição do que é um Homem e do que é um
Rato!
Bom,
para começar ambos são criaturas e a pergunta, quanto é formulada,
é quase sempre no sentido de que o perguntado está pensando em
escapar de alguma coisa que não lhe agrada e o perguntador não está
com vontade de permitir isso.
O motivo
deste conflito de interesses não vem ao caso, posto que certamente
não é bom para a parte arguida e se esta não segurar o “pepino”
o perguntador vai de uma maneira ou de outra acabar segurando o que
ele sabe que não é bom; ou seja, o motivo via de regra não é bom
para ninguém e só vai ser melhor para um dos envolvidos se algum
outro for constrangido a ser “corajoso” e não ser um “Rato
covarde”.
A
questão está não na igualdade mas nas diferenças.
Existem
muitos tipos de ratos desde o rato mais comum e natural como o rato
dos campos, das pradarias, dos desertos e das florestas, à ratazana
que é uma espécie subsidiada pelo homem e que só pode existir em
seu meio.
A
ratazana está para o rato verdadeiro, assim como o político está
para o seu eleitor; os ratos certamente sobreviverão à extinção
do homem mas as ratazanas não poderão sobreviver sem o lixo humano.
O Rato,
como tudo o que foi criado pela natureza, tem em seu contexto uma
função natural; já a ratazana é a mutação de uma criatura
natural feita pela espécie humana e não é um provável salto
evolucionário, ou involutivo, da espécie feita pela nossa mãe
natureza.
A função
do Rato na natureza é a mesma da engrenagem em uma máquina, mas a
igualdade termina aí; a engrenagem de uma máquina fará o seu papel
no contexto da máquina que faz parte, enquanto quem cuida da
máquina, dela cuidar condizentemente mas o Rato, só poderá fazer o
mesmo se cuidar de si mesmo, da sua espécie e dentro dos parâmetros
que a criação determinou.
O Rato
comum, onde quer que viva, tenha o nome que tiver, só poderá fazer
o seu serviço na trama da natureza se conseguir sobreviver no
universo onde vive e o universo da criação é extremamente hostil à
vida, seja ela qual for, ele não faz distinção entre a vida de uma
estrela ou a de um simples Rato em sua hostilidade.
Se você
não tem tempo para fazer qualquer outra coisa que não seja a
sobrevivência sua, bem como os seus, você e os seus são Ratos
verdadeiros.
Se você
acha que sobreviver é só trabalhar, é comer, é beber, é possuir
algo ou ainda descansar com segurança na velhice, você não é um
Rato.
A
sobrevivência é algo tão complexo que só um Rato pode entender,
não basta estar vivo, gordo, rico e saudável no dia seguinte; é
necessário muito mais que isso e é por isso que existem as
ratazanas.
Já
ouviram o dito “Sapo de fora não Chia.”?
É por
isso que se vocês encontrarem um Rato verdadeiro no lixo é porque
ele está morto mas se não for este o caso, tenha certeza que as
ratazanas de plantão no lixão o matarão com uma rapidez
alucinante, Ratos verdadeiros não conseguem sobreviver na imundície,
no lixo, e principalmente na (ou da) ignorância mas as ratazanas
conseguem, no entanto, estariam todas mortas quase que
instantaneamente se viessem a sair de seu habitat natural e
principalmente, se as sombras protetoras da ignorância viesse a
desaparecer e a luz da cultura, do conhecimento sadio aparecesse para
por as claras e a todos a podridão em que vivem.
Em toda
a criação só o homem consegue criar lixo e no lixo criar homens;
só o homem consegue sobreviver “confortavelmente” em meio à
própria torpeza ou achar correto a vilania, a imoralidade e o
desprezo a tudo que não seja ele mesmo dos membros de sua espécie;
só o homem “e em toda a sua grandeza” consegue comer com
sofreguidão os frutos da ignorância massificante, coletiva, que
impôs aos membros menos afortunados da própria espécie.
Só o
homem consegue ser e ver beleza na política imunda e desprezível
que pratica; só o homem consegue ser mais desprezível e inútil que
a política que tanto ama e pratica.
Homens
da Terra, acautelai-vos!
O
Universo não admite erros e vós outros já há muito os vem
cometendo, a extinção ou a escravidão vos espera ao fim desta
jornada.
São Paulo,
23 de Novembro de 2012
Mkmouse